Stand My Heroes é um dos animes que eu mais estava ansioso em ver, primeiro porque é um romance com harém reverso – gênero que eu costumo gostar bastante – e segundo porque a temática incomum envolvendo investigações e drogas me atraiu pelo seu diferencial e seriedade proposta. A estreia se enrolou um pouco, mas se essa matemática de fato vai dar certo, só o tempo dirá.

Izumi Rei é uma mulher esforçada e que tenta se sair bem profissionalmente – embora tenha algumas falhas -, recebendo agora a missão de integrar uma nova equipe que investiga os narcóticos, a STAND. Ela também parece ter um instinto de dever muito forte por conta de um acidente da qual foi a única sobrevivente – e que não teve grandes explicações até aqui.

Depois do rápido flashback da protagonista, o anime começa a entrar em desordem e introduz uma quantidade absurda de homens, um após o outro e cada um pertencente a uma seção diferente no esquema policial.

Sinceramente fiquei extremamente confuso com a apresentação feita, eu não soube dizer quem era chefe, funcionário, quantas organizações se juntaram nessa empreitada, ou mesmo os objetivos claros delas – até porque não me parece ter muita coesão entre todos. Enfim, essa parte foi uma verdadeira zona que se estendeu para a base de uns 7 minutos, com alguns acréscimos pontuais na segunda metade aumentando a lista de nomes que já não é pequena.

Uma mensagem que fica bem clara aqui é que a protagonista sofre com o olhar negativo de alguns dos seus superiores, sendo considerada uma mulher fraca e inexperiente para o trabalho, acumulando de fato alguns fracassos no currículo – resultantes de sua impulsividade.

Observando esse trecho, uma coisa que me incomodou foi exatamente a questão de ela fazer parte de um trabalho investigativo sem que sua própria equipe a preparasse e avaliasse devidamente, o que depois ocasionou os erros que apontaram – ou seja eles também tem sua parcela de culpa.

Felizmente a Rei tem uma característica única que é sua imunidade a qualquer tipo de droga, dom esse não explicado, que lhe qualifica e dá condições para trabalhar melhor que qualquer um dos homens – o que espero ver no decorrer do anime. Agora ela recebe uma nova chance meio que a contragosto, graças a sua perseverança e habilidade – e a uma forcinha do Aoyama e seus parceiros.

Por sinal, esse rapaz é o único que tem um respeito legítimo para com a moça – os outros são apenas ok -, já o Sosei é um tsundere da mais alta qualidade, mostrando toda sua rudez, apontando ela como um atraso e a ignorando já perdendo pontos no ship. Até rolou uma justificativa, apontando ele como um lobo solitário que no fundo sabe ser legal, mas acho que tem coisas que dá para se transmitir de forma melhor e menos grosseira, ainda que esteja certo no que apontou.

Acredito que no meio da inconstância, o ponto forte dessa estreia é definitivamente a personalidade, o senso de justiça e espírito forte da Rei, que apesar de ser quieta e “blasé”, sabe o que quer, vai lá e faz – o que já a coloca acima de muitas rivais no gênero.

A protagonista se culpa pelos fracassos cometidos antes, mas luta para provar seu valor a todos que duvidam dela, encarando de frente os desafios – ainda que não seja tão ofensiva quanto deveria. Depois de passar um pouco de sufoco, ela recebe uma dica de um dos seus colegas, decidindo então trabalhar num plano para caçar por si, um dos candidatos a seção dos STAND e se metendo num ataque inimigo.

A dedicação dela é admirável e acredito que se a direção souber usá-la, será divertido ver a moça crescer em ação. O anime já entrega rapidamente que haverão todo tipo de vilões, entre mafiosos, informantes, traficantes e por aí irá – já preparando o terreno para os riscos próximos.

Na parte da caçada ao suspeito, apesar de agir seguindo seu instinto justiceiro e ter cometido o erro de ir sozinha em duas situações distintas, valorizo e entendo a ação que ela tomou, tentando fazer valer seu papel como parte importante da equipe – no que também mostrou inteligência ao se defender usando sua “individualidade” desconhecida ao bandido.

Acho mesmo uma pena que a Rei ainda não tenha as habilidades para combater os adversários, porque a aparição do Sosei simplesmente tirou todo o brilho do momento, me fazendo torcer para que alguém a ensine sobre defesa pessoal imediatamente, porque potencial e resolução ela já mostrou que tem – não tem cabimento a deixar inútil.

Ao final o tsundere decide amolecer e melhorar um pouco ao ver o esforço feito, e decide ajudar a nova parceira de equipe, que pode até ter saído “malamanhada”, mas com certeza saiu orgulhosa do seu primeiro passo para se tornar a profissional e mulher que deseja ser.

No geral apesar de pecar pelo excesso – no caso aqui os muitos personagens -, a apresentação não foi completamente ruim, muito graças a animação que se mostrou satisfatória quando exigida, e ao ar de promessa trazido pelo potencial do enredo e sua protagonista.

Vou apostar minhas fichas na equipe que conduziu o ótimo Code:Realize – Sousei no Himegimi, e seguir acompanhando com o pensamento positivo. Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

  1. Opa, nos encontramos de novo u.u

    Bom, eu também estava em um hyper danado para assistir esse anime que quando me passaram para legendar eu o fiz. E eu já esperava essa apresentação toda de personagens(muito macho meu senhor) mas também buguei muito quando apresentaram, fiquei que nem você, perdidinha sem saber quem é quem.

    Eu já esperava uma protagonista sem sal, sem ação, sem vida como geralmente é, mas essa aqui até que tem atitudes (ao menos nesse primeiro ep) e até se culpa, oq é um ponto positivo. Apesar de ela ainda não me agradar…

    Obrigada pelo artigo bb, estarei aqui te acompanhando novamente. ♥️

    • Cá estamos nós novamente né Letty, kkkkkkkk

      Normalmente a gente se acostuma mesmo com a ideia de sair apresentando o elenco todo na estreia, pois como você disse já é um praxe. Agora é como eu pontuei, o que ferrou aqui é que não é um grupo pequeno, suas 5 ou 6 pessoas como a maioria (aquela capa promocional nos enganou), o anime tem para a base de uns 15 ou mais e isso eu estou contando por cima.

      Note também que tem alguns com o visual muito parecido, tem uma dupla de loiros e morenos que até no penteado a diferença é mínima, como eu não decorei os nomes me deu uma certa aflição ver eles em cena, eu nunca sabia quem era exatamente que tava interagindo com a protagonista. Por sinal a Rei deve ter incomodado muitos pela impulsividade quando ela própria é inútil.

      Embora eu concorde em gênero e grau sobre as críticas, eu ainda sim consegui gostar dela porque ela se esforça para ser algo mais. Se servir de incentivo, te adianto que ela pode melhorar bastante, até porque pelo que catei de spoilers do jogo, isso acontece. Então está nas mãos da staff fazer acontecer essa virada e a Rei de fato crescer como a boa protagonista que ela nasceu para ser.

      Olha, você é minha parceira de obras esquecidas, então imaginei mesmo que você estivesse tão animada quanto eu kkkkkk, mas mesmo tendo essa apresentação fraca, vamos seguir em frente e confiar que vai dar certo no final.

      Obrigado pelo comentário e volte nos outros episódios para a gente resenhar as novidades!

      P.S.: Já agradeço por ter pego esse projeto com o pessoal da Isekai, acompanharei ele contigo para prestigiar seu trabalho também *-*

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