O episódio anterior desta temporada terminou com uma reviravolta muito louca sobre esse time de Shokugekis, que agora terá Azami como chefe dos juízes. Se eu já estava irritado com essa decisão dele, o início deste episódio piorou ainda mais a situação. Não vou conseguir expressar toda minha indignação nesse parágrafo.

Nem sei direito por onde começar a argumentar sobre Azami ser um dos juízes, mas acho que a questão mais óbvia aqui é o fato dele ser da Central e julgar pratos da Central. Não preciso explicar muito em como isso é errado, né? Imagina um juiz flamenguista apitando um jogo do Flamengo? Não dá.

O que mais me deixou bolado é o fato de que Sanzaemon e os outros concordaram com isso. Ou tem alguma coisa aí no meio e a galera tem uma carta na manga ou é apenas uma confiança absurda no talento dos Rebeldes. O pior de tudo é Azami usar como argumento que ainda não conseguiu provar o prato da filha, já que foi atrapalhado antes por Souma.

Aí tenho que concordar com o palestrinha. Se é pra socar, tem que ser no estômago.

No meio de tudo isso, o ponto mais grave era Azami substituir o trio anterior. Felizmente, ele encontrou duas substitutas à altura: Décora e Courage, que também são da 1ª Classe da WGO, tornando a ideia menos pior. A introdução das duas juízas deu uma boa movimentada na trama, principalmente pelo fato delas treinarem Anne, que para a alegria de todos, também ficou.

Quando Megumi e Kinokuni resolvem fazer a fusão

Por um lado, se Azami trouxe mais duas pessoas, bem que poderiam estar todos os quatro como juízes. Courage acabou ficando sem ter muito o que fazer ali, já que seu voto não conta. Por outro, com um número par de juízes, ficaria bem complicado decidir quem é o melhor. Se dois votam nos Rebeldes e dois na Central, como que fica?

Courage encontrou algo pra fazer

Tudo isso foi apenas por um motivo: levar o fanservice do anime a um novo nível. A parte da experimentação, com direito ao “é como se…”, ficou muito mais apelativa visualmente, fazendo sentido nenhum. Dei uma piscada e o anime deixou de ser uma competição culinária pra virar experimentação de lingerie.

Enquanto Aldini preparou um Calamari Ripieni, um prato da culinária italiana para a surpresa de ninguém, Kobayashi fez um prato peruano, o que achei bem curioso, principalmente por usar Pirarucu. Não esperava menos da mestra dos ingredientes raros. É muito bom ter alguém que faça pratos da América Latina e estou aguardando o momento que o anime explorará a culinária brasileira. Será que um dia rola ou é apenas um sonho distante?

Definitivamente é a melhor garota do anime

Um dois maiores problemas que essa troca de juízes poderia causar é dar uma mãozinha para a Central, mas no embate entre Aldini e Kobayashi não posso reclamar. Primeiro que o prato de Pirarucu realmente foi superior, e segundo porque nada que a Kobayashi faz fica ruim. Azami pode não ter roubado dessa vez, mas confesso que eu seria capaz de fazer isso pra ela vencer esse Shokugeki. Ainda assim, fico decepcionado por Aldini não ter o mesmo gás da última disputa. Reparem que não tivemos nenhum flashback da Kobayashi nesse episódio, assim como o prato de Aldini foi provado primeiro – mesmo que tenha terminado depois.

Foi bem curioso o anime apresentar dois Shokugekis importantíssimos em apenas um episódio. Tudo foi resolvido bem rápido, mas não prejudicou a tensão, principalmente pelos oponentes serem as duas primeiras cadeiras da Elite dos Dez. Durante o Shokugeki entre Eishi e Isshiki, houve a discussão sobre como a Primeira Cadeira estava com vantagem, já que sua especialidade é culinária francesa, em que é comum usar carne de lebre como principal ingrediente. O mesmo não podemos dizer sobre a culinária japonesa de Isshiki. Felizmente, ele tem ao seu favor sua filosofia de vida:

A menos que esteja enfrentando a Primeira Cadeira

Foi bem inteligente a forma como Isshiki virou o jogo, colocando a lebre em uma tigela tipicamente japonesa, acabando totalmente com o argumento anterior. Também vale destacar o desafio pessoal em resolver o odor da carne, quebrando as regras da tradição. A sacada com o missô, que surgiu aos quarenta e cinco do segundo tempo, também deixou sua criação ainda mais impressionante. Um verdadeiro gênio.

Não fala isso, cara! Fica muito estranho

Agora, não podemos esquecer de dois elementos importantes aqui: Isshiki apresentou primeiro e teve sua trágica história de origem contada, mostrando que teria desistido da culinária se não fosse por Kinokuni. Isso indica que, muito provavelmente, ele vai perder esse Shokugeki. A regra é clara. Mesmo que nada disso tivesse acontecido, já estava na cara que Eishi iria vencer, pois é a Primeira Cadeira e ainda precisa enfrentar Souma. Porém, essa resolução só vai ficar para a semana que vem.

ACHO que a espada ganha do leque, hein

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