Profana Lúcifer, Rainha Demoníaca do Orgulho, Líder dos Sete Pecados Capitais, aquela que morreu para nos salvar e ressuscitou no terceiro minuto.

Não tô forçando a barra não! foram realmente três minutos entre Lúcifer cair, abatida por Miguel e o ressurgir após o sacrifício da Virgem Maria.

Alerta: Assistir Sin: Nanatsu no Taizai causa heresia e excomunhão. Mas se você já chegou até aqui comigo, é tarde demais de todo modo.

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Depois de mais uma semana sem episódio novo, saiu o décimo primeiro! E eu estava preocupado por causa da notícia da falência do estúdio Artland, que está produzindo o anime. Antes de tudo, fiquemos calmos: apesar dos atrasos esse episódio onze saiu e o doze irá sair também – apenas no final do mês, infelizmente (sem dúvida porque os atrasos imprevistos fizeram Sin: Nanatsu no Taizai perder o slot horário na grade de transmissão da emissora de televisão e precisaram arranjar outro), mas vai sair. De todo modo, esse anime é uma co-produção com outro estúdio que não me recordo agora, o que sem dúvida ajuda, e o presidente do Artland veio ontem à público dizer que não é verdade que o estúdio esteja falido. As dívidas são enormes, mas estão buscando alternativas. De todo modo, não espere nada novo da Artland por um bom tempo, e considere-se sortudo por Sin: Nanatsu no Taizai ter um destino melhor que Gangsta – que foi simplesmente interrompido, sem finalização e sem lançamento de home-vídeo, quando o estúdio Manglobe, que o produzia, faliu. Ufa!

Eu planejava escrever sobre Belial nesse artigo, mas eu já fiz isso no artigo do episódio nove, Pois é, eu esqueci, mas com a loucura da virada de temporada e o atraso no lançamento desse episódio, eu me perdoo. E agradeço sua paciência. Ao artigo, então?

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Todas as Rainhas Demoníacas derrotadas por Lúcifer se cansaram de Belial e a abandonaram – com a previsível e prevista exceção de Astaroth, a Rainha da Melancolia. O anime se encaminha para, ao seu final, ter como pecados capitais aqueles que são considerados pela Igreja e pela cultura popular como os pecados capitais de fato, substituindo a vaidade e a melancolia pelo orgulho e a inveja. Coerente que, enquanto Lúcifer parte para enfrentar Belial, Leviathan fique para trás lutando contra Astaroth.

E como sempre, tem ainda mais do que isso!

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Esse episódio deve ter chegado perto de esgotar o orçamento com animação de Sin: Nanatsu no Taizai! A animação foi um espetáculo. Batalhas sobre o céu urbano, no oceano, na lua! Tudo em um episódio só. Poderes devastadores incluíram torrentes de água, chamas explosivas, baleias demoníacas, uma frota militar marinha (o que achou dela, Kondou?), golpes de rachar o planeta..!

Lúcifer chegou a vacilar um pouco no começo, mas no final das contas não se segurou. Não tentou nenhum subterfúgio, nenhuma vitória indireta, nenhuma ataque à fonte do poder de Satã: foi uma batalha direta, força contra força. Três Rainhas Demoníacas lutaram e uma quarta participou da batalha ajudando outras.

Enquanto isso Maria continua cativa e Belial apenas assistiu a tudo de seu trono no inferno.

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A melancolia, do episódio retrasado, e a preguiça, do episódio anterior, concorrem para o título de “menos pecaminoso dos pecados”. Melancolia e preguiça, para esses efeitos, são relacionados. Ainda hoje, no catecismo, uma interpretação da melancolia é a de que ela seja uma “preguiça espiritual”. A falta de alegria do melancólico é associada à recusa de satisfazer-se com a bondade de Deus. Já a preguiça não é pecaminosa apenas por si própria (afinal não se trata de fazer algo, mas de deixar de fazer), mas porque a negligência preguiçosa leva aos demais pecados capitais (ou a pecados menores). O simples ócio não é preguiça: preguiça é deixar de fazer o que se deve fazer.

E a gula? Por que comer é um pecado, se é um instinto natural e algo necessário para se continuar vivendo? É interessante notar que diversas religiões, não apenas o cristianismo, valorizam o jejum como algo virtuoso. A princípio, se pode comparar a gula com a luxúria: sexo também é instinto natural e necessário para a vida, mas luxúria não se trata do sexo necessário (ou erotismo em geral, ou em algumas interpretações qualquer tipo de prazer), mas do “desnecessário”. A gula é semelhante. O que seria comer “desnecessariamente”?

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Apesar do cenário estranho e razoavelmente inesperado, esse sexto episódio fez muito mais sentido tematicamente do que o anterior. Sobre qual dos dois foi melhor, ou se os episódios antes do recap foram melhores ou piores do que esses dois que vieram depois, aí a coisa complica bastante. Sin: Nanatsu no Taizai é um anime trash, feito para vender mercadorias eróticas para seus fãs tarados, então de partida já não faz sentido esperar uma obra-prima. Mesmo assim, apesar de alguns escorregões e de um imperdoável brilho que tudo borra o tempo todo, o anime vem se sustentando com ideias interessantes, personagens bonitas e animação que já foi melhor sim, mas continua razoável.

Quero dizer, dado tudo isso será mesmo que importa, para o público-alvo de Sin: Nanatsu no Taizai, que Belphegor seja de fato o nome de um demônio associado ao pecado capital da preguiça por um teólogo e caçador de bruxas no século 16? Provavelmente não. Mas para mim isso torna o anime muito mais divertido!

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A melhor coisa que posso dizer sobre esse episódio é que ele poderia ter sido pior. Na verdade não acho sua história muito abaixo da média do anime até aqui (é de Sin: Nanatsu no Taizai que estamos falando), mas com uma semana extra eu esperava pelo menos uma animação com mais qualidade. Não que tenha tido uma animação ruim, mas ainda assim acho que foi a mais fraca até agora quando comparada a qualquer outro episódio do anime.

E se tecnicamente o anime não se salva, tematicamente é pior ainda. Trash por trash, os demais episódios até agora pelo menos tinham alguma coesão. Indo direto ao ponto: Astaroth não tem nada a ver com melancolia por qualquer fonte que se pesquise.

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A Rainha Demônio da vez é Mamon, da ganância, avareza. Religiosamente, esse é um “demônio complicado”. Na Bíblia é citado apenas no Evangelho de Lucas:

“…não podeis servir a Deus e a mamon”
trecho de Lucas 16:13

Mas o problema só começa aí. Não existe, até onde se sabe, entidade (deus ou demônio) com esse nome. Em idiomas como o hebreu e o aramaico, a palavra significa apenas dinheiro, tesouros, riqueza, ou os ricos em geral. E isso é exatamente o que se encontra em algumas versões desse trecho: “não podeis servir a Deus e às riquezas”. Aparentemente, apenas no século 4 surgiram as primeiras interpretações de Mamon como uma entidade. Gregório de Nissa disse então que Mamon era apenas outro nome para Belzebu. A versão literária mais famosa de Mamon vem do Paraíso Perdido de Milton (no qual Sin: Nanatsu no Taizai parece se inspirar bastante), que descrevia Mamon como um anjo caído que valorizava os tesouros terrenos acima de qualquer outra coisa. O ocultista Jacques Collin de Plancy, em seu Dicionário Infernal, descrevia Mamon como o embaixador do Inferno na Inglaterra. Muito adequado no século 19, quando foi escrito.

Em Sin: Nanatsu no Taizai, ainda que não seja embaixatriz, Mamon continua na Inglaterra até hoje.

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Esse anime não é mera fanfic de anjos e demônios, nas quais seus autores normalmente bem intencionados porém muito amadores costumam apenas jogar nomes que ouviram em algum lugar porque acham legal. A origem de Asmodeus na mitologia judaico-cristã é incerta, algumas fontes referem-se a ele como um anjo caído, outras como um homem (em algumas, o Rei de Sodoma). De um jeito ou de outro, ele é de fato o demônio da luxúria, como a rainha de mesmo pecado capital em Sin: Nanatsu no Taizai.

E aí, já está impressionado com o tanto de cultura que um anime borderline hentai como esse possui, ou precisa de mais do que três episódios para tanto?

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