Neon Genesis Evangelion é um prato cheio para fãs que procuram por cenas marcantes. Desde os momentos mais simples, como o beijo entre dois adolescentes, até o cenário apocalíptico de alguns episódios, EVA pode facilmente alugar um espaço na mente de milhares de pessoas.

Dentre as várias razões para esse fenômeno, a principal delas é o cuidado que Evangelion tem de sempre ser tematicamente relevante, o que faz com que mesmo as cenas mais banais possam carregar uma enorme importância e serem citadas como pontos de virada muito tempo depois.

Dentre todos os grandes momentos do anime, aquele que mais marcou a minha experiência ocorreu no episódio 22, no confronto de Asuka Langley com o anjo Arael.

O maior motivo disso é porque além desse ser um dos momentos mais brutais de toda a franquia, também é um ponto de virada para o arco da Asuka, e um ótimo microcosmo para os temas da obra.

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Acredito que eu tenha demorado tempo demais para escrever sobre isso, mas com certeza foi para o bem de vocês. Os episódios seguintes deixaram ainda mais claro o que esta cena representou no terceiro episódio, e ela durou apenas alguns segundos. Tudo o que fiz foi ter um pingo de curiosidade sobre uma determinada estátua (como eu adoro estátuas, fiz questão de retratá-la agora) e pesquisar o seu significado.

Talvez muita gente nem a tenha notado, já que passou em um piscar de olhos, mas esta estátua significa muita coisa. A princípio, a estátua de um burro, um cachorro, um gato e um galo, um em cima do outro, representa algo sem sentido. Porém, os 4 fazem parte de um conto dos irmãos Grimm chamado “Os Músicos de Bremen”. Bremen é uma cidade-estado do norte da Alemanha, para a qual os animais almejavam ir por conta dos maus tratos que sofriam de seu dono. Por conta de seu desejo de tentar a sorte sendo músicos, eles decidiram fugir.

No meio do caminho, sentiram fome e, ao longe, avistaram uma cabana que se encontrava com as luzes acesas. Para conseguir comida, resolveram subir um em cima do outro e soltaram a voz, só que eles não tinham noção de que assustariam os homens que se encontravam lá dentro, que inclusive eram ladrões que roubaram alguns suprimentos do dono deles. Após comerem bastante e dormirem um pouco, quem estava dentro da cabana se deu mal, porque os animais os afugentaram e ainda conseguiram certa atenção da polícia, que os prendeu. A partir daí, os 4 foram considerados heróis e essa estátua foi construída na Alemanha em sua homenagem. Para saber mais, clique aqui.

E é claro que tivemos uma versão aqui no Brasil, onde a obra foi traduzida como “Os Saltimbancos”.

Mas o que isso tudo tem a ver com o anime? A minha curiosidade foi além e, por um acaso, encontrei os dizeres de alguém do My Anime List que fez muito sentido. Ele conseguiu comparar a parte que os 4 animais desistem de ir para Bremen por terem se tornado heróis com o fato de Tachibana ter desistido do clube de corrida. Essa cena apareceu depois dela ter visto as garotas treinarem e alguns flashes do passado, mostrando a protagonista correndo, terem surgido em sua mente.

O fato dela não poder correr também ajudou a entender melhor a cena, pois foi justamente depois dessa passagem que mostrou o fato de não poder correr com todas as forças, na chuva, para dizer ao seu gerente que o ama. A desistência de sua vida de corredora e a desistência dos animais de irem a Bremen se tornaram iguais depois de um singelo significado como este.

Olá, pessoal! Aqui estou eu, Tamao-chan, trazendo um artigo atípico. Eu nunca havia feito um artigo de Uma Cena, mas resolvi separar esta para poder falar sobre a amplitude de uma simples frase. Como é uma cena de cinco minutos no máximo, há poucas coisas a serem tratadas.

O dia em que o Nise-emon chegou e, no meio do caminho da celebração, Yaichirou se lembrou de uma coisa que seu pai de sangue tolo lhe disse. O que ele quis dizer é que, quanto mais inimigos fizer, mais amigos poderá ter a chance de fazer, principalmente se você tem os irmãos ao seu lado. Se a vida conspirar contra você, os seus irmãos o apoiarão, e nada o fará cair de joelhos.

O pesar que seu pai, Soichirou, sente por não se dar bem com seu irmão na época que era vivo foi muito grande, e entendeu que era muito importante falar isso com o seu filho, sabendo que um dia, ele quem carregaria o fardo de ser o grande líder com o sangue tolo e, ao lado dos irmãos que sempre o apoiam, não sucumbirá.

A Tamao-chan já falou um pouco sobre essa cena em seu artigo sobre o oitavo episódio de Fukumenkei Noise, então posso ser mais sucinto aqui.

Nino passou seis anos da vida dela correndo atrás de Momo, seu ex-vizinho e querido amigo de infância, que desde que era pequena ou talvez em algum momento mais tarde por causa da saudade e da obsessão (acredito mais nessa hipótese) ela passou a amar. Como uma pessoa razoavelmente simplória que ela é, praticamente tudo o que fez durante tudo esse tempo foi com o objetivo de reencontrar Momo.

Quando ela finalmente conseguiu, porém, a decepção: não apenas Momo disse que gostava dela no passado como ele disse que gostava de outra garota agora. O coração de Nino se espatifou. Seis anos jogados no lixo. Em que pese eu considerar que Momo estava se referindo a própria Nino quando falou de seu “novo” amor, o fato é que Nino não entendeu assim e é isso o que importa nessa cena.

Ela finalmente alcançou Momo. Ela correu a vida inteira e agora está ao lado dele. Está andando de mãos dadas com ele, e no mesmo lugar onde haviam estado quando crianças. Mas a cena é triste, é dolorosa, Nino está chorando desesperadamente por dentro (o que ela colocaria para fora ao final do episódio). É o fim da linha. Ela não pode mais continuar – e o semáforo, elemento simbólico bastante comum em animes, está indicando exatamente isso.

Olá Leitores! Primeiramente, eu queria dizer que este artigo é especial para mim pois é o meu centésimo publicado neste blog. Enfim, a cena que eu escolhi para comentar é de um episódio do anime Re:Creators, que foi exibido há algumas semanas. Eu queria ter escrito esse artigo antes, mas a falta de tempo não deixou.

A cena em questão é quando a simpática e fofa Mamika (menina mágica) tem um grande choque de realidade ao perceber que a sua luta contra a Selesia estava causando grandes estragos no “mundo real”.

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Willem fez uma inocente massagem em Chtholly no final do episódio. E bom, tecnicamente foi inocente mesmo. Eles são militares, ali é uma instalação militar, ela havia acabado de retornar de uma operação militar e estava se recuperando, e o Willem sabia o que causava o mal-estar que ela sentia bem como sabia como remediar. E foi só isso o que ele fez.

A construção da cena fez parecer algo bem diferente, contudo. Desde a forma como ele abriu a roupa dela e passou a mão por suas costas nuas, até os gemidos e os movimentos da garota, além, lógico, dos enquadramentos escolhidos. Tudo feito para quem só pensa “naquilo”. Sim, leitor ou leitora! Se você assistiu essa cena e ficou com a impressão de que parecia que eles estavam fazendo sexo, não se preocupe: você é apenas uma pessoa saudável que interpretou corretamente aquilo que o estúdio buscou transmitir para você de forma metafórica.

Dá uma olhada na galeria de imagens abaixo, que não deveria deixar ninguém em dúvida!

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Não é de se estranhar que Yuri!!! on ice tome um cuidado muito grande na forma como trata seus personagens (não à toa, alguém completamente esquecível e irrelevante, como Guang, protagonizou uma cena com o nível de importância e significância que a apresentação “The Inferno” teve.

Nesse pequeno post gostaria que parássemos para analisar qual a mensagem por trás da apresentação de Guang e como Yuri!!! on ice usou um meme para spoilar seu episódio antes do fim :v

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A tão esperada nova temporada de Ataque dos Titãs (Shingeki no Kyojin/Attack on Titan) está muito próxima, e para celebrarmos sua volta, eu resolvi fazer este artigo, que é uma espécie de “aquecimento” enquanto não sai as primeiras impressões e os comentários semanais a respeito da segunda temporada.

A cena que eu irei comentar brevemente é muito forte e ocorre no final do primeiro episódio, que é a morte da mãe do protagonista Eren. Tal cena causou muito impacto prendendo o expectador, que ao ver essa parte é instigado a continuar a ver a história para saber qual será o destino daquele pobre garoto que teve sua vida arruinada por uma tragédia.

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Um exemplo de storyboard preciso.

A princesa Euphemia, embora esteja conseguindo manter o auto-controle como poucos seriam capazes em seu lugar, está uma pilha de nervos enquanto olha para o painel que mostra a posição de todas as tropas. Sua irmã mais velha está em terrível apuro depois de uma avalanche que a isolou da tropa principal, que ou foi destruída ou está tentando se reagrupar em meio ao contra-ataque da Frente de Libertação do Japão. Zero e a Ordem dos Cavaleiros Negros encurralam Cornelia. Os oficiais na base móvel onde ela está suplicam para que a princesa dê a ordem para mover a própria base em socorro à sua irmã, mas ela havia recebido ordens da própria para não se mover não importa o quê. E provavelmente avançar com a base seria uma péssima ideia de todo modo. O que fazer?

Enquanto se debruça sobre o monitor olhando sua própria posição, como a esperar que surja uma resposta, eis que a resposta surge mesmo! Centralizada em suas mãos, mensagem de Suzaku, com o próprio se oferecendo para resolver o problema. Só ele seria capaz de resolvê-lo àquela altura e se apresentou quando Euphemia mais precisava. A cena foi montada e conduzida de forma e demonstrar tudo isso com o máximo de impacto dramático. Uma das excelentes cenas da ótima Batalha de Narita.

O Guren foi introduzido no episódio 10, e revelou-se um robô de batalha (“knightmare”, no jargão do anime) poderosíssimo, rivalizável apenas pelo Lancelot, que no entanto só entrou na Batalha de Narita no episódio 11. O choque entre os dois poderosos robôs era inevitável. O britanniano e o japonês? Sim, mas não.

Guren é pilotado por Karen, uma britanniana mestiça, filha de seu pai com uma criada japonesa (ou pelo menos a essa altura do anime ela é uma criada, não sei se era diferente quando Karen foi concebida; de todo modo, foi um caso fora do casamento), e membro da Ordem dos Cavaleiros Negros, que foi fundada a partir de uma célula de resistência japonesa por Lelouch para ser seu exército particular contra o Império. Karen luta pela causa japonesa mas ela própria não é totalmente japonesa e está trabalhando sob um homem cujos planos não são exatamente a libertação do Japão, mas sim a destruição de Britannia.

Lancelot é pilotado por Suzaku, japonês e britanniano honorário, filho do ex-primeiro ministro japonês quando o país foi derrotado e ocupado. Ele luta por Britannia sim, mas seu objetivo, por confusos que sejam seus meios, é melhorar as condições de vida de seu povo realizando reformas dentro do Império.

Dois japoneses lutando por japoneses, mas de lados opostos. Seus robôs não poderiam refletir seu patriotismo e antagonismo de forma mais óbvia: as cores de Guren e Lancelot são vermelho e branco, respectivamente, cores que vêm a ser justamente as cores do Japão. Ambas máquinas de guerra ostentam detalhes dourados (que representam o sol?). Lancelot está equipado com uma arma azul, a cor de Britannia e que nesse contexto representa a contradição de Suzaku.