Bem vindos a mais um post, que muitas pessoas não devem ler. Eu até imagino o porquê, um dos motivos é que eu demorei 3 fuckin posts pra cobrir o início de FullMetal (e adicionar esse e vários outros). Mas enfim, já que cobri os 6 arquétipos que eu falei que ia focar no meu primeiro post, eu posso começar a separar os acontecimentos que se relacionam a isso. Eu só não fiz antes, porque não queria rushar FMAB. O bagulho de uma forma já pareceu rushado um pouco.

Continuando, eu falo que FMAB parece rushado mas na real FMAB fez o máximo possível pra não deixar tudo lerdo demais ou rápido demais. Fazer o foco da história ser os irmãos Elric foi uma forma muito inteligente de começar o anime. Tanto que, na minha opinião, quando a maioria fala FMA, geral pensa na histórias deles e o que eles enfrentam. Bem, a maioria dos livros que eu li e estudei usando arquétipos usavam uma tática assim. Como, por exemplo, The Catcher In The Rye, não sei se alguém já leu. É a história de Holden e como ele lida com seus problemas, mais especificamente, a sua transição de adolescente para adulto. O começo do livro, comparado com o meio, é um tanto chato. Mas porque era necessário fazer as pessoas conhecerem o personagem. E, em seguida, mostrar o porquê dele ser assim, e porquê ele enfrenta problemas. Existem algumas exceções, como Hamlet. Em Hamlet, não vemos uma introdução sobre ele logo no começo, acabamos o conhecendo de acordo com o andar da história e isso causa alguns problemas como: falta de personalidade ou instabilidade na personalidade. Porém, como Hamlet é meio suspense / mistério, eu até consigo entender o motivo. Se FMA usasse o que Hamlet usou, resultaria em uma obra muito menos impactante, só pelo fato das pessoas não conhecerem os principais direito, a ponto de entenderem as ações deles.

Eu sei que não tem filme disso s/2

Eu sei que não tem filme disso s/2

Para quem já viu o anime, percebe que a maioria dele cobre um “sub-plot”, os planos dos homúnculos. E, dentre esse sub-plot, temos outros sub-plots, como a vingança do Mustang, o que é ok. Criar sub-plots, com o sub-plot, não é problema, desde que não o deixe em aberto. Voltando ao plano dos vilões, pessoalmente, a única coisa que faltou cobrir foi o passado ou desenvolver mais um pouco, pelo menos um ou dois dos homúnculos. Eu sei que isso acontece e alguns ficaram meio apagados (como a Lust), e os que recebem destaque só é mais pro meio – fim. E se a minha memória ainda é boa, no clássico, cada homúnculo tem uma história. Mas, acho que a autora preferiu usar o sentido literal dos pecados. Foi uma escolha boa, quase certeza que em todo lugar do mundo, esses pecados significam a mesma coisa. Então não tinha muito motivo pra explicar o óbvio, economizando tempo, já que não haviam muitas brechas pra fazer uma introdução decente deles no começo mesmo.

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IMagem com menos spoiler possível.

Antes de ir pra Xing, temos aquela treta com o Greed, mas ele morreu minutos depois, então, nobody cares. Vou juntar tudo o que o novo Greed fez pra cobrir de uma vez. Temos o tudo é um e um é tudo, do treinamento do Ed e Al. Eu não vou explicar o que é, porque quem viu o anime sabe, lá explica muito bem. Eu acho isso um complemento do arquétipo da metamorfose. Pensando assim: se a pedra era feita usando alquimia e o princípio da alquimia é mudar as coisas, faz sentido como a pedra é feita e os efeitos dela. Como já expliquei esse arquétipo no post passado, então, não preciso repetir tudo de novo.

Indo pra Xing, que não temos a mínima ideia de como ela é ou nem um background decente dela, é bem usada. Algo que eu realmente gostei da autora, foi que ela só usou Xing quando realmente precisava. Isso me lembra HxH, no arco das formigas. Togashi não usou Leorio, Kurapika, Hisoka e cia para interferir no arco. Pra mim HxH é bom, porque é bem organizado e não aquela putaria de One Piece, que anda um passo, influencia todos os outros personagens existentes e BUM, cada capítulo não desenvolve nada porque Oda precisa desenvolver tanta coisa em um curto período de tempo. Mesma coisa acontece aqui, a autora soube separar as coisas. Na série toda, ela separou muito bem o plot (conseguir os corpos dos Elrics), do sub-plot (plano dos homúnculos) e outros sub-plots (como a vingança do Roy, “vingança” do Scar, a missão do Ling/May, etc…). Uma coisa não se mistura com a outra (não ao ponto de você não entender… ué, q q tá rolando?). No geral, não são arquétipos, mas sim coisas que fazem uma história boa.

Voltando com Arquétipos, mesmo a autora tendo focado uma boa parte pra desenvolver personagens, backgrounds e mistérios, quando ela introduz Xing, ela meio que repete isso, mas faz o mínimo possível. E nem temos tantos personagens de lá mesmo, só uns 5 ou 6, sendo eles Ling, Lan Fan, Fu, May e o panda dela (se é que conta como personagem). No geral, temos um breve background da história deles, que eles precisam da pedra filosofal pra salvar o país. Dentre todos eles, só 2 realmente se encaixam nos arquétipos: Ling e May. Ling é mais no arquétipo do herói, enquanto May é A solidária/Caregiver. Os dois tem o mesmo objetivo (os personagens, não o arquétipo), mas as posições sociais deles, os diferenciam. Não temos muito background (ou eu não lembro mesmo), da família do Ling, mas do jeito que ele atua, a família dele deve ser bem conhecida em Xing, ou pelo menos tem uma boa quantidade de moral, fazendo com que as ações dele sejam de um jovem imperador, provando tudo através de coragem e carisma. Usando frases como um rei vive pelo seu povo. E fazendo decisões bem audazes, como sempre que possível salvar seus subordinados. Além de decidido, eu não acho que ele considerou pensar duas vezes na série toda, sempre que ele via a oportunidade de conseguir uma pedra, ele só aceitava e ia fundo. A autora até faz ele não usar alquimia e ser um mestre na luta usando uma espada, parecendo que ela faz referência aos antigos heróis que lutavam com nada mais e menos que uma espada. No geral ele não mudou muita coisa, só fez coisa arriscada e burrice, coisa que todo herói faz

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Ainda bem que o Ed é o principal, acho Ling meio clichê pra ser heroi

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Já a May, é diferente. Ela mesmo cita que a família dela tem pouca moral no país dela. O que resulta que mesmo ela sendo um princesa, as ações dela não são tão egoístas como a do Ling. Algumas diferenças é que ela prioriza salvar as pessoas que são próximas pra ela. No começo ela se refere ao clã dela, mas ao decorrer da série nós vemos ela desenvolvendo a personalidade dela e ampliando essas “pessoas”. Diferente do Ling, ela já tinha conhecimento de amestris, conhecia alguns alquimistas (vulgo Edward) e sabia usar rentanjutsu, alkahemistry, ou o nome br que eu esqueci. Resumindo, pro Ed e cia, ela é um pouco mais sábia e útil. Bom, como ela é solidária, ela ajuda até pandas, é… faz sentido. Mas enfim, uma das características desse arquétipo, é que eles viveram uma vida ingrata e que desejam acabar com isso fazendo o oposto. Uma das maiores fraquezas é que geralmente eles são personagens muito fáceis de controlar, eles não resolvem o problema deles se tudo não estiver resolvido. Diferente do Ling, ela tem uma mente mais aberta, ela aceita qualquer um. Se ela aceitou o Scar, ela aceita qualquer um mesmo. E como consequência ela se apega muito fácil também. Inclusive, ela é mais divertida de analisar que o Ling, então eu meio que paro por aqui, pra evitar spoilers.

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Todo anime tem a garotinha que só se ferra.

No geral, é legal ter em mente que eles não se unem pra conseguir a pedra. É uma competição, não tem que se unir mesmo. Mas é interessante considerar a quem eles decidem se unir. Enquanto o Ling se une com o Ed, alguém que tem o arquétipo igual, com uma mentalidade igual, com formas de resolver coisas iguais (olha o Edward XingLing). A May se une com Marcoh e Scar, Marcoh é alguém do mesmo arquétipo, enquanto Scar é meio que o oposto até esse ponto da história. De uma forma, ela consegue influenciar um pouco o Scar deixando ele mais solidário (olha ela curando as cicatrizes). No fim, a autora fez eles encontrarem gente similar para evitar que ela precise desenvolver os novos personagens. Isso se aplica a vida real também, é mais fácil encontrar gente similar do que entender  pessoas diferentes em um curto período de tempo. O que ajudou, tanto Ed como o Marcoh, já foram cobridos, até mesmo o Scar, fazendo a transição deles na história mais fácil.   

E, ufa… acho que não tem personagem novo a partir daqui… ah, é, tem Briggs e a Izumi… merda, enfim, a Izumi vocês já devem ter uma ideia de como ela funciona… então, no próximo eu falo dela e sobre Briggs, perguntem pro Guilherme s/2

Scary

Juro que no próx post você vai ta lá.

Eu me acho meio hipócrita, falei que eu ia ignorar algumas coisas e ir explicando, mas eu só consegui ignorar alguns minutos e cobrimos outros 2 episódios. Desse jeito vou passar a ceia de Natal pensando em post assim.

    • Sim e não, o começo do clássico não tem muitas diferenças. E mesmo no começo algumas mudanças são feitas, mas nada que seja tão grande. Mas a partir da morte do Hughes, as coisas mudam. E sim muda muito, mas isso não é ruim e nem bom. Depende do seu gosto, tem gente que prefere o clássico e outros o brotherhood.Mas o brotherhood é a versão mais próxima do mangá.

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