Começo o artigo sobre esse episódio difícil com uma amenidade e um mea-culpa: ontem, dia 30 de março, foi aniversário de Megumi Hayashibara, a veterana dubladora que está fazendo um excelente trabalho como Miyokichi em Rakugo Shinjuu. E eu só descobri isso já durante a madrugada. Tivesse sabido de antemão teria me esforçado mais para que esse artigo tivesse ido ao ar ontem, que é quando ele deveria ter sido publicado de todo modo. Seria uma boa forma de dizer “feliz aniversário”, não seria?

Na correria e no consequente cansaço para escrever o Guia da Temporada de Abril (já leu?) e para assistir Batman vs Superman (tinham mesmo que lançar o filme em uma virada de temporada de animes?), acabei atrasando esse artigo. Desculpe. Outra consequência de eu ter assistido o filme dos heróis da DC foi ter me lembrado de muita coisa daquela editora, incluindo o juramento de um dos meus personagens favoritos, o Lanterna Verde (sou velho e meu preferido é o Hal Jordan) e que quase se encaixa nesse episódio:

“No dia mais claro, na noite mais densa” é seu primeiro verso. E não dá para dizer que esse episódio foi literalmente de seu “dia mais claro” (o Sukeroku voltar ao rakugo) à sua “noite mais densa” (a morte dele e da Miyokichi)? Se o juramento parasse por aí estaria perfeito. Mas lógico que ele não termina assim, ele é um voto heroico de combate incessante ao mal. A própria mensagem positiva já o torna incompatível com o episódio, mas mais do que isso, a dicotomia bem versus mal que é comum em histórias de heróis não faz o menor sentido em uma história tremendamente humana como Rakugo Shinjuu. Não há vilões a quem culpar, nem heróis para nos salvar.

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