Haifuri acabou. Pela sinopse e pelo material de divulgação inicial eu não dava nada por ele – parecia só mais um anime de garotas fofas, afinal. E militar também, para atender dois fetiches com um enredo só. Lembro de quando Girls und Panzer foi anunciado. Eu não dava nada também, mas desde o começo eu queria assistir porque a sinopse dizia, afinal, que a guerra usando veículos blindados pesados era um esporte. Pelo menos era criativo pra caramba, não é? Eu recomendo Girls und Panzer se não tiver assistido, vale a pena.

Mas Haifuri era diferente, ele parecia se levar a sério. Aí logo pensei “como pode uma história sobre colegiais pilotando navios de guerra ser séria?” e esperei pelo pior. Logo no primeiro episódio Haifuri provou que era, sim, muito sério! Além de ter uma animação espetacular em fluidez, detalhes, ângulos de câmera, tudo. Quem fez as cenas de batalha em Haifuri sabe o que as pessoas querem ver em batalhas navais. E mesmo que o grande mistério do anime tenha se revelado um pouco frustrante as relações humanas e as batalhas emocionantes de Haifuri foram mesmo dignas de uma lenda. Mas o que afinal faz uma lenda?

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Que reviravolta hein? O Musashi que estava seguindo no sentido leste em direção às Filipinas deu um cavalo de pau no meio do caminho e virou para o norte, em direção ao Japão! Outra coisa que aprendi sobre o mundo futuro de Haifuri: não existem satélites, aviões-espiões ou qualquer forma de rastreamento de navios segura que não seja a própria auto-identificação dos navios para os centros de comando de tráfego. Ainda bem que as Blue Mermaids estão lá para salvar o dia né?

O grande conflito desse episódio foi a indecisão da Misaki. Ela queria loucamente ajudar o Musashi e Moeka, sua amiga de infância, mas estava morrendo de medo que sua tripulação no Harekaze se ferisse – ou coisa pior. A garota perdeu toda a auto-confiança que ela tinha, e é compreensível: o Harekaze não teve escolha nas primeiras batalhas e simplesmente reagiu, e depois sempre puderam contar com a ajuda da Wilhelmina, que voltou para o seu navio. Agora ela está “sozinha” e precisa decidir jogar o seu navio contra outro muito mais poderoso. Mas ei, quem disse que ela está mesmo sozinha?

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Quando eu estudava publicidade na USP (um dos cursos que eu não concluí) eu costumava frequentar uma balada anual da FAU (a Faculdade de Arquitetura) chamada “Festa do Equador”. Por que eu da publicidade ia para uma festa da arquitetura? Se você está mesmo fazendo essa pergunta a sério você não sabe o que é vida universitária. Além disso na época estudava lá um dos meus melhores amigos, condição que ele mantém até hoje. Não a de estudante, mas a de um dos meus melhores amigos, embora não sejamos mais tão próximos. Isso é culpa minha, hoje em dia não sou lá muito próximo de ninguém.

Então isso nunca esteve em questão. A dúvida que eu tinha na época mas nunca me dei ao trabalho de descobrir era outra: por que raios aquilo se chamava Festa do Equador? Graças a esse episódio de Haifuri eu descobri: estavam celebrando o dia do ano em que a Faculdade de Arquitetura da USP navega através da Linha do Equador.

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Excelente episódio de ação do anime, ouso dizer que o melhor desde o começo da série. O que, é evidente, apenas aumenta a ansiedade para o embate final contra o Musashi – que se eu pesquisei direito aqui, vai se dar em um cenário interessantíssimo. Falo mais sobre isso no final do artigo. Foi mais uma batalha naval, dessa vez com a novidade da abordagem, que foi uma escolha arriscada mas naquele local talvez não existisse mesmo outra opção para um barco pequeno como o Harekaze.

O que não quer dizer que não houve, também, batalha naval do tipo “tradicional”, com bombas e explosões. Teve e bastante: foi a batalha mais dura do Harekaze até agora, o navio sofreu danos severos e agora aguarda reparos para poder prosseguir. Em comparação os danos ao Spee foram mínimos, mas suponho que a embarcação já tivesse danos de outras batalhas (como a outra que teve contra o próprio Harekaze) além de estar sofrendo um problema grave de falta de recursos depois de tanto tempo navegando à esmo. Eu dificilmente poderia pedir mais de um anime com ratos mutantes como antagonistas.

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As garotas pensaram ter topado com o Musashi, eu pensei que elas haviam topado com o Musashi, desde a semana passada eu achava que elas topariam com o Musashi. Mas ainda não era o Musashi. Era o Hiei, outro navio da escola das garotas. Outro navio grande, mas bem menor que o Musashi, elas afirmam. E mesmo sendo bem menor ele ainda era grande e poderoso o suficiente para colocar o Harekaze em grande dificuldade – assim, provavelmente serviu como um teste de fogo para as garotas, não é? Elas vão ter que enfrentar o Musashi afinal, é para esse porto que Haifuri está navegando.

Uma parcela menor mas razoável do episódio foi usada para revelar mais detalhes sobre a Rebelião Naval Roedora. Eu já disse várias vezes que acho estapafúrdia a ideia de ratos com super-poderes sendo os agentes de uma crise dessa magnitude em um cenário que apesar do absurdo de colocar navios de guerra nas mãos de colegiais se pretende verossímil. Mas dentro do absurdo já estabelecido, pelo menos a história contada nesse episódio foi coerente – e acrescentou possibilidades que eu tenho certeza que Haifuri irá desperdiçar.

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Os últimos episódios de Haifuri vinham afundando, e o começo desse francamente não foi muito bom, o enredo já estava ameaçando rachar de tanta água que tinha entrado pelas rachaduras. Mas a segunda metade do episódio conseguiu salvar a emoção e a diversão, e se os remendos não vão deixar o anime bonito, pelo menos talvez ele consiga voltar a navegar.

E sempre que eu resolvo escrever assim por metáforas e alusões eu acabo levando o triplo do tempo normal e fico me perguntando depois se valeu a pena pelo resultado final. O importante é ficar compreensível, né?

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Algumas coisas importantes começaram nesse episódio. Ou melhor: muitas coisas importantes começarem nesse episódio. E algumas pouco importantes também. A única resolvida foi a mais absolutamente irrelevante, a piada do episódio. Esse episódio de Haifuri foi cheio de elementos de enredo assim como o mar estava cheia de minas.

Não foi um episódio particularmente divertido, embora não tenha sido ruim, e eu normalmente dou notas entre médias e altas para episódios medianos que revelam ou começam a resolver elementos importantes para o anime, mas quando é coisa demais pode acontecer de nada ter foco ou nada conseguir passar a verdadeira importância que deveria passar. Foi o que aconteceu.

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A conspirata dos ratos adquire mais detalhes. A tripulação do Harekaze adquire uma pele mais bronzeada. Uma frota da escola masculina adquire mais buracos nos cascos – o Mushashi é realmente poderoso! Só não suspeito que sua resistência inabalável seja mais um efeito dos ratos porque se fosse o caso o Harekaze teria afundado faz tempo.

A conspiração, o anime e a tripulação do Harekaze estão ficando uma bagunça. Espero que sobre algo depois dessa tempestade além de destroços inúteis.

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Ainda parece ser uma conspiração, mas uma bem estúpida agora. Seus objetivos e quem está por trás dela agora é completamente obscuro, e existe a chance de que seja apenas um acidente, o que seria pior ainda.

Mas nada, nada, nada é tão ruim quanto o modo de operação e a forma como funciona essa “conspiração”. Para um anime que tentava até então ser tão verossímil, tão realista (apesar de menores de idade pilotarem navios de guerra em um mundo em que o nível do mar subiu catastroficamente), a forma particular de “tomada” dos navios é total e completamente estúpida.

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Dou um pirulito para quem adivinhar a referência do título. Não, dou dois, um por adivinhar e o segundo por me envergonhar de referenciar um livro que nunca li, apenas conheço sua resenha e ideias gerais.

As garotas do Harekaze estão sendo caçadas, e elas não sabem o que fizeram de errado. Foi por que se atrasaram? Musashi estava atrasado também. Como o começo do terceiro episódio mostra, são sete os navios desaparecidos, ainda que houvessem apenas dois atrasados. Foi por que reagiram ao Sarushima? Francamente, o que deveriam fazer, aceitar ser afundadas? Porque a instrutora Furushou estava atacando com munição real e não respondia o rádio. E isso foi só o que as garotas viram. O espectador ainda pôde ver a cara da Furushou, e aquela definitivamente não era a expressão de alguém bem intencionado.

Metafórica e literalmente, as garotas talvez estejam passando por seu batismo de fogo para a vida adulta.

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