Enfim, finalmente chegamos na parte que todo mundo queria. Confesso que quando comecei a acompanhar o anime eu achei que demoraria um pouco mais, porém seria muito estranho o anime chegar aos episódios finais sem que ninguém entenda o que realmente é aquele mundo. De pouco em pouco, “Ataque dos Titãs” mostra que sua essência é baseada nas deixas de perguntas, e por mais que respostas sejam dadas, mais indagações são feitas.

Com isso, podemos dizer que uma resposta desfia pequenas interrogações. Em meio ao emaranhado de perguntas que são criadas, forma-se a narrativa proposta por Isayama, sendo uma metáfora a principal ideia proposta pelo autor. Mas qual é a dessa metáfora? Infelizmente é uma coisa que eu achei melhor deixar para o último artigo desta temporada, ou até mesmo fazer um texto exclusivo para isso. Voltando ao assunto, Attack on Titan traz na cara dura um conjunto de metáforas.

Mas elas já foram apresentadas? Pensando no anime, algumas sim. Dá para presenciar algumas delas já no primeiro episódio, naquele mundo caótico em que a sociedade acha melhor ficar presa nas muralhas do que avançar em terras e oceanos por uma simples verdade do porquê o mundo ser o próprio inferno. Sério, esconder-se entre muralhas (mentiras) e preferir um prólogo conforto do que sair daquilo em busca da verdade é uma coisa que já vi bastante em filosofia.

É comum animes serem filosóficos? Hum… pensando bem, nós temos grandes coringas com isso. Dentro dessas filosofias, nós encontramos muito dois conceitos, que são bem presentes em nosso mundo: a moral e a ética. Isso explica o porquê deles serem tão abordados nas obras em geral, pois são uma premissa da contextualização com o real, mas além disso, “Ataque dos Titãs” utiliza muito, mas muito mesmo o que a gente conhece como alusão histórica.

Crueldade e ignorância são elementos recorrentes em “Ataque dos Titãs”, que mantêm relação com as alusões que são e serão apresentadas, por isso que ela é a base das metáforas.

São muitas relações entre os grandes acontecimentos dos séculos XIX e XX. Claro que não podemos esquecer de outros períodos, mas a partir de agora o anime trabalhará com conceitos um pouco mais contemporâneos.

A transformação drástica dos séculos vai inferir em mudanças. Agora nós entramos no período em que aqueles que não tinham nenhum conhecimento sobre o mundo estão se deparando com a verdade da perversa e triste realidade. É muito angustiante entender toda a verdade e perceber que tudo o que a humanidade passou só aconteceu por simples ideologias que querem se tornar a moral, desobedecendo o que a ética construiu.

Bom, percebo que utilizei muito o termo “metáfora”. Essa palavra foi muito usada nos últimos tempos pelas redes sociais após os acontecimentos do mangá, no qual tais ocorrências serão vistas a partir de agora. Esta simples figura de linguagem faz-se emergir entre as diversas opiniões, críticas e discussões entre os leitores. Para uns, a crítica pesada era referente à apologia aos temas aludidos, o que para outros é totalmente o contrário, pois o Isayama não apoia, mas critica.

Dito tudo isto, minha intenção é que vocês permaneçam o mais focados possível nos simbolismos da obra. Pelo que é visto em diversos fóruns de anime, a opinião de vários leitores é que “Ataque dos Titãs” decai um pouco. Isso não é nada revelador, pois é algo de muita impressão entre os que acompanham, principalmente após o lançamento da 2° temporada.

Hora de aguardar toda a verdade e as boas novas da parte mais recente da história.

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