[sc:review nota=4]

 

 

Takeo e Yamato são um casal perfeito. Não por gostarem tanto um do outro, não por colocarem o outro acima de si próprios, mas por se completarem de forma de forma tão leve e harmônica. Eles são parecidos no que importa, ao mesmo tempo em que são tão diferentes no que seria conflitante, caso fosse diferente. Takeo é força, Yamato é dedicação. Takeo é pelos outros, Yamato é pelos dois. E, a parte mais divertida de tudo, é que Takeo é tenta ser razão onde Yamato quer o mais puro instinto.

Uma das frases que eu mais repito nos meus artigos é que a Yamato-chan é uma pervertida, mas preciso admitir, quando colocamos ela ao lado do Takeo fica fácil exagerar, afinal ele é contido de forma exagerada. Então, se ela não tomar a iniciativa nesse relacionamento, quem o fará? Um dos dois precisa ser o lado que quer calor humano, e como ela é muito mais inclinada a libertar os próprios desejos do que ele (imagina se o Takeo libera tudo, meus deuses), o relacionamento avança devagar, mais sempre. Só que, mesmo que ela não tenha realmente se dado conta, a maior oportunidade de sucesso está bem à sua frente. Afinal, é verão. E verão significa praia. Praia significa corpos seminus. Em se tratando de um casal que teve um episódio inteiro de conflitos apenas para conseguirem segurar a mão um do outro, isso significa muito. Os garotos estão doidos pra ver a mulherada de biquíni, mas o lorde inglês Gouda-san corta logo a empolgação deles. Roupas de banho sao feitas pra nadar, e não pra admira (ele claramente surtaria por aqui). O extremo cavalheirismo dele é tão antiquado que ele se torna rude. Ora vejam só, a namorada está toda empolgada pra vestir algo que o impressione, e ele diz que a roupa dela não importa? Takeo-kun, não seja assim. Você não está no século XIX, pode se soltar e admirar aquele monte de pele branquinha à mostra, é isso mesmo o que ela quer. Já viu os maiôs que ela queria vestir? Até eu fiquei com vergonha, hehe.

A pose dele acaba rapidinho quando ela aparece de biquini. E olha que tinha um casaco por cima, mas a visão foi o bastante pra travar o Takeo que nem um garoto quando é flagrado vendo revista de mulher pelada. Ah, mas o contrário também rola, quando a Yamato quase se descontrola ao ver o torso musculoso nu de seu amado. Os dois têm reações bem parecidas, rosto corado, guagueira, constrangimento… E Suna só suspira, o pobi. Takeo usa de todas as formas possíveis pra conter a excitação, mas a namorada não ajuda, correndo inclusive risco de ser morta por no lugar na melancia. Após sofrer lavagem cerebral do Suna, ele enfim volta ao normal e as coisas ficam mais tranquilas. Menos pra Yamato, que ainda acha que não disparou o coração dele como queria. Querida, sua falta de roupa disparou muito mais coisa do que deveria, você ainda acha que falhou? Aiai.

 

"Controle sua mente e suas calças, Takeo."

“Controle sua mente e suas calças, Takeo.”

 

Cansada de tanta enrolação, ela o chama pra irem até as pedras. Sozinhos. Tá na cara as intenções da garota, e não tem nada a ver com caranguejos, poxa Takeo! Ela quer sentir seu corpo nu… Só que de roupa, claro. Ela quer te enlouquecer, te pirar de paixão, o que eu pessoalmente acho uma péssima ideia, já que um Takeo descontrolado me parece a receita perfeita pra um desastre, haha. Mas tudo se complia quando ela tem outros daqueles surtos de culpa, se achando egoísta por só pensar nela mesma quando ele é atencioso com tudo e com todos ao redor e blá blá blá. Ó, esse papo até fazia sentido no episódio passado, cês tavam perdidos no mato e tal, mas aqui é a praia, garota. É pele de fora, é admiração corporal, é calor, é clima de romance no ar. Então deixa eu te dar a mesma dica que já dei pros outros dois garotos, que é: seja egoísta. Se não for você a parte hormonal desse namoro, vocês vão estagnar e nenhum dos dois vai conseguir ir em frente. A propósito, quando quiser algo do tipo, apenas fale em voz alta! É como se as experiências anteriores não houvessem te ajudado a compreender que seu namorado não entende nas entrelinhas, e que ele não vai te rejeitar por tão pouco. É assim que funciona o amor, o amor de verdade.

Bom, os dois cresceram mais um pouco depois deste dia, mas claramente ainda há muito o que ser trabalhado. Por hora eu já posso desmentir minhas afirmações anteriores de que o relacionamento deles era frágil. Creio que ninguém mais tenha o direito de dizer isso. Os dois se amam, quase se beijaram (dammit!), e estão felizes juntos. É só o que importa.

 

Ainda não sei se grito de raiva ou se continuo me matando de rir.

Ainda não sei se grito de raiva ou se continuo morrendo de rir.

 

Por último, há mais dois fatos interessantes relatados neste episódio. O primeiro é que, pela primeira vez, mulheres desconhecidas demonstraram interesse pelo Takeo. E eram adultas, mães ainda por cima. Eu até achei que isso deixaria a Yamato com ciúmes, mas ela só ficou mais admirada ainda por ele. Ok. Esses segundos me deixaram mais tranquila, o fato de todas as fêmeas da história tratarem-no quase como um Quasímodo me incomodava por demais. Tá, foi só pelo corpo dele, mas ele é sim uma deliciosa massa de músculos, e daí? Boa, mulheres desconhecidas.

O segundo fato foi mais distração minha mesmo: eu não havia dado importância ao fato de que Yamato chama o namorado pelo primeiro nome, mas ele só a chama pelo sobrenome. Pode não ser nada, mas somado com as características que já coletamos dele, arrisco dizer que este é apenas mais um exemplo de seu cavalheirismo extremo. Talvez ele pense que chamá-la de Rinko seja falta de educação ou mesmo forçar a barra, mas me fez pensar que os dois darão um grande passo quando ele mudar a forma de tratamento para com ela. Pode ser que isso aconteça ainda no anime, pode ser que nuca role. Não tenho pressa. Casais como Misaki x Usui levaram a trama quase inteira para que isso acontecesse, e em Love Hina o Keitarô chamava a Naru pelo sobrenome (antigo) mesmo após o casamento. E isso não mudou o amor deles, não fez diferença nenhuma até. Era só algo que eu queria, muito, ouvi-lo dizer.

 

<3

<3

 

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