Legend of the Galactic Heroes

Me confundi completamente e não percebi que os filmes foram divididos em episódios, como o Crunchyroll fez com Digimon Tri quando foi lançado, que vergonha pela minha gafe! De toda forma, os filmes divididos em 12 episódios serão cobertos aqui no blog e vamos ao artigo dos episódios 2 e 3!

O jogo de influência pela sucessão do trono já era o esperado, eu só não entendi bem a árvore genealógica da família imperial e porque só haviam os netos com possibilidade de assumir o trono. Contudo, isso não é lá muito relevante, não como a posição do Reinhard nisso tudo.

Reinhard detém alta patente no meio militar, além de influência e feitos que o tornam respeitável, e perigoso, por isso o apoio dele era tão importante na miniguerra de sucessão ao torno. Por isso suas relações menos planas seriam alvo de questionamento de seus subordinados.

Oberstein não é um simples lacaio e a história vai reforçar isso eventualmente. Aliás, quero muito ver como essa mudança de comando vai influenciar nos planos do Reinhard, como ele vai manipular o novo Imperador, afinal, ele vai fazer isso. Veremos se essa morte caiu como uma luva em seus planos, hein?

Enfim, o sucessor é escolhido, decisão que certamente se deveu muito ao machismo enraizado em uma sociedade totalitária como é o Império. Não é lógico passar o poder a uma criança tão pequena, mas se ela é do sexo masculino dane-se a lógica, não é mesmo? Portugal que o diga…

Parece até que o Reinhard…

Sei que não é um assunto assim tão simples e uma sucessão dessas depende do poder da facção que a apoia, mas, não nos enganemos, as fundações do Império são bem diferentes que as da Aliança e isso inclusive é um ponto que me incomoda no Império, como lá tudo é muito frio, burocrático, artificial…

Eu entendo que seja assim, por exemplo, a Alemanha Nazista, um estado totalitário, sempre é retratada assim na ficção, mas acaba que isso barra minha afeição com os personagens desse núcleo. Tirando o Reinhard e o Kircheis não consigo sequer simpatizar, o total oposto do que ocorre com a Aliança.

Não acho que esse seja exatamente um defeito do anime, mas se a intenção é mostrar que os dois lados não são assim tão diferentes acho que pequenos retoques aqui e acolá, demonstrações de afeto e simpatiza, poderiam humanizar mais não só os militares, como também o povo do Império.

Enfim, quanto ao conluio do Líder do Domínio de Fezzan, Adrian Rubinsky, com o Grande Bispo da Terra, ele configura uma terceira força, ou se pensarmos apenas no Domínio de Fezzan, uma quarta? E qual será o impacto dessa aliança para a guerra?

Já vimos um pouco do estrago que Rubinsky pode causar, mas saber quem o apoia das sombras trouxe um elemento novo a jogada, a Terra, reforçado pelas manifestações vistas por Yang e Julian mais à frente no episódio. Qual a relevância da Terra na guerra é o que eu quero ver, e isso importa a partir de agora.

Quanto ao Líder de Fezzan, ele é um Reinhard burro que acredita ser esperto. Eventualmente ele vai se dar mal, tenho certeza isso, mas o quanto ele vai influenciar na trama depende também do quão forte são as conexões que o tal Bispo tem. Vai que quem quer passar a perna é passado para trás, né?

… que é o pai do novo Imperador.

Tocando o bonde, eu gostei de ver a Annerose feliz, apesar de não me agradar ela não ser uma personagem de fato. Ela é o motivo pelo qual o Reinhard traçou seu objetivo, eu sei disso, mas não é fazendo ela aparecer em momentos bem pontuais que o público vai aprender a se importar com ela, né.

Quanto a conversa dos dois, meus sentimentos são mistos sobre a omissão de uma informação em uma história, no caso, me refiro ao plano do Reinhard. Menos mal que ele é dissecado pelo Yang já no episódio seguinte. Nenhum estratagema passa muito tempo nebuloso nessa história.

Que bom que apareceu a Aliança no fim do episódio, já estava cansando desse foco todo no Império, apesar de ter ciência de que ele era necessário. Enfim, o filme ficou tão bem dividido em episódios que mal posso acreditar que era filme, talvez tenham feito isso só para faturar mais um pouco. É, foi isso…

Annerose é linda de morrer, infelizmente, só isso mesmo.

Chegando no segundo episódio, que nesse caso é o terceiro, gostei do plano do Reinhard, assim como da resposta a ele do Yang Wen-li. Era o esperado. Era aquela típica situação de armadilha que um “herói” não podia recusar. Ainda mais porque não seria ruim dar uma boa olhada no braço direito do rival, né?

A cerimônia foi toda bem polida e tranquila, o que eu esperava mesmo, afinal, Yang Wen-li e Kircheis, assim como Reinhard, são mais parecidos do que aparentam um para o outro e curto isso, o que é uma pena, mas ao mesmo tempo não é, pois só assim poderemos ter final feliz. Que sejam inimigos então!

O Yang ter ao menos cogitado seguir o mesmo plano do Reinhard também consolida essa minha impressão, ainda que essa não seja lá uma coisa boa. A ideia sequer ter sido comentada mostra como o background de cada um influencia no que eles têm liberdade para fazer e como.

Não que a Aliança não fosse capaz de aprovar esse método moralmente questionável, mas certamente não seria tão fácil para o Yang agir como pareceu para o Reinhard. A impressão passada foi de que ele agiu sem consultar algum superior, que o plano era dele e não precisava mesmo reportá-lo a ninguém.

Enfim, a paradinha do Kircheis para falar com o Julian foi a melhor parte desse trecho do episódio, se duvidar do episódio todo. Foi ótimo ver que até inimigos podem simpatizar uns com os outros, se respeitarem e trocarem alguma coisa boa.

É todo o entorno entre as pessoas que se choca, mas não exatamente elas, não à toa existe a diplomacia e até mesmo a troca comercial e cultural entre nações conflituosas, ainda que esta não se dê exatamente enquanto durar a guerra. Não estivessem em uma, por que não poderiam ser todos bons amigos, né?

Esse momento foi daora, vai negar?

É completamente normal que um estrategista queira conhecer seu rival e quero muito ver esse encontro, mas sei que é quase impossível que ele se dê em circunstâncias amistosas e/ou logo, então fico na vontade e me contento com isso. Posso até entender caso nunca role, só acho que seria uma crueldade…

O Yang Wen-li ficou muito bem de roupa branca de gala, pena que a Frederica estava de uniforme. Eu sei, não adianta muito shippar esses dois, LOGH não é uma história lá muito boa para um romance, mas que culpa tenho eu se eles formam um belo casal? Aliás, não nego que a acho mais simpática que a Annerose.

Focando em coisa séria, o Culto da Terra me parece tão bobo quanto absurdo, ao menos depois de toda a autonomia da Terra que a sociedade humana desenvolveu. Contudo, eu entendo ele, tem gente que fala em terra plana hoje em dia, perto disso esse tesão quase geocentrista me parece até aceitável…

Isso se chama viver, pura e simplesmente isso.

Antes de comentar o trechinho final só quero citar como me é claro o contraste entre Império e Aliança, é só comparar o segundo e o terceiro episódios para vermos como no lado “livre” o mundo e as pessoas parecem mais vivos. Isso tanto me incomoda que me diverti mais no terceiro episódio, não posso negar.

Por fim, o Yang desvendou todo o plano do Reinhard, não esperava menos dele, e de novo uma parte da conversa foi omitida, que artifício ardiloso esse, hein! Eu não gosto muito, mas entendo o uso e acho que no caso do episódio anterior fez sentindo, vamos ver o que acharei quando souber o que omitiram nesse.

A manipulação do movimento rebelde é o tipo de desenrolar que eu esperava ver na história, o que eu questiono é ele ser feito ou encabeçado por alguém tão incompetente quanto o covarde de El Facil. Eu comprei a ideia da coerção do Reinhard, da utilidade do ex-prisioneiro, mas até que ponto ela faz sentido?

Como alguém ainda dá moral para um sujeito desses?

Espero que se for para o Golpe de Estado ao menos se aproximar das vias de fato essa articulação seja melhor explanada, mas, de toda forma, esse meu leve incômodo não estragou o segundo dos dois episódios muito bons que LOGH entregou nessas últimas semanas.

Gostei do que vi, mas também do que não vi e ainda espero ver. O importante é que o anime continua se mantendo interessante, com acontecimentos relevantes mesmo em episódios sem atrito como foram esses dois últimos. Contudo, LOGH é guerra e guerra é LOGH, e por ela eu mal posso esperar…

Até a próxima!

Você faria de tudo para vencer?

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