Quando o Giorno fala que vai fazer uma coisa ele faz! Não à toa ele é o protagonista, né? No episódio em que o melão estragou, o gelo serviu para conservar outras coisas, como a qualidade do anime, e a inserção de vilões com poderes capazes de proporcionar boas lutas, mesmo que a personalidade seja péssima. Será que o Ghiaccio é duro por fora, mas se derrete por dentro? É hora de Jojo no Anime21!

Vou ficar falando isso em todo episódio de Jojo a partir de agora.

O final da luta do Giorno contra o Babyface, assim como seu resultado, foi rápido, mas muito bacana, porque a reviravolta não foi exagerada – na realidade, mal dá para chamar aquilo de reviravolta – e a forma como o Giorno continuou a usar seu poder me agradou bastante. Foi criativo, ágil e malandro; e tudo isso sem fazer nada demais, só aproveitar o que estava disponível no local e – como sempre – trabalhar prevendo os movimentos inimigos. As cenas de ação em si não foram nada demais, mas foi legal ver o embate entre os dois, é o tipo de luta de Stand com ataques de curto alcance que mais me agrada.

Babyface foi derrotado e, em uma trama com alguém com o poder do Giorno, não acabar logo com o usuário de um Stand de longo alcance praticamente autônomo e com capacidade de evolução seria uma tremenda burrice. O destino do Melone foi selado quando Babyface perdeu para o Giorno!

A forma perspicaz com a qual o Giorno agiu em sua luta foi muita boa, mas o inimigo que aparece em seguida evidencia ainda mais uma característica dessas lutas tão intricadas que estamos vendo nessa quinta parte: a influência direta das circunstâncias.

Se o Giorno e o Mista não estivessem com o carro em movimento ainda seria difícil lidar com o Ghiaccio, mas seria um cenário menos desvantajoso, né. Não se trata apenas de ter um Stand forte ou não, mas do que é feito com esse Stand, contra quem e como.

Por isso o Ghiaccio com seu White Album virou um inimigo mais que formidável. Além disso, a situação mudou de figura, pois o pouco que restou do time de assassinato sabe a localização do disco e deve usar isso para chegar até o misterioso chefe.

Não é mais só entregar a filha a ele, mas garantir que isso ocorrerá sem pôr sua identidade em risco – apesar do Giorno e Bruno quererem descobri-la.

O caso do Pericolo deixou claro que o last boss vai ser capaz de tudo para se manter nas sombras e é até estranho ele querer a Trish por perto já que ela é como um “Calcanhar de Aquiles” – não que ele não possa ser um bom pai, mas dado o que vem ocorrendo eu duvido bastante que ele seja capaz de ser um, que isso seria uma prioridade em detrimento de expor sua identidade. A Trish não deu sorte.

Se você entrar na máfia seu final pode ser esse. Fica a dica!

Voltando ao homem de gelo, eu queria entender por que o Araki aqui e acolá cria vilões estressados, o que é o caso do Ghiaccio. Será que ele curte esse tipo de personalidade? Eles sempre reparam nos detalhes mais bobos e têm ataques de cólera desproporcionais, animalescos mesmo. O que não é de todo mal se pensarmos que isso pode tornar a luta de Stands mais violenta, mais intensa.

Além disso, o Ghiaccio é muito forte. Quando ele se levanta e começa a patinar no gelo pensei que fosse a forma humanoide do Stand, mas não, é ele mesmo – não lembro de ter visto um usuário que lutasse assim –, e com uma armadura muito resistente. Se somarmos isso a potência do seu congelamento e a sua agressividade natural ele se torna um inimigo poderosíssimo, ainda mais para os poderes disponíveis.

Ghiaccio é daqueles nacionalistas chatos pra caralho.

A cena no carro foi a prova disso, pelo modo como o Golden e o Sex foram praticamente inutilizados e seus usuários tiveram que levar a luta para outro campo. É ainda pior porque ele possui ataques de longo alcance, não é apenas o congelamento de curto alcance dele que é perigoso.

Eu não dava nada por esse quatro-olhos, pensei que ele teria uma habilidade de longo alcance – a fim de evitar contato com outras pessoas –, mas ele é um inimigo barra pesada – talvez o pior dos que apareceu até então.

Todavia, não é como se tudo estivesse dando errado. Como o otimista Mista aponta, eles não sabem a localização da tartaruga, então ainda estão um passo atrás do Time Bucciarati.

Será que ele esteve no Japão representando a Itália nas Olimpíadas de Inverno de 98?

Além disso, eles não têm um menino prodígio como o Giorno, que é capaz de calcular a velocidade de atuação do Stand e permitir que ele seja ativado por outra pessoa que não ele. O Giorno só surpreende “positivamente”.

Sarcasmo a parte, o esquadrão de assassinato também tem suas maracutaias e consegue recuperar a foto destruída. Sou leigo demais para afirmar que isso seria possível com a tecnologia disponível na época, mas duvido mesmo disso.

Porém, é um detalhe menor, não é como se o Araki tivesse virado o autor 100% coerente que ele nunca foi, mas a suspensão de descrença que essa parte exige está boa, as situações não estão tão forçadas, e os furos são poucos e de menor gravidade. As lutas estão mais interessantes também, o que nem deve dar tempo a ele para inventar situações sem pé nem cabeça.

Na seção de curiosidades de hoje, o Stand White Album referencia o clássico álbum dos Beatles. Se o Metallica possui o Black Album, os Beatles são o contrário. Eu nem preciso comentar que o álbum é um clássico da história da música mundial e que, assim como o da banda de Metal, é autointitulado, mas é conhecido popularmente pela cor de sua capa, né?

Eu duvido que você não conheça um pouco que seja da história dos Beatles, assim como alguma música da maior banda de todas. A que eu mais gosto desse álbum é essa daqui. Aliás, a canção influenciou muito o Metal feito pelo citado Metallica.

Agora me despeço e vou me esquentar porque próxima semana teremos mais desse frio excruciante.

Legal que a coisa esquentou quando esfriou. Isso é Jojo!

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