Finalmente chegamos ao último episódio de Kuzu no Honkai. Logo quando eu assisti o primeiro episódio, imaginei um final muito diferente do que tivemos. Essa foi uma história cheia de surpresas e totalmente fora do esperado, pelo menos para mim, já que, na maior parte das vezes, eu não consegui adivinhar o caminho que ela iria tomar, mas talvez seja exatamente esse o ponto onde o anime chamou a atenção da maioria das pessoas.

Confesso que muitas vezes me senti muito dividida quanto a ele. Ainda não sei se realmente gostei dele ou não, ainda mais levando em conta o fato de que – mesmo adorando drama – esse tipo de história não costuma ser a minha favorita. Não estou dizendo que o anime tenha sido ruim, vocês podem ver isso pelos meus artigos anteriores. Considero a obra muito boa, é diferente do que geralmente encontramos, mas algumas vezes eu me senti realmente incomodada de estar assistindo isso.

Acredito que muitas pessoas se sentiram assim, exatamente como eu. Penso que a ideia do anime era realmente causar incômodo nas pessoas a respeito de todos esses assuntos abordados. Não tivemos aqui uma história feliz, onde o protagonista se dá bem o tempo todo. Nos foi apresentada uma história onde todo mundo tem algo de ruim, onde percebemos que na verdade a humanidade está bem longe de ser um grande conto de fadas e isso incomoda bastante. Esse choque de realidade, mesmo que mínimo, a respeito do amor, ou até mesmo pelo contato fisíco/sexo, que são tão superestimados por todos, coloca todo mundo para pensar a respeito.

Claro que é legal assistir animes fofos, onde tudo dá certo, mas acho no mínimo interessante me deparar com algo como Kuzu no Honkai. As pessoas acabam se deixando influenciar por histórias felizes, e quando chegam na vida real acabam se decepcionando com a sua vida.

Nem sempre seremos a pessoa escolhida

Outra coisa que o anime nos trouxe, e que acho importante destacar aqui, foi o fato de que nem tudo é preto ou branco. Não existem só pessoas 100% ruins, ou 100% boas, todo mundo tem o seu lado ruim, seu lado egoísta, ao mesmo tempo que também possui um outro lado em que nem tudo é tão ruim. Além disso, cada um tem suas motivações para fazer o que faz, sendo esses motivos bons ou não. No fundo todas as pessoas acabam sendo egoístas na busca pelo que quer e, pelo menos eu acredito que Kuzu no Honkai serviu como um bom exemplo disso.

Pensando no último episódio, não achei que aconteceram muitas coisas. Foi um término bem tranquilo em relação a tudo que já passamos até aqui. Talvez eu tenha ficado um pouco decepcionada com o fato de que o Mugi e a Hanabi não tenham ficado juntos, mas, pensando em tudo de forma geral, essa foi uma experiência muito grande na vida dos dois. A história nos mostra também o drama de começar a se apaixonar por alguém, algo que os dois experienciaram, mas acho que esse final nos trouxe uma superação dessa fase, mesmo que forçada.

Por fim, penso que, mesmo que a história não seja de fato real e que, por conta disso, tenha alguns pontos onde, pelo menos na minha cabeça, tudo seria diferente na realidade, eu acredito que seja um ótimo exemplo de como esse afloramento de sentimentos na adolescência – e essa mania de praticamente adorar quem se ama, de se rebaixar por algo que queremos muito – tem um impacto bem grande na vida de alguém.

Além disso, nos mostra também que não adianta muito tomar decisões drásticas nesses momentos, se revoltar com tudo e tentar se sentir melhor usando as pessoas porque, geralmente, não nos traz o que queremos, que seria esse preenchimento desse vazio interno que acompanhou Hanabi por tanto tempo, assim como outros personagens.

Então é isso….?

Estou contente com o final, acho que resolveu boa parte das coisas, mesmo que não tenha sido exatamente da forma que eu esperei. Apesar de que me encontro apenas conformada com algumas coisas, como por exemplo o fato do professor se casar com a Akane, mesmo que se torne corno por isso. Talvez, por conta de coisas como essa, eu não tenha colocado esse anime entre os meus favoritos, mas, vendo de uma forma geral, foi uma boa obra. Só espero que, em um futuro, Hanabi encontre o seu final feliz, ou que ela pelo menos se encontre.

  1. E aí peoples!!!!
    E essa montanha russa de emoções se acabou…
    Mas que conste nos autos eu odeio finais “em aberto”, mas foi o que tivemos e vida que segue…Agora é juntar os caquinhos, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Vamos ao balanço disso tudo recém saído do liquidificador:

    Akane: Será que ela deixou de ser “bitch”? É uma possibilidade e me apego a ela (tenho uma profunda fé na humanidade, meio trouxa). Na unica cena que aparece parece-me que ela fez um gesto de conciliação com a Hanabi, uma forma de agradecimento por te-la tirado daquela vida pequena que levava porque sem Hanabi não haveria o Narumi na vida dela. Mas como velhos hábitos são dificeis de morrer foi um reconhecimento com um provocaçãozinha é lógico. Mas ainda acho que ela se emendou.

    Hanabi e Mugi: bem que poderiam continuar sendo um casal, mas entendo a motivação deles. Esse negócio de “substituto” não era para dar certo mesmo. Fiquei um pouco decepcionado quando vi a cena. Mas pensando bem, qual o problema deles começarem uma nova vida? Com novas pessoas, novas possibilidades e tudo mais…Era transparente o alivio no rosto da Hanabi na cena da separação definitiva. E isso me fez aceitar melhor o final.

    Ecchan: não tem muito a dizer.

    Moca: o personagem mais triste da história toda. Nem prêmio de consolação ganhou. Foi triste ela naquela unica ceninha sozinha e com o olhar vazio sem futuro. A resignação em pessoa.

    No geral foi um grande anime, o tema foi adulto e como adultos fomos tratados pelo autor, não houveram cenas apelativas desnecessárias. Cabe um elogio a musica incidental que não deixou a peteca do clima cair. Quanto a tecnica da animação, não foi um primor, mas acho que num contar de história em que manda o enredo e os dialogos dos personagens é uma coisa que vc nem percebe.
    E o melhor de tudo: as pessoas que acompanharam e se deram ao trabalho de ler as besteiras que eu escrevi nesses comentários todos (e o pior se deram mais trabalho de responder!). A todas elas, meu muito obrigado pela paciência!

    Foi incrivel como uma obra de ficção deixou os brios de muitos por aqui incomodados. E isso para mim é pura arte.

  2. Saiu o cap final no manga – sem spoilers – o final foi mais bem resolvido…Mais melancolico e ao mesmo tempo libertador. A emoção mais a flor da pele…

  3. Mas cadê o K-San? Isabellita? Gostaria de fazer um belo farewell para este que nos deixou com os brios acesos…E ninguem ganhou a aposta desde o ep. 2!!! Parabens a todos…

    • Calma James, eu ainda não morri, a minha falta de tempo é que não me permite, comentar mal o artigo de Kuzu sai. Quem sabe se nesta temporada de Abril, não apareça um anime, que nos reúna outra vez. E é uma pena. nenhum de nós ter ganho a aposta, mas fazer o quê.

  4. Começando pelo episódio 12 e último, eu concordo com tudo que a Isabella escreveu, nem me vou a atrever a acrescentar mais uma palavra.
    Passando ao anime,como um todo, sinceramente não gostei. Eu percebi logo no primeiro episódio, que Kuzu no Honkai, não seria um anime para mim. E isso continuou ao longo do anime, chegando mesmo a uma altura, em que pensei seriamente em desistir de continuar a assistir Kuzu no Honkai. Eu gosto de animes de drama, eu gosto de todo o desenvolvimento que este género de anime nos proporciona, mas Kuzu usou como base, temas sensíveis da actualidade, quase como se o anime fizesse questão, de colocar o dedo na ferida, e nos mostrar o sofrimento dai proveniente. Em certos momentos, não gostei, da forma como a trama do anime evoluiu e em outras achei os dramas pessoais, dos personagens meio forçados e superficiais. Pela primeira vez, Kuzu alcançou uma proeza, que eu nunca pensei que veria tão cedo. Ele fez com que eu não gostasse ou simpatizasse com algum personagem. Em Kuzu a podridão está presente em todos os personagens, até parece que Kuzu, fez questão em 12 episódios, mostrar o pior que uma pessoa pode ser.
    Quanto à animação, eu não gostei, mas também não odiei, ficou no meio termo. Eu gostei bastante dos cenários do anime, do design da maioria dos personagens, principalmente da Ecchan. Mas o design, dos personagens também teve as suas falhas, principalmente os olhos, em certos momentos os olhos dos personagens ficavam cinzentos, as lágrimas eram muito mal feitas. Aquilo que Kuzu pecou nestas partes, compensou nas partes, mais eróticas. Também não gostei muito, do uso e abuso de cenas estáticas, mas isto é apenas uma pequena implicância minha. Em termos de dobragem (ou dublagem), eu não gostei, ou os seiyuus que participaram no anime eram novatos, ou então os seiyuus fizeram o trabalho deles só por fazer e cagaram na qualidade da dublagem. Quanto à trilha sonora, foi ok, geralmente bem utilizada nos momentos que exigiam o uso de uma ost mais dramática. A opening foi boa, tanto em termos musicais mas também em termos de animação. Mas foi a ending que roubou os holofotes, muito bem animada e acima de tudo com música da Saiyuri.
    Concluindo, mesmo eu não tendo gostado do anime, diverti-me muito a debater o anime, com a Isabella e com o James, quem sabe, nesta temporada de Abril, não apareça um anime, para nós três comentar-mos e debater-mos a nossa opinião.
    Como sempre, mais um excelente artigo, de Kuzu Isabella.

  5. Prezado K-San como sempre um prazer ve-lo comentando. Bem, a temporada está aberta vamos ver o que temos por aí mas obra instigante como essa vai ser dificil…

    • Nesta temporada de Abril, nenhuma obra chega ao nível de Kuzu. Se bem que isso não me incomoda em nada. Vamos ver se algum anime te cative a atenção, é sempre uma honra ler os teus comentários.

Deixe uma resposta para James Mays Cancelar resposta