[sc:review nota=4]

Ao contrário da minha expectativa, não há uma música por episódio. Bom, isso era esperar demais, né? Nem BECK ou Nodame Cantabile, que são minhas referências em animes musicais, são assim. E no fim das contas a Kumiko não pediu desculpa para a Reina, mas acho que vai ficar tudo bem. Sobre o título, bem, o instrumento da protagonista e que dá nome ao anime, o eufônio, também é chamado de bombardino. E sei lá porque mas eu prefiro esse nome, então vou chamá-lo de bombardino. Tudo bem, né?

Com música ou sem música, foi um episódio importante. O cenário ainda está se formando, e passos largos foram dados nesse episódio, inclusive com a sugestão de um grave conflito futuro. Resumidamente, Kumiko passou o episódio inteiro preocupada em se desculpar com a Reina, mas nunca fez isso nem tanto por se sentir envergonhada, mas por achar que não estava errada então não tinha com o que se desculpar. O grosso do episódio foi preenchido com a entrada das garotas na banda do colégio e uma breve apresentação de diversos personagens, há a entrada do novo instrutor de música da banda que propõe aos alunos que decidam se querem só se divertir ou entrar na competição nacional, o que é o possível grande gerador do conflito que se apresenta perto do final do episódio. E Kumiko finalmente conversa com Reina, muito brevemente, e sem que peça desculpas.

Começando pelas desculpas: a Kumiko não sabe como desculpas funcionam e para que servem. Não importa se ela estava certa ou errada, a ideia não é ela pedir desculpa por ter errado (embora errar quase sempre exija um pedido de desculpas), mas sim se desculpar por ter potencialmente magoado ou ferido os sentimentos da Reina. Ela pode até ter falado algo certo, mas falou do jeito errado e na hora errada. Felizmente para a própria Kumiko, parece que ela ficou tão preocupada consigo mesma que não percebeu que simplesmente não precisava pedir desculpa nenhuma. Verdade seja dita: Kumiko estava tão preocupada consigo mesma, com o constrangimento que ela sentia na presença da Reina, ao invés dos sentimentos da outra garota, que não conseguiu enxergar nada, não conseguiu entender nada. Reina não aparenta ter ficado magoada. Claro que ela pode estar fingindo ou coisa que o valha, mas não pareceu. Talvez ela até tenha ficado mais zangada na hora, mas se o que a Kumiko disse é verdade ela percebeu isso depois. E se as duas mal se conheciam, havia menos razão ainda para ela nutrir rancor por alguém que talvez nem fosse mais encontrar na vida. É por isso que ela se lembra da Kumiko não como a garota que falou bobagem ao final do concurso, mas como a tocadora de bombardino. E se ela que já é experiente com o instrumento vai continuar tocando-o, então isso já é bom o bastante por enquanto. Naturalmente a situação não está totalmente resolvida ainda, acho que as duas vão precisar conversar nalgum momento, mas está suficientemente resolvido por hora.

Na escolha dos instrumentos, parece que a Kumiko tem uma espécie de pequena frustração por tocar bombardino já que ele aparece pouco. Quando criança, ela queria tocar trombone mas só sobrou o bombardino então ela teve que tocar bombardino. Desde então, continuou se dedicando à música mas sempre foi presa ao bombardino. Como pouca gente a conhece no novo colégio, ela quer tentar trocar de instrumento. Outro motivo adicional para ela querer ficar longe do bombardino é que ele pertence à seção de metais graves, da qual a líder é a espalhafatosa Asuka. Mas o plano dela falha miseravelmente quando uma antiga amiga, de nome Aoi Saitou, que ela ainda não sabia que era da banda, a encontrou e perguntou em alto e bom som na frente da Asuka se ela não iria tocar o bombardino como sempre tocou. E a Asuka não poderia deixar a Kumiko em paz depois de ouvir isso. A personalidade da Kumiko também a atrapalha, já que bastaria ela ter dito não, se não queria, ora essa. Mas o histórico dela é esse, sempre presa ao bombardino, provavelmente por não ser capaz de ser mais incisiva em suas determinações. Sua nova amiga Kazuki é perfeitamente enganada pela mesma Asuka a tocar tuba (ela havia comprado o bocal de tuba sem entender nada de instrumentos musicais, deve ter achado que era um tamanho e formato único para todos os instrumentos de sopro de metal), e a vice-presidente a diz que o “destino” irá decidir o instrumento que ela tocará: aquele em que seu bocal servir. Mas tudo bem porque ela fica feliz de qualquer jeito. Já Sapphire não tem dificuldade nenhuma em escolher o contrabaixo e a Reina em escolher a trombeta.

Segue-se à apresentação do novo instrutor da banda que diz a todos: decidam se querem tocar para se divertir ou para competir, respeitarei qualquer que seja a decisão mas no segundo caso os ensaios serão mais puxados. Os alunos escolhem decidir através de votação, e essa foi uma escolha ruim, tenho que concordar com a Kumiko nisso. É lógico que a maioria iria erguer o braço de acordo com o que seus amigos e conhecidos votassem. Fora que poucos gostariam de ser considerados pouco ambiciosos por quererem tocar apenas por diversão. O resultado foi uma vitória retumbante do ensaio para campeonato. Kumiko diz algumas coisas dessas que eu acabei de falar, com outras palavras, e ela está coberta de razão. Porém não haveria outra forma realmente justa de decidir que não uma votação, então ela precisaria ser no mínimo secreta, ao invés de braços para o ar. Até onde pude ver, apenas a Aoi votou à favor do ensaio por diversão. E ela pareceu ter motivos sólidos para isso: ocupada demais, aparentemente está comparecendo a um cursinho e de verdade talvez ela só queira se divertir mesmo. Foi premonitório quando ela disse para a Kumiko que votou contra a competição para ter um álibi. Para mim, está na cara que ela irá sair da banda em algum momento, e talvez isso deixe seus colegas em maus lençóis.

Bom, tem o Shuuichi, amigo de infância da Kumiko, apareceu nos dois episódios mas ainda não consigo dizer que ele seja importante, necessário ou que tenha feito qualquer coisa relevante, então apenas noto aqui: ele apareceu nesse episódio de novo. Para os próximos episódios espero um monte de gente atrapalhada tentando aprender a tocar, esse é o primeiro desafio da banda. Continuo interessado na Kumiko e na Reina e quero ver como esses personagens evoluem e que tipo de som irão tocar para mim.

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