[sc:review nota=3]

Má notícia: o Shinji ainda está vivo. E claro que o Shirou quer salvá-lo. E claro que a Rin sabe que o Shirou quer salvá-lo e se dispõe a fazê-lo antes mesmo que o Shirou possa pensar no assunto, mesmo depois do Shinji ter tentado estuprar ela (e só fracassado graças à intervenção do Lancer). Bom, depois do episódio anterior, acho que tanto faz pra ela, né?

Finalmente um episódio com um pouco de ação. Infelizmente o “um pouco” não foi retórico. A Saber lutou de novo contra o Assassin e essa luta pareceu pior que a luta que ela teve contra o mesmo Assassin na primeira metade do anime. Ah, e ela se espantou que o Assassin ainda estivesse vivo. Por quê? Só porque a Caster morreu? O Archer continuou de boa por aí depois de ficar sem mestre, por que o Assassin não poderia também? E nem pareceu ser algo arbitrário. Se eu entendi o lance do Archer, ele podia continuar enquanto tivesse mana, e o mana dele durava bastante. Dado isso, e por não ter aparecido o Assassin morrer, eu simplesmente assumi que ele estaria vivo, e acertei. Ok, essa segunda parte eu assumi só porque é uma ficção e coisa e tal, não faria sentido a Saber assumir isso, mas ainda acho que ela deveria ter pelo menos desconfiado.

O fato é que o Assassin vivo acabou com os planos de Shirou e companhia. A Saber deveria segurar o Gilgamesh enquanto Shirou e Rin destruíam o Cálice, afinal, mas ela ficou presa no Assassin e o Gilgamesh estava lá dentro de boa e topou com os outros dois. Eu tinha entendido que o Shirou iria junto com a Saber, porque ele disse que ela não teria chance sozinha e daí a Rin fez toda aquela sensualização com ele para que pudesse lutar contra o Gilgamesh, mas no final ele foi junto com a Rin pelos fundos. Ah, tudo bem, acabou funcionando de qualquer jeito e o Shirou lutou contra o Gilgamesh.

Quero dizer, ele se defendeu como pôde, porque continua sendo incrivelmente mais fraco. Tão mais fraco que o Gilgamesh não está nem se esforçando, ele tá sentado, com um olho no Shirou e o outro no Cálice, criando umas armas de vez em quando, praticamente avisando quando vai arremessá-las (sempre depois de dar tempo pro Shirou preparar sua defesa). No começo é um pouco mais frenético, com o Shirou fugindo, mas uma hora o Gilgamesh cansa da fraqueza dele e fica parado esperando que o Shirou consiga copiar suas armas para se defender. Pelo menos a Saber derrotou o Assassin então talvez no próximo episódio seja Saber e Shirou contra Gilgamesh, e aí talvez quem sabe com sorte a luta fique um pouco melhor.

E parece especialmente triste quando eu penso que o Shirou vai vencer. Não, não estou torcendo pro Gilgamesh, não gosto dele, mas a diferença de níveis de poder é tão grande que vai ser estranho vê-lo derrotar o rei-herói sumério. Tá, se todo mundo for pra cima junto, quem sabe … mas ainda acho que não muda muito já que, conforme a Rin bem lembrou, tá todo mundo usando o mana dela de qualquer jeito. Falando na Rin, que bom pra ela que aquilo não é um lago, mas um espelho dágua. Mesmo assim deve ter sido meio nojento subir naquela coisa disforme bulbosa gosmenta para salvar o moleque que tentou estuprar ela.

E toda a ideia era tirar o Shinji de lá para impedir que o Cálice transbordasse o recipiente, situação na qual toda a gosma preta que o céu está vomitando iria transbordar para o mundo. Bom, ela tirou, e o céu está vomitando gosma preta e ela está vazando para o mundo de qualquer jeito. Não entendi que grande diferença fez (exceto talvez ter salvo a vida do Shinji, mas essa é a diferença ruim). E é como eu disse no episódio anterior: o Gilgamesh quer usar o Cálice pra destruir o mundo e governar os sobreviventes da humanidade. Bom, essa parte de governar eu continuo apenas assumindo que seja isso, mas acho que combina com ele, então deve ser isso. Ele acha que tem tanta gente no mundo e viver hoje em dia é tão fácil que a vida perdeu o sentido. Por isso, as pessoas merecem morrer.

Encerrando em um tom engraçado, Fuyuki é a cidade com os habitantes menos ambiciosos do mundo. Porque veja, o Cálice foi criado pelo ser humano para atender seus desejos, e depois de corrompido ele passou a absorver desejos – ok, isso faz bastante sentido. Então em dado momento ele começa a absorver os desejos da cidade toda. Só que isso é tipo, algumas dezenas. Sendo generoso, poucas centenas. Quantas pessoas vivem nessa cidade? Parece ter uma população contada em alguns milhares. Ou o Cálice ainda está só se aquecendo, ou não tem muita gente com desejo nessa cidade. Estão todos conformados com suas vidas atualmente.

  1. Ah, Gilgamesh, um típico vilão com motivações igualmente pífias. Além de ser construído com um conjunto de habilidades qud facilmente o qualificam como um Gary Stu. Essa espadinha dele ,que parece um pirulito, é 20 vezes mais forte que a Excalibur, isso sem considerar o bonus que ele recebe dos tesouros do Gate of Babylon dele. O próprio autor disse que ele pode literalmente puxar “alguma coisa”(o autor realmente disse “algo/alguma coisa”) de dentro do GoB dele pra lidar com algo mais difícil. Essa arma também é anti-mundo. Isso mesmo. Junte isso à essa atitude arrogante e temos um vilão clichê logo após lidarmos com um antagonista com uma motivação mais sólida como o Archer…
    Acha que todo mundo é um lixo. Não dá a mínima pros oponentes com quem luta, por ter sido construído com uma habilidade totalmente desequilibrada (um monte de Noble Phantasms, espadinha que pode explodir a Terra, corrente que anula habilidades divinas, uma nave pra voar (isso do Fate/Zero), acha que as pessoas precisam venerá-lo mesmo ele sendo nada atrativo e supérfluo como pessoa (joga espadas na Rin somente por ela se virar enquanto falava com ele), tudo isso aliado à uma personalidade irritante e pretenciosa, típica de um Gary Stu. O autor disze que ele podia ter terminado a guerra do Zero em um noite só. Mas que não fez por causa do EGO dele, que é gigante *facepalm*. Ele é quase totalmente imune às maldições do Graal por causa do EGO. Selos de comando tem pouco efeito nele por causa do EGO. Ele não usa a armadura dele aqui (armadura essa que tanka alguns golpes normais da Excalibur sem problema) por causa do EGO.
    Por essas e outras é que não entendo a razão de haver tanta gente gostando de alguém como o Gilgamesh. Penso que, talvez, quem se identifique com ele o faça pelo poder totalmente desequilibrado que lhe foi concedido pelo autor, como uma forma de autoinserção.

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