A tranquilidade está de volta à mansão onde vivem as fadas. Willem está de volta de sua visita ao passado, Chtholly está de volta de sua experiência de quase morte, Grick, o lagarto amigo do Willem, está de volta à história, e a história está de volta aos eixos. Enquanto isso, o Limeskin está aguardando poder voltar às suas funções normais no exército e as fadas apresentadas no episódio estão aguardando poderem voltar às ilhas flutuantes.

E talvez alguma coisa esteja “voltando” para a Chtholly…?

Narrativamente esse episódio voltou a ser um bom episódio, ainda que não tenha acontecido nada demais com os personagens principais e as revelações não tenham sido assim tão reveladoras. Cumpriu bem o seu papel de encerrar o arco anterior e provavelmente dar início ao próximo, ao mesmo tempo em que dá a partida no que deve ser o grande conflito da heroína. Talvez essas duas coisas redundem no final catastrófico que já vimos no primeiro episódio? Seria muito interessante ver isso acontecer.

Parece que a Chtholly “deixou” de ser uma fada, porque deixou de ser uma morta-viva. Existe um teste clínico para descobrir se você está vivo ou morto em SukaSuka: misture o sangue com uma coisa de prata lá e se reagir, você tá morto. Mortinho da Silva, não adianta reclamar, pode encomendar seu caixão e começar a consultar o preço de uma sepultura bem localizada e com vista privilegiada no seu cemitério de preferência. Ou se você for uma fada, pode ficar tranquilo que a morte é seu estado natural. Falando sério, achei interessante a conversa que a Nygglatho e a Chtholly tiveram porque revelou que as fadas sabem que elas são mortas-vivas. Pelo menos as mais velhas devem saber, presumo, as muito novas não parecem ter discernimento suficiente para compreender isso. As duas trataram a situação como normal, mas para mim só pareceu ainda mais trágico que elas saibam tanto de sua própria condição. Chtholly sequer pisca quando fala sobre o assunto, ela fala sobre isso como quem diz o que quer para o almoço.

Pelo menos a sobremesa foi especial – o tão esperado bolo do Willem! E inventaram uma desculpa boboca para os dois ficarem sozinhos no quarto enquanto ela comia bolo: disseram para a Chtholly que ela faz caras esquisitas quando come doces e ela morre de vergonha disso. Provavelmente só a estavam trollando aliás, não vi nenhuma careta hilária enquanto ela comia. Sequer uma careta sem graça. Não teve careta nenhuma. Trollaram mesmo. Mas tudo bem, né? Isso não importa, era só para eles ficarem juntos. O enredo e cada um de seus personagens quer que Willem e Chtholly fiquem juntos. A essa altura eu nem me sinto seguro para dizer se a garota realmente se apaixonou pelo protagonista ou se ela só está se deixando levar porque todo mundo diz que ela está oh! tão obviamente apaixonada. Esse tipo de sugestão funciona, qualquer um que já tenha “juntado amigos” sabe disso (e sem nenhum motivo, aproveito para dizer que eu sou bastante sugestionável, ok? Sem segundas intenções, juro…).

Eu devo fazer uma cara mais esquisita que essa…

A Nygglatho até inventou uma desculpa maluca pra isso: ela quer prender Willem à mansão das fadas pelo coração! Estava até cogitando seduzi-lo ela própria (sei), mas né, já que tem uma fadinha novinha e tããão apaixonada disponível, por que não? São todos um bando de bobos. Willem já está preso pelo coração – não apaixonado como um amante, mas como um pai. É o que ele diz literalmente a uma das fadinhas mais novinhas que, obviamente, logo perguntou: se ele é o pai, então quem será a mãe? Corta pra Chtholly! Tá bom, SukaSuka, eu já entendi que a ideia é ajuntar os dois. Nem estou reclamando disso não, não me parece algo ruim (o fato dela ter em torno de 15 anos e ele em torno de 500 incomoda um pouco, mas eu supero), então não precisa ficar com todas essas insinuações o tempo todo. Já captei a mensagem.

Papai e mamãe?

Sobre o futuro, está certamente ligado às duas fadas apresentadas nesse episódio, que observando retroativamente são as duas fadas que eu não havia identificado ainda naquela sequência catastrófica logo no início do primeiro episódio. É para lá que o anime está convergindo, e a essa altura já é possível fazer suposições: Limeskin, Willem e suas fadinhas prediletas descerão à terra para resgatar as fadas, soldados, e o Grick, que ficaram lá presos depois que o capitão do grupo teve a ideia de gerico de tentar fugir voando e assim chamar a atenção de uma besta que estava ali de passagem com o barulho dos motores – a nave foi obviamente destruída. Algumas batalhas em terra firme devem resultar na morte massiva de muita gente-bicho ali, e no final devem conseguir decolar.

Paralelo a tudo isso, a Chtholly terá ficado com seu cabelo totalmente vermelho (aposto que ela é o espírito daquela amiga do Willem que – veja só! – tinha cabelo vermelho) enquanto ela e Willem se tornam mais íntimos (inclusive, aposto que vai rolar uma cena do tipo “você fique, Chtholly, nós vamos buscar o pessoal lá embaixo, ainda não sabemos se você está em condições de lutar” ao que ela responderá “eu quero ir me deixa ir eu vou ir como assim não posso ir você não confia em mim não gosta de mim me quer tão longe assim de você vou chorar”, e então Willem irá, compreensivelmente, consentir com a ida de Chtholly). No final a nave é atacada – talvez de dentro! – e o anime chega naquele momento mágico e desgraçadamente desastroso exibido no primeiro episódio. Parece que vai ser legal.

Essa mecha está esquisita ainda, mas aposto que logo não haverá mais mecha nenhuma – será tudo vermelho

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