O mangá de Shokugeki no Souma terminou este ano e decepcionou boa parte dos fãs. Eu, que sou grande fã da animação e decidi não ler o material original para não tomar “spoiler”, não conseguia entender como uma história tão boa caiu de nível logo no final. Bom, acho que agora estou começando a entender.

O episódio começou mostrando a resolução do último shokugeki: Isshiki vs Eishi. A vitória da 1ª cadeira era tão previsível que eu até esqueci que o anime ainda não tinha revelado o vencedor do confronto. Pois bem, Eishi venceu para a surpresa de zero pessoas. Seu prato, como não poderia ser diferente, mostrou a personificação da alta classe e toda aquela bobeira que o Azami adora. É claro que ele iria aprová-lo. O que me surpreendeu mesmo foi a falta de noção do Eishi em convidar Isshiki para ser seu assistente, pois seria um desperdício de talento. Naquele momento, aposto que a cabeça de Isshiki deu um nó, ficando confuso entre aceitar o elogio e recusar a proposta.

Curiosamente, um dos pontos que eu levo em conta para definir o vencedor acabou falhando, já que tivemos um flashback da 1ª cadeira na infância, além de vários outros flashbacks, mas já vamos chegar neles. Foi bem legal ver o jovem Eishi desde criança tentando fazer o melhor possível sem se importar com os outros. Será que daí virá sua redenção?

Até então o anime estava indo muito bem e sem me incomodar, até que chegou o avô da Erina para atrapalhar tudo. Não sei exatamente o que essa família tem contra regras, mas aparentemente eles não gostam de segui-las e vivem mudando os planos de última hora. Anteriormente, o pai de Erina decidiu, porque sim, que seria um dos jurados do Time de Shokugeki – e ainda trouxe mais duas pessoas com ele. Detalhe que isso foi com apoio do Senzaemon. Agora, o próprio decidiu mudar as regras da competição. Por quê? Porque sim.

A partir de agora, o 5º assalto será o último. Além disso, a dupla deve preparar um prato principal e um aperitivo, resultando em uma refeição completa. Ok, até aí tudo bem, se não fosse o tema “pratos de verdadeira alta gastronomia”. Aqui temos três opções: ou Senzaemon ficou maluco de vez, ou ele está ajudando secretamente Azami ou ele tem um plano muito bom por trás disso. Eu espero muito que seja a terceira opção e também espero que a justificativa seja muito boa. Não faz o menor sentido criar um tema que favoreça o inimigo! É claro que o Azami dará a vitória para a Central, pois é a personificação da gourmetização. Enfim, vamos ver no que isso vai dar.

O problema do episódio, na verdade, não foi nem esse, mas sim o que aconteceu em sua segunda metade. Por algum motivo o anime está começando a criar fraquezas para Kobayashi e Eishi, provavelmente porque o roteirista do anime já sacou que é impossível os protagonistas vencerem desse jeito. A questão está no fato de como as coisas estão sendo estabelecidas. Só um episódio não é o suficiente para explorar as questões que colocaram para as duas primeiras cadeiras e já estou vendo que isso não vai acabar bem.

Em relação à Kobayashi, agora parece que ela está com medo de lutar. Sério mesmo? Medo? A Kobayashi? Por que ela teria medo? E por que decidiram colocar o Megishima no meio disso tudo justo agora, depois de trabalharem tão mal o personagem? Ele foi tão esquecido esse tempo todo que nem parece ser um membro da Elite dos Dez. Na sua conversa com Kobayashi parecia que ela estava falando com um completo desconhecido. Não sei o que o anime está preparando, mas não está cheirando bem.

O que essa lembrança significa? Não vai me dizer que ela se apaixonou pelo Souma?

Já sobre Eishi, o personagem levantou uma questão que, a princípio é até interessante: apenas ele se apresentando como a 1ª cadeira já faz com que ele seja um excelente chefe, independente do que preparar. Qualquer um vai elogiá-lo, mesmo que o próprio esteja insatisfeito com seu prato. O problema aqui é como estão desenvolvendo isso. Pra começar é bem estranha a forma como Azami se aproximou dele e passou a se envolver com o garoto, levando-o para os Estados Unidos(?), que fica literalmente do outro lado do mundo (???). Sério que ninguém achou isso estranho? E todas as responsabilidades dele como líder da Elite dos Dez? Todo esse flashback me incomodou bastante, principalmente por essa lavagem cerebral esquisita.

Já o episódio em si também me incomodou pelo problema de ritmo, que estava indo tão bem até então. Talvez o anime tenha me acostumado mal com tudo tão frenético, mas aqui eu senti que eles simplesmente decidiram encher linguiça e enrolar o máximo que pudessem. Um exemplo é a quantidade de vezes que mostraram a dinâmica entre Souma e Erina para decidirem quem faria o prato principal. Apesar de ser divertido, ficou muito repetitivo e nem deu em nada. Por outro lado, gostei bastante de vê-los decidindo aos quarenta e cinco do segundo tempo usando pedra, papel e tesoura. Óbvio que agora fiquei preocupado com o que vão cozinhar.

Perdi as contas de quantas vezes usaram esse frame

Do jeito que as coisas estão indo, tudo leva a crer na vitória de Kobayashi e Eishi. Mas é claro que o anime não vai deixar essa dupla vencer e vai mexer em mais alguma coisa para mudar mais uma vez a situação. É isso que me preocupa. Custava deixar como estava? Kobayashi vs Erina, Souma vs Eishi. A dupla de rebeldes vence. Fim. Infelizmente não vejo como sair um bom final agora.

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