[sc:review nota=3]

 

 

 

Cada vez que leio/assisto ShokuSouma, eu descubro mais nuances sobre os personagens. A bola da vez é, como sempre, o protagonista. Que ele estava frustrado todos já percebemos, e que estava orgulhoso do progresso de Megumi, também, mas também há uma parte dele que está com inveja dela. A garota anda se saindo muito bem e não está abalada pela derrota para o Shinomiya, enquanto ele sente que não saiu do lugar desde que entrou na academia. E está certo. Até agora, o garoto tem sido salvo por seu conhecimento adquirido, sua esperteza e sua cara de pau, mas sua culinária ainda precisa evoluir bastante. Se alguém ainda tinha dúvidas disso, a prova virá na prova de um ingrediente que até agora supunha-se ser seu aliado: o ovo.

Ao contrário do que os pesadelos de Isshiki-senpai podem fazer pensar, os primeiranistas do dormitório até que andam se saindo muito bem, superando cada um dos penosos desafios diários. Achando pouco, os coordenadores preparam mais uma prova terrível: preparar um prato baseado em ovo que possa servir como centro do café da manhã para um hotel 5 estrelas. E precisa ser servido em estilo buffet – o que faz toda a diferença do mundo, como será demonstrado depois. Detalhe: a notícia é dada de surpresa às 22 horas, e os pratos precisam ser servidos às 6 da manhã. Um bando de alunos exaustos só tem 8 horas pra pensar, testar e preparar receitas que sejam boas o bastante para que eles não sejam expulsos. Se há uma hora perfeita para desistir sem ser julgado, é essa.

 

Quase acertou, Isshiki-kun, quase acertou...

Quase acertou, Isshiki-kun, quase acertou…

 

Os melhores cozinheiros conseguem ter ideias rápido, a ponto de se darem a luxo de tirarem uma soneca, mas a maioria tem mais é que varar a noite nas cozinhas mesmo. Souma, indiferente ao fato de o seu recente shokugeki ter aumentado ainda mais a sua fama pela academia, consegue pensar em algo e fica todo relaxadão, com aquela cara de bocó dele. Incrível como nada o abala, nem uma noite estressante antes de um grande desafio, nem o incrível número de adversários que querem ultrapassá-lo. Afinal, basta ele dar um jeito em tudo como ele sempre faz, né? Nada que um garoto treinado a vida toda por um excelente chef e acostumado a servir clientes não possa lidar, né? Né não. Achando pouco as regras anteriores, mais uma é adicionada: ante a entrada de centenas de pessoas no salão, das mais variadas idades, os alunos precisam servir pelo menos 200 porções (cada), em duas horas, pra serem aprovados. Mesmo estando preparados pra um estilo buffet, essa é uma tarefa das mais ingratas. Afinal, os clientes precisam se interessar pelo seu prato, prová-lo e elogiá-lo de modo a atrair outros tantos, então é preciso não só talento, mas uma boa porção de sorte. Considerando que sua bancada é bem ao lado da de Erina, Souma deveria ter notado que a dele anda bem escassa.

 

Takumi e Nikumi, dois dos melhores adversários do Souma? Vou shippei.  <3

Takumi e Nikumi, dois dos melhores adversários do Souma? Vou shippei. <3

 

Os pratos apresentados na competição me fizeram salivar, tanto pela execução quando pela mescla de tradições de regiões diferentes. E isso vai desde a salada frittata do Takumi (prato italiano, of couse) até o oden com ovos de codorna da Megumi (base japonesa) e os ovos benedict da Erina (típico café da manhã inglês). Souma teve inspiração mista e pensou em criar uma espécie de omelete, no entanto ele bateu os ovos em neve ao invés de simplesmente misturar, criando uma textura aerada. Na minha imaginação, isso gera uma espécie de suspiro salgado, mais leve do que um suflê e delicioso. No entanto, nem todo mundo parece concordar com ele. Erina por exemplo, reage de forma estranha. Idem pra garota de cabelo branco que anda circulando por aí com um guarda-costas tenso e enchendo sacos alheios (e eu não vou dizer quem ela é senão perde metade da graça). Sua fala sobre o Souma “estar querendo ser reprovado”, após simplesmente observar seus ingredientes, é bem suspeita, sem falar no fato de ela peitar a princesa do campus sem nenhum pudor. Mas enfim, o palpite das duas parece estar, de alguma forma misteriosa, correto, já que, enquanto Erina terminou de servir seus pratos e Megumi está na metade, o ruivo serviu espantosas… 8 porções. Sério. Apenas isso. E eu estimo que tenha se passado ao menos uma hora do tempo estipulado, então ele que tire logo do bolso um de seus truques salvadores senão será adeus, escola. Vamos lá, Souma-kun, seja genial e nos surpreenda mais uma vez.

 

Dizer qual dessas duplas é a mais interessante: impossibru.

Dizer qual dessas duplas é a mais interessante: impossibru.

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