Cá estou eu com mais um achado do mundo dos animes, trazendo dessa vez uma ONA bem amorzinho e levinho que encontrei em 2015. Momokuri é o retrato clássico do casal que se apaixona pela primeira vez e tenta entender como funciona a vida a dois, tudo isso de uma forma extremamente açucarada e emboladamente divertida.

Kurihara Yuki é a protagonista fofinha e gente boa que todo mundo adoraria ter como amiga. A menina se apaixona a primeira vista por Momotsuki Shinya, um calouro seu que é largamente conhecido pela sua fofura ao tentar bancar o cara legal, com isso ela o confronta e os dois começam sua história como um par.

Olhando assim parece que tudo se resume ao dia a dia enfadonho de um casal bobinho – e em partes o é -, porém o que faz a diferença nesse romance água com açúcar, são exatamente os detalhes da personalidade de cada um e como isso se mistura na nova relação deles, além da participação dos amigos bem intencionados que cada um tem.

A Yuki tem um vício digamos que singular, gostando de stalkear de forma estranha seu namorado a cada minuto que tem livre e a graça é que ele gera vários momentos propícios, sem sequer perceber a presença de sua amada ou as coisas que ela faz – a menina é expert em espionagem de várias formas.

Outra questão que tem aí é o fato de ele gostar dela, mas não saber como expressar e mesmo conduzir o namoro, por ter um certo complexo com sua aparência e por ela ser a mais velha da relação e a primeira namorada que já teve na vida.

Por incrível que pareça, ainda que passem parte do tempo não conseguindo se aproximar como devem, os dois não são totalmente “idiotas”, eles apenas tem personalidades tímidas demais para se jogar com gosto no amor, deixando que os sentimentos e desejos aflorem em situações específicas – um elemento natural da cultura japonesa.

Como todo casal travado precisa de amizades que desenvolvam o negócio mais rápido, o anime apresenta um elenco de companheiros bem divertido, cada um com suas personalidades padrão, porém todos igualmente assertivos – e levemente debochados – quando se trata de romance, tornando as interações e ações deles em relação aos protagonistas, bem engraçada.

Destaco entre eles a Norika, porque ela é minha favorita e de longe a mais bacana, por conta da sua natureza mais séria e prática ou curta e grossa se preferirem – o resto é bom, mas não chegam aos pés dela.

O que é interessante no grupo secundário é que eles também tem suas histórias próprias e algumas delas se desenrolam e resolvem, em conjunto com o enredo principal, sem que eles sejam somente um elemento que gire em torno do casal central e não tenham sua individualidade.

Gostei muito da obra e acredito que um dos maiores acertos é a sua duração, pois em 12 minutos a direção e o roteiro conseguem montar esquetes simples, funcionais e que não te entediam com pouca coisa acontecendo ou com a repetição da piada sobre a namorada stalker. Para quem for procurar, existe a chance de encontrarem os 26 episódios curtos ou compilados em 13 com o tempo normal, mas independente do tamanho, a estrutura segue boa.

Na parte técnica não tenho queixa alguma sobre o trabalho do estúdio Satelight, que entregou uma animação decente, trabalhou com um design bem moe nos personagens e exibiu cenários coloridos, dando o ar de fofura que o anime pede e tanto exalta.

Caso queiram ver um romancezinho despretensioso e com uma dose extra de fofura, esse com certeza é um bom candidato. Claro que pode não atender aos que gostam de uma história mais direta, porém penso que Momokuri não falha na sua proposta e merece uma chance na sua lista.

Agradeço a quem leu esse artigo até o fim e nos vemos no próximo pessoal!

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