A partir de agora meus artigos de primeiras impressões serão mais curtos e objetivos, ok? Não é preguiça de escrever nem nada, é que acho que quem está procurando saber se deve ou não assistir não necessariamente quer ler um texto longo e prolixo analisando o episódio inteiro, mas sim apenas saber alguns elementos-chave, apontamentos, essas coisas.

Adicionalmente informo que irei escrever semanalmente sobre Shuumatsu no Izetta também – mas isso não necessariamente será o caso de todos os animes que eu escrever artigos de primeiras impressões. Isso não mudou.

Um bom resumo para Izetta é: um pouco de tudo o que andou fazendo sucesso e que tem sido popular. O anime tem:

  • Combate em cima de um trem
  • Garota mágica
  • Personagens femininas determinadas e fortes
  • Tema militar
  • Referências à história real, e, claro
  • Fanservice

A animação para um primeiro episódio é apenas ok, mas em compensação a trilha sonora está muito boa. A minha descrição do anime como uma mistura dessas coisas todas pode fazer parecer que é apenas uma grande sopa de clichês, mas pelo menos até agora não é o caso, não se preocupe com isso, o enredo parece ser decente.

Para ver uma galeria de imagens do episódio continue lendo!

  1. O primeiro episódio de Shuumatsu no Izeta, foi um dos melhores na primeira leva de estreias, senão a melhor. Eu como grande fã de história, gostei bastante das explicações do avanço do exercito alemão (a invasão da Livónia (Polónia), a invasão e ocupação do Termidor (França), aos poucos parece que este anime vai ser uma espécie de uma aula de história (não que eu me importe). Eu gosto da princesa Finé, só no primeiro episódio mostrou-se um excelente personagem, preocupada com o seu país e com o seu povo, coisa rara na nobreza desde a sua existência, por norma a nobreza só se preocupava consigo mesma. A Izeta por enquanto ainda não teve muito destaque, mas acredito que ela também será uma excelente personagem. Quanto ao fanservice que tu comentaste, para mim foi um fanservice mínimo sem muita importância, deve ter servido para realçar a beleza da princesa (só eu acho que a princesa parece com a irmã do Kirito de SAO, naquela parte das fadas, eu sei que o designer é o mesmo que fez Sao deve ser por isso a semelhança).
    As partes que mais gostei no episódio, foi a parte da fuga/luta no comboio foi muito bem feita e aquela parte do teatro em que a princesa está lá a negociar com um diplomata da Britânia a ajuda dos aliados ao seu pais e o mesmo diz à Finé sama que já não pode fazer nada, pois o seu país já estava a ser invadido e começa a passar a cena da invasão com a musica da ópera no fundo, para mim foi um toque de génio do roteirista. Aquela cena do avião também foi muito boa, a princesa é muito corajosa, e com uma excelente ost de fundo a cena ainda ficou melhor. Só não gostei daquele rifle que a Izeta faz de vassoura, os alemães na Segunda Guerra Mundial não tinham aquele tipo de Rifle, só os aliados é que tinham, principalmente os russos, mais propriamente a divisão de Cossacos Siberianos eles é que costumavam andar com esses rifles às costas enquanto se deslocavam de trenó para combater as forças alemães que se dirigiam para Estalinegrado. Outra das coisas que gostei foi a fidelidade dos trajes dos soldados e oficiais alemães, se bem que eles censuram a suástica, mas ainda assim deixaram a águia que era o símbolo das SS e os típicos capacetes das SS também não podiam faltar. Quanto ao armamento dos soldados alemães também foram muito precisos, desde o soldado raso ao alto oficial todos tinham uma Luger P08 Parabellum, para os aliados estas pistolas eram o melhor prémio (saque) que eles podiam tirar dos soldados mortos alemães.
    Excelente trabalho com as imagens, acho que os teus artigos assim ficam muito bons, gostei da tua pequena aula de história que deste nas legendas das imagens, com isso já aprendi dois nomes novos zonas Tirol e Vorarlberg, no caso de Tirol eu já conhecia por alto mas Vorarlberg não conhecia. O Regime da República de Vichy foram todos uns filhos da mãe, cederam aos alemães em vez de ajudar os seus compatriotas, o Churchil é que fez bem quando mandou destruir a frota naval de Vichy eles mereceram, eles tinham uma das melhores frotas navais, ou senão a melhor (esta frota fazia frente à frota naval do Império Britânico) aquele general Petain só fez merda para a França.
    Como sempre um excelente artigo Fábio, mais um anime que vou seguir até ao final, aqui no Anime21.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Quando sair o artigo de verdade vou comentar bem mais coisas, mas gostei bastante sim, embora não tenha sido tão incrível quanto alguns textos que li por aí me fizeram crer. Como escrevi, a história é boa, mas não vai muito além apenas utilizar diversos elementos que têm estado em alta. Dito de outra maneira: não tem nada realmente original.

      Mas gostei das personagens (estou bastante curioso com o drama pessoal da Izetta, que tenho certeza que ainda iremos ver), a história me fascina porque essa época histórica me fascina, e até onde foi contado é razoavelmente fiel com poucas diferenças. Para além das mudanças de nomes (que guardam relação com os países reais!) e da criação de um estado fictício em parte do território austríaco, acho que a diferença mais gritante é a ausência da União Soviética no conflito. A URSS invadiu a Polônia junto com a Alemanha, afinal, e o anime retrata corretamente como a Alemanha ocupou metade do território polaco, mas a outra metade ficou livre sem nenhuma razão aparente. Quanto à arma que a Izetta usou de vassoura de bruxa, dou de barato que estava naquele avião porque era também um espólio de saque, espionagem ou operações especiais, como era o caso da própria Izetta e da princesa Finé.

      E já comentei até demais para algo que nem é o artigo completo ainda =D

      Obrigado pela visita e pelo comentário!

      • Lá o oficial inimigo que capturou a Finé, disse no avião que tudo o que estava dentro do mesmo eram artigos de extrema importância para o imperador (se bem que eu queria uma caricatura do Hitler, mas assim também dá) de certeza eram fruto de espionagem ou saque, mas aquele rifle da Izeta é muito pouco prático, aquilo só em ferro tinha mais de 10 quilos. Esta fase da nossa história tem muito o que falar, por isso não acho o teu comentário assim tão grande, este anime merece que se escreva comentários sobre história. Ansioso pelo artigo a sério de Izeta sobre o episódio 2 (eu já o vi e gostei).

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Eu também já vi! O artigo será sobre os episódios 1 e 2, quero comentar em mais profundidade algumas coisas do primeiro episódio também. Em particular, a inserção histórica do anime se apresenta de forma muito mais forte no primeiro episódio. Acredito que a partir de agora veremos uma história totalmente diferente (e sem União Soviética?).

        Ah, e esqueci de comentar antes, mas acho que aquele fanservice foi do tipo pra mostrar fanservice mesmo, viu? Hehe.

      • Eu acho que eles não se vão referir directamente à União soviética, no primeiro episódio lá no teatro já tinham falado nos aliados, talvez os russos já estivessem incluídos nesse pacote. Eu acho que aquele fanservice da Finé, foi inocente e se reparares ele nem se focaram muito naquilo, eu quando vi essa parte até me deu vontade de rir, a princesa Finé não tem pudores, quando o seu guarda costas bateu na porta para saber se estava tudo bem,a princesa nem ficou nervosa, com a hipótese que o mesmo a pudesse ver nua ( se bem que a Finé parece ter uns tiques pouco femininos como a sua maneira de falar e agir).
        Eu acho que por agora eles só se vão focar na invasão do ducado da princesa, depois dai talvez metam os aliados outra vez ao barulho. Se bem que o exercito do ducado não tem hipótese contra os alemães, o seu armamento é obsoleto, os seus tanques são obsoletos tudo naquele exercito está ultrapassado, mais um pouco só faltava os soldados do país da princesa porem umas baionetas nas suas espingardas e lançarem-se contra as posições alemãs como se fazia nas cargas de infantaria na primeira guerra mundial.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Deu até vergonha alheia quando vi aqueles tanques mesmo =D

        Mas bom, há um pouco de mito na super evolução tecnológica entre as duas guerras. Cavalos fizeram parte da blitzkrieg alemã, por exemplo, não foram apenas tanques e aviões. A maioria dos soldados ia à pé. Vou falar um pouco sobre isso no artigo também =)

      • Aqueles tanques fizeram-me lembrar aqueles tanques que entraram no final da primeira guerra Mundial, aqueles tanques do exercito da princesa, fizeram-me lembrar daqueles tanques franceses da Renault, além de serem quase inúteis, eram difíceis de manobrar e consumiam muito combustível. Eu dessa parte do uso de cavalos por parte dos alemães nas invasões relâmpago, já que a maioria dos soldados ia a pé, o uso de tanques e aviões só mesmo quando necessário (até nisto o Hitler pensava). Mas sem bem que o exercito alemão na segunda guerra Mundial era aquele que estava melhor equipado e treinado, o exercito alemão com os seus tanques Tigre com um canhão de 88mm já dominavam em terra, se bem que no ar a conversa já não era a mesma.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Era tudo questão de otimização de recursos, não é? Hitler nunca quis uma guerra longa, sabia que seu país era pequeno e não teria condições de sustentar uma guerra por muito tempo. E ele absolutamente não queria os EUA na guerra! Pudera, no auge, a máquina de guerra americana fabricava bombardeiros inteiros em minutos.

      • No auge do Plano V (de vitória de Roosevelt), os EUA montavam 5 navios de guerra por dia e como tu bem referiste eles fabricavam bombardeiros em minutos, além de milhões de toneladas de suprimentos como munições e comida enlatada. O maior erro foi ter declarado guerra aos EUA de forma mal pensada, quando o Japão atacou a frota dos EUA no Havai a aliança do eixo já tinha o destino traçado. Eu acho que o Hitler não deve ter testado muito estratégias militares, ele invadiu a Rússia mesmo sabendo que o Napoleão cometeu o mesmo erro e aquilo acabou mal, declarou guerra aos EUA até ali um país neutro para com a Alemanha, a pensar se os seus aliados japoneses iam atacar a Rússia ao mesmo tempo, mas os Japoneses estavam mais interessados nas ilhas do Pacifico e se bem que o exercito japonês era muito fraco e mal equipado, a única coisa que tinham de jeito eram os seus caças Mitsubishi A6M Zero (o eterno Zero) simplesmente o melhor caça da segunda guerra mundial e a sua frota naval que tinha 6 porta-aviões mais do dobro que o EUA, que não souberam aproveitar (aliás perderam muitos na batalha das ilhas Marianas).

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Tanto EUA quanto URSS ganharam por ter números esmagadores. A esperança das nações pequenas e beligerantes da Alemanha e do Japão era a vitória rápida. Hitler fracassou no Reino Unido e depois na URSS, e o Japão fracassou no ataque aos EUA (esperavam ter causado dano muito maior e forçado um tratado de paz).

      • O ataque do Japão a Pearl Harbor não correu como eles queriam, o plano dos japoneses desde o inicio era destruir toda a frota naval dos EUA no Pacifico, mas só que naquele dia o porta-aviões clássico (restos da Glória que os EUA tiveram na primeira guerra Mundial) não estava lá, a frota que o Japão destruiu em Pearl Harbor era obsoleta e não atingiu muito os EUA, o que fez os EUA se ressentirem foram as mortes de fuzileiros americanos que esse ataque causou. A URSS soube demonstrar força quando lançou um ataque massivo a Estalinegrado com mais de 1 milhão de homens e tanques, a força foi tal que o General Paulus (na sua rendição ele já era Marechal) rendeu-se aos russos, ele se fosse um nazi tinha se suicidado, mas o General Paulos que foi o coordenador da operação Barbarossa nunca esteve de acordo com a maneira que o Hitler tinha de fazer as coisas, ele rendeu-se para salvar os seus homens e ainda ajudou os russos, já para não falar que testemunhou contra os seus superiores nos Julgamentos de Nuremberga.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Sobre o General Paulus, li num livro sobre os generais nazistas que ele era um homem de gabinete, um estrategista, planejador, por isso foi o quem planejou a Barbarossa. E nunca deveria ter ido a campo como líder. Mas a Alemanha havia acabado de enfrentar uma tentativa de golpe da qual participaram alguns de seus mais prestigiados generais, então não tinha outra pessoa. Foi o Paulus. E foi o que foi.

      • O general Paulus de certo modo era mesmo só um general de gabinete, um estrategista, ele deve ter ido a contragosto na invasão da Rússia, ele de certo modo quando se viu cercado por um exercito massivo de russos não aguentou a pressão (se bem que os exercito dele já não tinha maneira de aguentar a cidade, já não tinham comida nem munições e a maior parte dos homens e o próprio general Paulus estavam doentes com disenteria ) logo estava mais do que na cara que ele ia se render. O próprio general Jukov (o principal responsável pela defesa de Moscovo e pela recaptura de Estalinegrado) ficou admirado pela rendição de Paulus. Jukov ao contrário de Paulus era um excelente líder de campo e grande estrategista (ele quase que era o braço direito de Estaline).

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Segundo o que li, Paulus cometeu um erro fatal ao forçar a entrada em Stalingrado. Acabou cercado pelos soviéticos, preso dentro da cidade. É o tipo de erro que alguém acostumado com o campo não teria cometido.

      • Quando o Marechal Paulus subestimou o seu inimigo, ele muito antes de invadir a cidade, já tinha sido flanqueado pelos dois lados, já que ele tinha o exercito a sério só com alemães e os outros dois exércitos que lhe protegiam a retaguarda eram exércitos mais fracos, num lado húngaros e italianos, na primeira vaga de ataque dos russos foram logo subjugados pois não tinham mais munições, e o outro exercito com mais de dezenas de milhares de russos forçados a combater ao lado dos alemães também foi subjugado porque não tinham armas anti-tanque. Logo aqui se viu que a tomada de Estalinegrado foi mal planeada. De toda a forma o Marechal Paulus não tinha hipótese, ele tinha um exercito de 900000 soldados, mas dividiu as suas forças em três, além de ter poucos tanques e suprimentos, quando Paulus foi capturado, a campanha da Rússia tinha acabado em desgraça e o destino da Alemanha estava traçado. Todo este ataque para esmagar as forças do Marechal Paulus foi feito e planeado ao pormenor pelo melhor general russo Jukov.

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