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O trauma do nascimento, em psicologia, se refere ao trauma pelo qual o bebê passa ao nascer. De uma vida intra-uterina plena e feliz (bom, nem sempre, acredita-se que fetos já possam sentir-se rejeitados por suas mães em alguns casos) o bebê é expulso pela mãe em uma operação demorada e de várias formas diferentes dolorosa. É a primeira vez que uma pessoa experimenta a ansiedade, sendo portando o protótipo do que será o sentimento de ansiedade daquela pessoa pelo resto da vista, e é a primeira vez que uma pessoa experimenta o medo da morte. Não vou entrar em detalhes porque sequer sei mais do que isso, mas se o tópico interessar sugiro que pesquise, psicologia é um tema fascinante. Procure por autores como o famoso Sigmund Freud, ou por Otto Rank, que foi discípulo do primeiro e discordou dele justamente por considerar que o trauma do nascimento era profundamente gravado na psiquê do bebê e que poderia reaparecer em problemas psicológicos durante o resto da vida. Especialmente, o estado catatônico da esquizofrenia foi considerado como um retorno simbólico à vida intra-uterina (isso provavelmente é uma bobagem pelo que se entende de neuroquímica hoje em dia, mas é um paralelo interessante e poderoso). E tudo isso para quê? Para destacar o quão importante é a mãe para uma pessoa (e sem apelar para as metáforas sexuais freudianas), e o quanto ser separado dela à força pode ser traumático e doloroso. Se não assistiu esse episódio ainda, essa é sua última chance de evitar spoilers. Continue por sua própria conta e risco.

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