Cedo ou tarde, Toohru viria a conhecer o tão famoso “Deus dos Doze Signos” da família Souma: Akito. A primeira impressão que a menina teve dele foi a mesma que Yuki sempre tem quando o vê: medo. A protagonista se sentiu retraída, apreensiva, desesperada…

E não só os dois se sentiram assim, como também todos que sabiam de sua presença. Momiji logo se preocupou, mas não tanto quanto Yuki e Kyou. Hatsuharu também se sentiu apreensivo, mas foi o que mais soube esconder. Mas em meio a tanto medo, também há um pouco de esperança.

Desde criança, Yuki era tratado como se fosse alguém muito especial pela maioria das pessoas. Akito também era tratado como um ser imaculado e que deveria ter o seu devido respeito. Mas os dois têm outra coisa em comum: a infância foi muito difícil.

Por mais que Yuki quisesse ser livre, não conseguia, pois Akito queria tê-lo só para si. Ambos tinham mais uma coisa em comum: ficavam trancafiados a maior parte do tempo e não conseguiam exprimir os seus desejos corretamente.

Enquanto Yuki sofria, Akito se refestelava com toda aquela cena horrenda.

Depois de tanto sofrimento, Yuki finalmente conseguiu ajuda de Shigure para sair daquele antro, mas Akito ainda o quer para si. O rato era o único que poderia ceder a todo o tipo de pressão psicológica que o Deus exercia. Primeiro por conta de sua saúde, pois, devido a ela, era obrigado a ficar em observação, assim como Akito.

Segundo que, por causa daquele pequeno incidente em ter sido visto em sua forma original, Yuki não poderia se envolver com outras crianças por conta de regras da família. Apenas Akito poderia abraçá-lo e vê-lo o quanto quisesse, porém a mão que afaga é a mesma que apedreja.

Akito maltratou Yuki de tal forma que o fez se tornar arredio, triste, sério, sozinho… Enquanto os outros podiam fazer o que queriam, o rato tinha que ficar trancafiado “para o seu próprio bem”, além de não poder reclamar, pois sofreria ainda mais.

As mesmas situações que passou antes são lembradas instantaneamente, e o propósito de Akito era justamente esse, principalmente por feri-lo psicologicamente.

O amor que Akito sente pelo representante do rato é doentio, sufocante, e quanto mais se aproximava do Yuki, mais o queria vê-lo sofrendo. Era uma sensação de medo, de tristeza, de rancor, de raiva… Sair dali foi a chance do menino se reerguer, e parece que Akito nunca percebeu isso.

E também foi saindo daquele lugar que Yuki finalmente conseguiu encontrar pessoas novas. Algumas de bom coração, outras nem tanto, e teve oportunidade de ver e absorver vários sentimentos. Também tem muitas coisas que conseguiu finalmente ver, como alguém que enxergasse o seu verdadeiro valor e o fizesse refletir.

A sensação de conhecer pessoas diferentes com pensamentos diferentes é o que o faz uma pessoa muito melhor que era antigamente.

Foi saindo dali que Yuki conseguiu perceber que as pessoas podem não ter apenas defeitos, como preconceito e fúria, mas também qualidades, como conseguir fazer com que o amor chegue ao seu coração, generosidade, trazer mais esperança, mais confiança.

Yuki é o representante de um dos signos considerado traiçoeiro para alguns e especial para outros, porém ele nunca quis trazer tantas desavenças, tanto rancor e tanto sofrimento. Ele apenas queria viver ao seu modo, e está conseguindo porque entenderam que poderia ser necessário para algo no futuro, principalmente pelo fato de Shigure ter estendido a sua mão.

Yuki está livre, por tempo indeterminado, mas livre.

A sensação momentânea de liberdade que o fez finalmente sorrir verdadeiramente.

Muito obrigada por ler este artigo até aqui, e nos vemos no próximo! o/

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