Logo no começo foi explicado como o Moriarty saiu da cadeia, e a resposta foi mais chata do que eu esperava. É muita coincidência o Moriarty ter saído logo quando aconteceu a fuga dos detentos, mas enfim, vamos ao episódio.

O episódio foi estranhamente descontraído, mas ele sempre dava a crer que havia algo de estranho acontecendo. Claramente tinha acontecido algumas coisas lá na prisão, e esse tema não ter sido tocado parecia um tanto quanto suspeito.

O mistério desse episódio foi bem simples, o que não é um defeito. Pelo contrário, é uma das coisas que mais me agradam nos mistérios de Sherlock Holmes e suas adaptações. São coisas que parecem ser bobas e sem sentido, mas que na verdade escondem um grande crime ou um grande criminoso, e quem sabe os dois.

Aquela cena dos criminoso relembrando o passado me fez ficar incrédulo com a maluquice que o roteirista imaginou. Ladrões ninjas? Essa é nova. Digo que isso é uma maluquice sem sentido, mas a cena do banco me fez lembrar de uma obra que é muito de meu agrado: Magic Kaito. Um mágico ou um ninja utilizando de suas habilidades para fazer assaltos só são coisas que aceitamos na ficção.

Nem é necessário dizer que isso não é um defeito, coisas bizarras ou estranhas que não condizem com nossa realidade nem sempre são um defeito. E na verdade, como já ressaltei algumas vezes, isso é até um dos pontos positivos de Kabukichou.

Mas a melhor parte desse episódio foi sem dúvidas a dupla Sherlock e Moriarty fazendo rakugo. Foi uma cena muito legal, e deu para ver o nível da amizade daqueles dois. Sim, uma amizade sincera.

E por fim temos mais uma cena bem misteriosa. O prisioneiro também recitou aquele número estranho, e seja lá o que a trama está querendo contar os prisioneiros e a cadeia parecem estar no centro de tudo. E o fato do Moriarty ter estado preso lá nos faz questionar se ele está ou não relacionado com isso.

Sinceramente eu não duvido, faz sentido ele ter se envolvido com isso enquanto estava preso, porém teria de ser algo inicialmente desconhecido para ele. Portanto, ele seria só mais um peão em meio ao tabuleiro.

Mas enfim, quem será que vai levar o xeque-mate no final? Tudo está muito obscuro por enquanto, então é melhor esperar por mais algumas informações antes de pensarmos o que raios está acontecendo aqui.

E isso é tudo!

Por fim, curiosidades:

A primeira delas é bem óbvia. Os caras são ninjas, um deles se chama Sasuke e ainda por cima as crianças usaram o “mil anos de morte” sendo uma clara referência a Naruto. No caso das crianças aquilo é uma brincadeira japonesa costumeira, mas dificilmente aqui seria uma coincidência. Enfim, tem outra curiosidade.

Esse mistério é claramente inspirado no conto Os dançarinos, história em que no lugar de códigos com desenhos aleatórios (como no anime) são códigos com estranhos hieróglifos em formas semelhantes a homenzinhos. Esses homenzinhos são diferentes um dos outros, mas há algumas repetições, de modo que Sherlock consegue identificar um determinado padrão.

Aliás, esse é o diferente, nesse episódio não foi mostrado Sherlock decifrando o código. No conto Sherlock apela para lógicas simples, e por isso tão interessantes. Com lógica matemática ele consegue identificar a probabilidades dos códigos mais repetidos corresponderem a determinas vogais e depois ele vai decifrando um a um os códigos e as frases. É a parte mais divertida do conto, mas infelizmente se perdeu com a adaptação.

Essa parte do conto é mais interessante para quem lê em inglês, embora na tradução ainda dê para entender a lógica. Aliás, o que permite isso é o uso do alfabeto latino por ambos os idiomas, mas no caso do anime para nós seria pouco entendível já que eles usam ideogramas e silabários.

Mas enfim, é só isso mesmo. Até mais!

  1. Também saquei a referência ao conto “Os dançarinos”, mesmo que a maioria das referências a histórias do Sherlock Holmes ficam fora pra mim, só as mais óbvias que entram, como aqui. Estou curtindo este anime, por usar os personagens de maneira diferente do usual, uns até em enganaram quanto a aparências, outros são bem semelhantes aos originais. O rakugo do Holmes penso que seja um substituto equivalente ao violino que este toca, por ser mais nipônico que tocar algum instrumento musical. Bom ver que curte “Detective Conan” e “Magic Kaito”, são poucos que vejo na web que curte ambos ou os conhece, no máximo, sabem dos nomes das séries. Recomendo que dê uma olhada nas resenhas que fiz do Conan e de “Magic Kaito 1412” no Animecote, quem sabe, possa estar falando mais destes anime por aqui.
    Continue com as análises, tô curtindo.

    • Vou dar umas olhadas nas resenhas. É sempre legal encontrar alguém que gosta de Detective Conan, é um daqueles que entra fácil nos favoritos depois de tantos episódios incríveis.

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