Ruim. Foi um episódio ruim, mas comparado aos episódios anteriores, foi um excelente episódio. Sinceramente, foi o “menos pior” junto do primeiro episódio até agora. Eu diria que esse teve um “tom” mais sério, apesar de tudo ter sido uma grande bobeira, e eu explicarei essa “grande bobeira” de maneira que faça sentido.

Eu realmente poderia ter dedicado mais algumas linhas de texto na introdução desse artigo, mas percebi que se fizesse isso não teria muito sobre o que discutir no corpo do texto, então dei uma freada para tranquilamente tentar desenvolver minhas ideias “aqui” e não “lá”.

Antes de mais nada, apesar de ruim, eu tenho que admitir, foi um episódio divertido. Esse episódio 5 não foi tão chato e massante como os outros, e eu diria que o motivador desse “divertimento” foi principalmente a boa direção desse episódio. Na primeira parte, tivemos algumas cenas de comédia que foram muito bem dirigidas, não afirmaria que essas cenas foram “engraçadas”, mas elas impediram que o episódio ficasse um nojo de se assistir. Além da comédia, tivemos um pouquinho de ação com o Atom parando aquele caminhão, que foi legalzinho de se assistir.

Novamente tivemos a discussão do mesmo assunto de “humano x robô” apresentada a alguns episódios atrás com o mesmo personagem (esse velho bigodudo). Aliás, no episódio que esse tema foi introduzido, esse velho havia demonstrado ter entendido o valor dos robôs. Porém, por algum motivo engraçado, nesse episódio o mesmo personagem aparentemente se esqueceu dos fatos anteriores e voltou a criticar o uso de robôs porque basicamente não são humanos. Não é bem por “não serem humanos”, mas no geral, é isso mesmo.

Esse episódio meio que cria uma brecha para uma discussão entre “racionalidade x empirismo”, pois o velho — novamente — aprende através de uma experiência envolvendo um robô, que no caso, aprendeu que o Atom também possui um “coração” ao ter se arriscado para parar aquele caminhão. Isso que apresentei antes foi a representação do empirismo, agora a representação da racionalidade está mais focada nas atitudes ignorantes do velho, que se limita a pensar que uma máquina não conseguiria fazer o trabalho de um humano tão bem quanto. Eu não ia sugerir isso como um ato racional, mas é o que mais se assemelha como um ato de racionalidade, na verdade, querendo ou não, a atitude do velho é um tanto quanto racional, mas não tanto quanto deveria. Eu diria que o problema desse personagem é o tradicionalismo preso em sua cabeça. Enfim, só queria jogar no ar essa tentativa de “racionalidade x empirismo”, não levem muito a sério.

Deixando a encheção de linguiça de lado, gostaria agora de falar sobre a “grande bobeira” desse episódio, que é justamente a tentativa de criar um plot principal. No caso, essa tentativa já vem sendo trabalhada faz um tempo, mas nunca dará certo enquanto os protagonistas não estarem conectados diretamente com esse mesmo plot principal. Tenho a sensação que são dois animes diferentes, os protagonistas parecem estar totalmente desligados do enredo principal, enquanto tudo está acontecendo, eles estão vendendo macarrão ou carregando caixas por aí. Além do mais, deixando isso de lado, depois que aquele “vilão hacker” foi derrotado, todos os problemas que ele criou foram resolvidos automaticamente, MENOS o problema do caminhão, perceberam? Isso pegou muito mal, meio que forçou a continuação daquela situação toda.

Concluindo, o episódio não foi bom, mas comparado aos outros foi bom sim. Eu diria que esse anime tem um problema sério de passing, tenho a sensação que os 23 minutos de cada episódio são na verdade 2 horas, é uma sensação horrível. A animação estava consideravelmente boa, como sempre, tivemos cenas fluidas e um bom uso de computação gráfica, mas apesar dos pesares, tivemos também algumas poucas cenas estáticas (umas duas, no máximo). Enfim, quando será que os protagonistas vão de vez entrar no enredo principal do anime? Porque até agora nada, parecem até mesmo figurantes, para ser sincero. A única coisa que me resta é esperar pelo tão aclamado arco do torneio. #ChegaLogoTorneio

  1. Foi um bom episódio. Curioso o fato de achar ruim os próprios protagonistas estarem fora do plot proposto, até porque dá esta impressão, mas, vejo que não está satisfeito com os rumos tomados pela série. Claro que isso se deve a uma falta de ousadia por parte dos responsáveis pela série em si, que ao invés de elaborar isto de uma forma mais direta, optam em tornar todo o contexto o mais simples possível. Além disto, a quantidade de episódios propostos, vai de certa forma, afetar o andamento do conteúdo que a história em si pode apresentar.

    Se a quantidade de episódios fosse similar ao “Young Black Jack”, dava pra adiantar muita coisa do roteiro original e ir direto pra parte do torneio, onde realmente as coisas andam pra valer. Que pude saber do conteúdo original, o roteiro é um tanto vago e isso deve continuar, por enquanto.

    Sobre o episódio, não vejo esta falta dos personagens principais ficarem de fora do plot em si, até porque convenhamos: o trabalho de personalidade deles foi bem mau trabalhado, aliás, simples demais para uma série que trás os acontecimentos anteriores ao “Astro Boy”. Isto se deve ao material original e novamente, falta de ousadia da produção envolvida. Achei bacana ver que Six teve de reagir para seus criadores não sofrerem nenhum dano, como ver que o velhote, apesar da aversão a coisas modernas, não pode deixar de admirar a atitude do robô; como que tem algo de muito errado com aqueles hackers – pena que não há fansubs pra fazer uma versão definitiva, até porque esta legenda só pega as falas, então, placas e outros objetos que tenham frases estejam em inglês, o que pode prejudicar alguma interpretação que possam trazer – no caso, o tal chip que usaram pra causar confusão no trânsito.

    De toda forma, se quiser continuar ou não, a decisão é sua. Por mim, continuo assistindo pra ver até onde vai: se não me desagradarem antes, é claro!

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