Que episódio! Aconteceu muita coisa, e ao mesmo tempo aconteceu uma coisa só: a aliança contra o Hakumen no Mono, ao redor de Ushio, foi restabelecida! Quem já leu épicos de fantasia deve reconhecer o padrão. Eu li bem menos do que eu gostaria, mas isso me lembra conceitualmente O Senhor dos Anéis: a Última Aliança dos Povos Livres para mim é diretamente comparável à aliança entre humanos e monstros em Ushio to Tora. Que nossos heróis japoneses tenham mais sorte que elfos e homens!

O que é uma comparação imprópria, de todo modo. As duas alianças, as duas histórias são muito mais parecidas. Houve uma “última aliança” entre humanos e monstros em Ushio to Tora séculos atrás, Hakumen quase foi derrotado mas uma traição no final permitiu que ele continuasse vivo e lentamente recuperasse suas forças, e agora, como na história dos hobbits, a encarnação do mau retornou. Conhece O Senhor dos Anéis? Eu diria que esse episódio é equivalente ao acendimento dos faróis que ligam Gondor à Rohan, o que marca o começo da virada da sorte dos povos livres. Estou muito errado?

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Não estou tentando fazer metáfora nenhuma ou dizer algo sobre a personagem de forma oblíqua: a Mumei realmente tem 12 anos. De verdade. E não foi o episódio que revelou isso, na verdade nenhum episódio revelou isso, a história é mais complicada. A equipe criativa do anime definiu que a Mumei teria 12 anos e talvez em algum momento isso seja revelado no anime, mas para todos os efeitos essa é uma informação pública – que eu não encontrei em nenhuma notícia sobre o anime antes ou depois de sua estreia. Não em idioma que eu saiba ler, pelo menos (um vasto conjunto que inclui o português e o inglês, e de vez em quando o espanhol porque pra ler notícia dá pra me virar). Ela parece ter pelo menos 15 anos, não parece?

E é de propósito. Há uma entrevista do character designer de Kabaneri, anterior à estreia do anime, onde ele diz que queria desenhar ela com idade aparente entre 15 e 17 anos, apesar de o roteiro dizer que ela tem 12. Essa entrevista também não está disponível em nenhum idioma que eu entenda, por isso não consegui descobrir mais detalhes. Talvez isso apareça mais tarde no anime, talvez o processo pelo qual ela foi tornada em kabaneri tenha sei lá, acelerado a maturação, vai saber? Pode ser até um elemento importante do enredo, mas pode muito bem não aparecer nunca. No entanto, os demais personagens do anime dão a entender que sabem da idade real da Mumei (ou da faixa etária aproximada, pelo menos), o que significa que ou sua aparência não tem nada a ver com sua idade mesmo e só é assim para vender mercadorias, ou que ela revelou isso em algum momento fora da tela. E essa introdução já está muito longa, não é?

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Nona edição das indicações de artigos dos parceiros da Blogosfera Otaku BR.

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Começo o artigo com um informe: como estou bem atrasado nos artigos, vou adiar Re: Zero e Joker Game para a semana que vem, quando escreverei daí um artigo sobre dois episódios em ambos casos. O episódio 8 de Re: Zero é bem lento, mas até valeria um artigo, só que como não é conclusivo e o episódio 9 já está disponível hoje, achei por bem deixar para escrever um artigo só sobre os episódios 8 e 9. Joker Game ainda não saiu o episódio 9, mas ele irá explicitamente fechar um arco com o 8, mesmo que haja bastante o que comentar sobre o 8 sozinho eu considerei que, já que estou atrasado, será melhor escrever um artigo só para os dois episódios semana que vem.

Assim o próximo na fila é Twin Star Exorcists! Apareceu um personagem novo pra contar um monte de coisas e amarrar várias pontas do enredo. De forma previsível até, mas admito que mesmo assim fui pego de surpresa. Não esperava que o mundo dos exorcistas fosse tão pequeno!

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Os últimos episódios de Haifuri vinham afundando, e o começo desse francamente não foi muito bom, o enredo já estava ameaçando rachar de tanta água que tinha entrado pelas rachaduras. Mas a segunda metade do episódio conseguiu salvar a emoção e a diversão, e se os remendos não vão deixar o anime bonito, pelo menos talvez ele consiga voltar a navegar.

E sempre que eu resolvo escrever assim por metáforas e alusões eu acabo levando o triplo do tempo normal e fico me perguntando depois se valeu a pena pelo resultado final. O importante é ficar compreensível, né?

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Foi um bocado difícil escrever esse artigo porque me incomodou muito a forma extremamente reducionista com a qual o anime retratou a Guerra do Vietnã, conforme interpretada por alguns de seus soldados, bem como a própria história de formação dos EUA ao comentar sobre o massacre dos povos indígenas. Não quero de forma alguma dizer que na verdade os EUA estavam certos nos dois casos (principalmente no segundo!), é que mesmo se fosse uma descrição absolutamente correta da história a forma maniqueísta e caricata com que foi apresentada me parece sempre uma escolha ruim. Mesmo se fosse verdade que os EUA cometeram apenas crimes atrozes e sabiam disso desde o começo, o tom induz a acreditar que só haviam duas escolhas possíveis: a errada, adotada pelos americanos, e a certa, que seria necessariamente o total oposto do que foi feito. Não só não é verdade que os EUA tenham cometido crimes absolutos irredimíveis mesmo para sua época como a realidade é muito mais complexa do que uma moral em preto e branco sugere.

Mas no fundo isso foi só uma alegoria. Como quase tudo (ou seria tudo?) o que acontece em Concrete Revolutio, o que aconteceu nesse episódio ou foi narrado nele não é uma representação da realidade, mas sim um elemento retirado da realidade e modificado para servir de metáfora para a história do próprio anime. O episódio serviu não para criticar a Guerra do Vietnã e o massacre dos povos indígenas da América do Norte (embora faça isso também, sem dúvida), mas para que Jirou se enxergasse em Jonathan, o soldado idealista caído.

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Que episódio anti-climático. Quero dizer, depois de 32 episódios de desenvolvimento e muita ação finalmente o grande vilão surge em carne e raposa gigante de nove caudas, graças a um ardil que ele planejou. Todos os núcleos de personagens combatentes do anime se apresentam: os militares humanos, os youkais, os monges, e claro o protagonista Ushio com seu inseparável parceiro youkai Tora. A garota que ele gosta está lá, torcendo por ele. Ele encontrou a mãe pela primeira vez na vida. Sua grande amiga Mayuko também está lá.

O vilão se levanta das profundezas dos mares, derrota os youkais, destrói uma ilha habitada e mata todos os seus habitantes, tem a clássica cena dos caças de guerra indo dar combate e sendo destruídos instantaneamente que nunca pode faltar nessas ocasiões, tem o protagonista enlouquecendo e atacando o vilão apenas para ver a única arma capaz de derrotá-lo ser destruída e ele próprio ser arremessado nas profundezas do mar no instante seguinte. Ah, e as ilhas japonesas estão afundando. Deu para segurar o fôlego? Foi essa a deixa para esse episódio.

E o que aconteceu? Apareceram novos aliados para lutar contra o vilão enquanto o herói se recupera? Alguém partiu em missão desesperada para salvar o herói que, afinal, está afundando no oceano? O herói se recuperou? Alguém se sacrificou heroicamente para segurar o vilão, mesmo que só por mais um minuto? Talvez nada disso, mas pelo menos teve mais uma boa dose de destruição e desespero provocados pelo vilão? Não, não e não. Flashback. A história de como o vilão surgiu, era isso o que você queria? Eu não queria. E se além de tudo tiver um filtro maneiríssimo durante o flashback inteiro que o torna além de tudo feio de se assistir? Eu continuo não querendo. Por que fez isso comigo, Ushio to Tora?

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Tenho uma interpretação para esse episódio que é altamente controversa. Com todos que conversei, em toda parte que comentei, foi mais fácil encontrar quem discorde do que quem concorde comigo. Quando algo assim acontece é fácil suspeitar de si mesmo, não é? Mas vou sustentar minha posição mesmo assim. Não porque eu sou teimoso, mas porque eu acho que mesmo as alternativas à minha interpretação levam ao mesmo resultado. Na verdade não apenas acho: já vi por aí interpretações diferentes que, no entanto, chegaram a uma conclusão parecida. Exporei minha posição, portanto, e listarei também algumas alternativas.

E de que estou falando afinal? Bom, não escrevi esse título no sentido metafórico. Eu realmente acredito que a Mumei matou a própria mãe nesse episódio. Além disso vou comentar sobre outras coisas desse episódio, então não feche a página agora ainda, mesmo se discordar de mim que a Mumei tenha matado sua mãe, poderá concordar noutras coisas, não é?

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O título é uma menção e uma homenagem a um artigo do blog É Só Um Desenho que acabei de recomendar no oitavo artigo de recomendações da Blogosfera, no qual o Diego disserta sobre a influência que obras de ficção em geral e o anime em particular pode ter em seus espectadores/consumidores.

A cena sobre a qual vou falar aqui não é particularmente significativa para o episódio, embora seja muito bonita e seja perceptível o capricho que a equipe de animação colocou nela. Me refiro, como a imagem de capa já revelou, ao momento em que a Yukina, a maquinista do Koutetsujou, desveste sua jaqueta para melhorar a mobilidade e num movimento brusco e poderoso puxa uma alavanca do trem, tensionando vários músculos nas costas e nos braços, que ficam bastante visíveis.

E o que tudo isso tem a ver? Eu pensei em comentar isso no artigo do Diego, mas achei que escrever aqui em forma de testemunho seria melhor: eu nunca vi mulheres musculosas como belas ou sexualmente desejáveis. A minha imagem de mulher musculosa era a imagem que eu tinha de qualquer pessoa que malha em academia, e aqueles movimentos repetitivos, aquele suor gratuito e aquelas roupas coloridas e coladas nunca me agradaram. Esse episódio de Kabaneri me mostrou uma mulher musculosa em uma situação prática. E nossa, ela é bonita, não é? Nunca mais vou enxergar mulheres musculosas da mesma forma, graças a Kabaneri of the Iron Fortress. É só uma bobagem, mas você ainda acha que anime é só um desenho?

Veja um gif animado da cena em toda a sua glória abaixo:

Kabaneri of the Iron Fortress - 6 - Yukina