[sc:review nota=4]

 

 

O episódio final não surpreendeu ninguém. Foi tudo como qualquer um poderia ter previsto, desde o campeão da Winter Cup até os momentos pós-jogo, mostrando as características cenas do cotidiano dos jogadores. Mas quem pode dizer que não foi emocionate, que não foi vibrante, que não nos deixou felizes? Bem, eu posso. Certo, em geral foi tudo ótimo, sim, mas fiquei com a sensação amarga de que o emocional de alguns jogadores ficou mal explicado. E sim, todo mundo sabe de quem eu tô falando, mas é mais que isso. São todos os jogadores, todas as lições, todos os laços que não é possível saber se se estreitaram ou afastaram. Mas é o tipo da coisa, né, se o protagonista tá feliz, quem sou eu pra discordar dele?

O jogo virou muito rápido, e era necessário. 39 segundos finais e uma vantagem de 7 pontos pra Rakuzan –  o que já sabemos não ser nada determinante em se tratando de basquete. Seirin ainda está lutando firme e forte, e aquela invenção de verdadeira zone do Kagami foi uma verdadeira mão na roda, a ponto de assustar Akashi e , olha só, fazê-lo trabalhar como um verdadeiro capitão. A armadilha: seus adversários já não precisam de um capitão. Tão perto do fim, cada parte se move independentemente, e isso talvez tenha sido o fator de sucesso. Izuki se mantendo calmo com certeza fez diferença,mas não tanta quanto Hyuga devolvendo a Reo o golpe que levou: além de acertar uma cesta de 3 pontos, ainda ganhou uma falta e, como brinde, abalou a mente dos adversários. Nice, captain! Só teria sido melhor se tivesse acertado seu arremesso de falta, mas a gente perdoa, já que foi a enterrada derivada de seu rebote quem garantiu a vitória a seu time. Vamos admitir: Seirin ganhar nem foi a maior surpresa ou emoção, mas uma vitória, por um ponto, gerada por uma cesta de 2 no último segundo do jogo foi lindo, lindo demais pra ser ignorado. Tão de parabéns.

Dentre toda a comemoração, duas pessoas se destacaram pra mim: o Hyuga, por sua técnica brilhante, e o Teppei. Ahh, Teppei. Suas palavras de incentivo no arremesso do amigo, sobre aquela ser a última jogada, pesaram forte. Para o resto do time aquele era só o fim da Winter Cup, mas pra você podia ser até mesmo o fim do basquete, já que você não sabia se algum dia poderia jogar de novo. Era seu limite, de determinação, de dor, de exaustão. Mas ainda assim você saltou naquele rebote e tomou a posse da bola. O destaque, o protagonismo e a cesta final podem ser mérito dos novatos, mas quem carrega nas costas o orgulho do time são vocês, veteranos. Eu saúdo vocês.

 

Esse lance final foi bonito, de verdade.

Esse lance final foi bonito, de verdade.

 

No meio da comemoração (sim, eu gritei junto com Kuroko e Kagami, me julguem) foi que a coisa deu uma pequena desandada. Akashi sentiu dor com a derrota, afinal é algo inédito para ele, mas engoliu o orgulho e cumprimentou Kuroko e a Seirin pela vitória, fechando com aquele velho papinho de “na próxima vez que nos enfrentarmos, eu vencerei”. Cara, eu NÃO VEJO o Akashi aí. Ok, ele sofreu aquele golpe e voltou a ser o garoto gentil – Cof cof falso – do ginasial, mas a ponto de até mesmo sorrir, na derrota? Não caras. Um impacto emocional desses leva tempo, e quando se trata de aceitar algo que seu coração passou 16 anos rejeitando, não é simples assim engolir desse jeito. Mesmo que o reconhecimento dele ao jogo do garoto fosse não só fundamental, mas também a base da história inteira, o fato de isso ter rolado de forma tão apressada me deixou profundamente incomodada. É uma falha grande de roteiro. Talvez se torne mais fácil de aceitar se, como eu já disse antes, levarmos em consideração que ele trata suas emoções do mesmo modo que eu tratava minha caixinha de massinha de modelar, mas não torna mais crível. E pensar nisso foi o que estragou a imagem final pra mim.

Outra falha de roteiro (ou eu posso dizer que foi apenas desinteresse da mangaká em explicar) também se tratava de outra pedra fundamental da história, que é o relacionamento entre Kuroko e Ogiwara. Enquanto os segundanistas se despedem de Teppei, que está partindo para os EUA a fim de tratar o joelho, os dois velhos amigos conversam como que aquele trágico jogo nunca houvesse existido. No começo, tudo levava a crer que o garoto desistira do esporte, mas então ele apareceu com seu capitão no meio da final e deu incentivo ao nosso protagonista, me levando a pensar que ele nunca desistira coisa nenhuma. Então, as alternativas que ficam no ar são: ou Ogiwara realmente desistira mad mudou de ideia e voltou agora a jogar, inclusive reafirmando a promessa de se enfrentarem, ou Kuroko ficou tão traumatizado com a dor nos olhos do amigo que se separou completamente dele, e sem se falarem mas, ele simplesmente deduziu uma falsa desistência. A primeira alternativa é a melhor, mas a segunda, mas plausível. Seja como for, os dois não se falavam há tempos (aliás, como Ogiwara sabia que Kuroko entrara na Seirin?), e tenho muita vontade de bater neles por causa disso. Quase destruíram uma amizade tão importante por um acontecimento que nem foi culpa deles! Espero que não volte a se repetir, ouvira, garotos?

 

Teppei, prometa que vai voltar, ok? As coisas ficam meio bagunçadas sem você.

Teppei, prometa que vai voltar, ok? As coisas ficam meio bagunçadas sem você…

 

De resto, tá todo mundo muito bem, obrigada. Os do terceiro ano estão se preparando pro vestibular, e novas pessoas entram nos times. A ex-Geração dos Milagres pelo visto se livrou quase que totalmente de seu estigma e são tratados como membros quaisquer (método de forçar o Aomine a treinar, melhor coisa!), e agora Riko planeja levar seu time ainda mais alto. Mas eles não se incomodam – muito – com isso, muito menos Kuroko. Sua vida inteira voltou aos eixos, tanto sua antiga amizade quanto seu esporte e sua relação com os antigos colegas de basquete. Podem não ser os melhores amigos do mundo, mas desde que estejam se dando bem de novo tá bom assim. Foi um longo ano pra você, e mais de três pra nós, mas você conseguiu, Kuroko. Pode sorrir agora, você merece. E, falo por mim e por todos os seus fãs quando digo: muito obrigada por seus serviços, por me fazer sorrir e gritar e chorar, sentirei muito sua falta. Até o OVA e os spin-offs! ~reverência formal~

 

Nos veremos de novo um dia, galera!

Nos veremos de novo um dia, galera!

  1. Essa última temporada é horrorosa, não teve um jogo que chegou perto do jogo do Aomine e Murasakibara, ali foi o auge, eu desisti do Akashi quando o Imayoshi fala que o Kagami é melhor que ele em tudo e só não pode vencer porque o Akashi preve o futuro, é cúmulo da idiotice.

  2. Melhor jogo e melhor anime!! Eu sinto a emoção junto.. o jogo do aomine e do kagami na 2° temporada.. caracas eu gritei tanto, fiquei tão nervosa que meu Deus kkkkk

  3. Todos os jogos foram sensacionais, e claro que o objetivo do Kuroko foi alcançada que é basicamente; ensinar humildade a geração milagrosa. Mas a batalha entre Kagami e Aomine, principalmente ao entrarem na zona foi de arrepiar, com certeza eu queria mais disso nos jogos seguintes mas, cada um dos cinco tem suas especialidades e a guerra na zona foi melhor entre Kagami e Aomine.
    Mas mesmo torcendo muito pela vitória de Seirin, não nego que eu queria ver o Kito enfrentando o Akashi, ele usando o olho do Imperador combinado com as habilidades dos outros 4 da geração milagrosa, deixando o Akashi totalmente sem norte.

    Esse foi um dos poucos animes de esportes que ja assisti, mas com certeza foi um dos melhores.

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