Esse anime é alguma coisa sobre robôs, pessoas mortas, super-poderes e como eu estou dando um azar danado nos meus artigos de primeiras impressões.

Bom, na verdade acho que tem alguma metáfora muito profunda sobre juventude, confiança, e relacionamentos interpessoais. Eu não sei, eles são japoneses, então talvez eu não tenha entendido nada mesmo. Mas tem a ver com rituais de passagem, não tem? Muitos animes adolescentes ou com protagonistas adolescentes são rituais de passagem, desde os escolares mais óbvios até jornadas insanas cheias de ação como Gurren Lagann.

Quando se é adolescente ainda não se tem controle sobre a própria vida mas já começa o processo de desenvolver um senso de justiça e um conjunto de valores morais próprios, independentes daqueles adquiridos no meio familiar, e se for pensar bem, isso é algo bastante solitário. É como sair de casa. Escolhas, essa é a palavra-chave. Adolescentes ainda não podem fazer muitas escolhas, mas já podem fazer algumas, sendo as mais importantes delas aquelas sobre com quem se relacionar, em quem confiar. Não pode ser qualquer pessoa, pode? Ao dar o primeiro passo para fora de casa e ver esse mundo vasto e assustador, é natural querer encontrar segurança em alguém que tenha valores iguais e esteja fazendo essa mesma jornada. Mas como achar essas pessoas?

Isso soa incrível, mas é só incrivelmente prepotente. Do anime, se for isso mesmo, de mim, por achar que vi algo nesse sentido, ou de ambos. A animação não ajuda. Sempre me acende uma luz de alerta quando assisto um anime desse gênero e Charlotte parece ser melhor. Parece – me que tentaram criar um clima ermo, árido, e bom, conseguiram – e esse é o problema. Os protagonistas sequer se olham enquanto conversam, parecem congelados no tempo e no espaço, é muito estranho. Mas talvez melhore conforme eles aprendem a confiar um no outro? Dá uma olhada na galeria abaixo para ter uma noção.

  1. Meu caro Fábio, eu posso ter uma ligeira sensação, que este anime vai ser uma desilusão total, pelo menos para mim, que numa fase inicial, achei que este anime seria bom. Este primeiro episódio de Sakurada,para mim foi fraco, eu gosto de animes, que tenham uma abordagem mais filosófica e mais calma, mas eu não percebi nada do que se passou, pode ter acontecido só comigo, mas eu não percebi nada, principalmente a última parte do episódio. Eu acho que este anime, está a tentar ser um Shinsekai Yori 2.0, mas logo no primeiro episódio já fracassou (e olha que o Shinsekai Yori era um anime original). Mas nem tudo foi mau neste episódio, aquela personagem Soma, é a prova perfeita que a seiyuu Yuuki Aoi, pode fazer uma voz decente (e não aquela que ela usou em Youjo Senki). A voz desta personagem Soma, é a mesma que a Yuuko Aoi usou em Madoka Magica, dai a minha sensação de déjà vu que eu senti o episódio inteiro.
    Obrigado por estas primeiras impressões de Sakurada Reset, Fábio.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Acho que está mais pra Charlotte 2.0, hein? E olha que Charlotte tinha tudo para ser um anime bom. Exceto número de episódios suficiente para o tamanho da história que pretendia contar. Já Sagrada Reset parece que terá muitos episódios, mas começou me deixando com um misto de raiva e tédio.

      Obrigado pela visita e pelo comentário!!

      • Eu assimilei Sakurada Reset a Shinsekai Yori, por causa dos poderes e o facto daquela cidade ficar escondida, em Shinsekai Yori era a mesma coisa. Quanto a Charlotte não vi, nem tenho interesse em ver. Eu demorei uma semana para ver o primeiro episódio de Sakurada, eu logo nos primeiros minutos ficava com sono. Eu não gostei de quase nada neste anime.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Sagrada fica escondida? Só me lembro que eles não podem sair senão perdem seus poderes (ou “esquecem” que os têm, tanto faz). E Charlotte tem adolescentes com poderes que ajudam pessoas também.

      • Pelo que percebi a cidade onde se passa o anime, fica no meio de nenhures. E tens razão eu esqueci de mencionar, a parte em que os personagens perdem os seus poderes, se saírem daquela zona. Obrigado por me lembrares desta parte Fábio.
        Os poderes em Shinsekai Yori, era algo bem complexo, muito envolto em filosofia e a cidade onde os protagonistas deste anime era afastada do mundo. Tenho que admitir que tua comparação de Sakurada com Charlotte seja a mais correcta. Além que os poderes em Shinselkai Yori, em muitos dos casos, não é para ajudar os outros, mas sim para dar status social a quem nasceu com um dom especial.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Não terminei Shinsekai Yori, mas era um mundo de fantasia, pós-apocalíptico, bem diferente. Sagrada Reset se passa no nosso mundo mesmo, é mais “normal”.

      • Pelo que percebi a cidade onde se passa o anime, fica no meio de nenhures. E tens razão eu esqueci de mencionar, a parte em que os personagens perdem os seus poderes, se saírem daquela zona. Obrigado por me lembrares desta parte Fábio. Shinsekai Yori, é um pouco diferente, os personagens não perdem os seus poderes, se saírem da sua cidade, no pior dos casos podiam ter os seus poderes selados. Além que os poderes em Shinsekai Yori eram cheios de filosofia e normas morais, além que davam estatuto social a quem os possuía. Por isso tenho que concordar que a tua comparação de Sakurada com Charlotte seja a mais correcta.

Deixe uma resposta para Fábio "Mexicano" Godoy Cancelar resposta