Os seres humanos são sujeitos as mais diversas experiências durante a sua vida. Para cada circunstância reagimos de um modo diferente. De todas as experiências sociais que passamos enquanto humano, quero eu focar nas relações familiares. O  dormitório Sunohara é uma pequena família composta de pessoas diferentes que não possuem laços sanguíneos entre si.

A Ayaka é como se fosse a mãe de todos os membros do dormitório, mas o anime não quer passar somente essa imagem maternal, pois também apresenta a mesma sob uma ótica fraternal onde ela seria uma irmã mais velha cuidadosa e que mima os demais personagens que são representados como “irmãos mais novos” dela. Outra faceta que o anime “vende” para o espectador é a imagem de mulher ideal. Ela é tão perfeita que justamente por isso ela é uma personagem de um anime, ou seja não existe. Toda a idealização de uma “waifu” perfeita foi personificada na figura multifacetada da heroína principal dessa série.

Na primeira parte do décimo episódio, a esquete com a Nana e suas amigas não funcionou para mim (aliás achei todo o episódio dez fraco), pois a piada delas dando em cima do Akkun já enjoou e não há variações, ou seja insistem no mesmo tipo de humor baseado nas características provocativas e de “Onee-chan da Nana, e no fato das amigas dela serem “shotacons”. Enfim, seguindo em frente temos novamente a fraqueza da zeladora em relação a bebidas alcoólicas, que também já perdeu a graça. Pulando para o fim temos a parte mais interessante do décimo episódio, que é uma espécie de prólogo para a chegada de uma nova personagem no elenco que seria a irmã mais velha do protagonista masculino. Essa parte foi a mais divertida, pois as personagens tentaram se comportar como irmãs do Aki, sem sucesso. Nenhuma delas tem um irmão (ã) mais novo (a), então elas não sabiam como agirem e acabaram se comportando de forma estereotipada ou até mesmo estranha.

No décimo primeiro episódio, a chegada da irmã mais velha do Akkun infelizmente não me impressionou como gostaria. A única coisa que me chamou a atenção foram as mudanças de comportamento da mesma de acordo com a situação. Ela se portou como uma personagem do tipo assustadora (yandere) e também se comportou de uma forma insincera (tsundere) perante a Ayaka. Tirando isso a participação dela serviu mais para reforçar as características positivas da zeladora do que chamar a atenção para si.

Algo interessante a ser comentado é a relação entre atitudes e sentimentos. É obvio que a Ayaka gosta de todos os moradores do seu dormitório, e é por isso que ela procurou conhecer todos os gostos de cada um. Todo o mimo da Ayaka é um sinal de afeto. Já a irmãzinha do Aki, por mais que o amasse e o conhecesse como ninguém, ela não dava espaço para ele e até o subestimava suas capacidades, sendo que ela achava que ele deveria ser o tempo todo protegido. A própria zeladora e as outras meninas aprenderam com o tempo a dar espaço a ele.

De uma forma sutil, Akkun provou a sua irmã que não é um irmão frágil e dependente, tão tal que no final sua irmã mais velha o chamou de irmão, ou seja reconhecendo sua força e amadurecimento.

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