Eis que perto do fim, Log Horizon apresenta duas novas personagens e três novos problemas para Shiroe e toda a Akiba. Me pergunto como essas antigas serão exploradas nesse último arco, até porque imagino eu que toda a parte política necessária já tenha passado, agora as coisas devem focar na ação, especialmente a batalha contra os Gênios. O que a chegada delas pode representar? Muita coisa.

O episódio em si funciona mais como uma transição e não carrega muitos acontecimentos, contudo não o considero desperdiçado porque ele se trata de uma preparação, esquematizando todas as peças que são importantes para os eventos desse início da cruzada contra os reais vilões, e a tentativa de ir ao continente onde o Krusty e a Kaname estão – que na verdade é de fato o objetivo maior.

Pelo fato de pouco ter acontecido, fico com pouco a tratar de novo aqui, mas quero pontuar alguns elementos jogados aqui que querendo ou não me chamaram a atenção nesse momento. O primeiro ponto é relativo as intenções do Shiroe quanto a organização política do continente e a missão de encontrar os amigos.

Achei legal como o anime mostrou que a rebelião da Rayneshia teve consequências pesadas, uma vez que ela criou uma racha com a família Saiguu e Westelande, portanto não só o lado de lá teria que se opor, como o território de Minami precisaria também escolher que partido tomar, o que no caso foi ficar neutro e equilibrar os dois pólos.

Para além disso, tenho uma curiosidade enorme para entender como ele pretende enviar a princesa nessa incursão do Krusty, até porque com a eminência de um ataque, a divisão de forças agora seria bem problemática. Como ele citou que o número de aventureiros cresceu, pode ser que se encontre um caminho, mas quero ver o que farão.

O segundo ponto é relativo ao grupo secundário da Log Horizon, com os aprendizes adolescentes. Pessoalmente eu gosto do grupo e acho que eles tem uma boa dinâmica, inclusive na segunda temporada foi possível ver bastante do crescimento deles enquanto um grupo separado e com potencial dentro da guilda, porém um elemento que me incomoda levemente nele é a Minori.

Antes que pedras voem, não, não desgosto da personagem, muito pelo contrário, acho até que ela é uma das melhores dentre os cinco – quiçá a melhor -, isso quando o foco dela é nela e em seu papel como aventureira e membro de um grupo importante. A sacerdotisa cresceu bastante desde que chegou, e o seu jeito maternal, o bom senso e a responsabilidade que possui, são características que me agradam para alguém que age com a liderança que ela exerce moralmente ali.

O Touya é o líder oficial, mas na verdade quando se trata de coordenar o geral, ser o coração da equipe, fica bem claro que a Minori é quem equilibra o jogo. Então, me incomoda ela jogar essas qualidades fora em cena, quando poderia explorar muito mais a sua força, apenas por conta dessa paixonite sem sentido pelo Shiroe.

Eu consigo compreender parte do sentimento dela, uma vez que ele salvou todo o grupo da desgraça em que viviam, os abraçando como parte da família – o que consequemente leva a admiração e gratidão dos a níveis absurdos -, porém a menina desverteu um sentimento simples e nobre, em algo que eu acho que nem ela mesma entende e já deveria ter notado há tempos (fora que eu sou time Akatsuki, ela quer o quê?).

Achei curioso que na cena em que eles apresentam as duas antigas, dali já poderia ter se tocado e percebido como o Shiroe vê ela e os demais como filhos que o jogo lhe deu e nada além disso, mas quero ver o quão longe ela pretende arrastar esse sentimento confuso. Em compensação ao que não funciona, o episódio me entregou alguns belos minutos de contemplação com Shiroe e Akatsuki fortalecendo os laços e o companheirismo – o que vai além do simples romance, por isso meu apoio.

No meio disso quem me chocou positivamente foi a Tetora, pois além de rir com a indignação dela frente ao trauma causado pelas garotas lobo, fiquei pasmo com a quantidade de informações úteis que ela detém sobre a história do Elder Tale – por ser uma jogadora antiga nível Shiroe -, apenas escondendo isso em sua fachada palhaça, o que é bom para ela sair da caixinha.

Falando nas antigas, as irmãs Leila e Litka despertaram a minha curiosidade quanto a sua utilidade na história. Assim como o Elias na sua geração, elas tem um papel fundamental enquanto parte da lore e da origem do jogo, porém como foram bem nerfadas, me preocupa que elas se reduzam ao alívio cômico das garotinhas comilonas e só.

Para os olhos atentos, também é instigante o porque do game ser tão pesado para os seus próprios heróis, pois assim como o cavaleiro que tinha as suas questões existenciais e problemas sendo o grande herói que era, as antigas também suas questões com o tratamento que lhes é dado desde os primórdios – inclusive dando uma certa pena das duas.

O que me dá alguma ponta de esperança, é o fato de que elas se identificaram com o grupo secundário, logo, com o nível de poder que possuem, elas seriam adições interessantes de se fazer ao time de aprendizes, para retornarem a ativa. Quero crer que com essa união, as duas famintas vão ter seu peso reconhecido como parte dos Antigos, depois de serem “descartadas” pelo próprio jogo.

Com a chegada delas, também vem a informação de que um dos gênios está próximo, será que outros invadirão antes de serem atacados? Qual será o próximo passo do Shiroe para deter a ameaça enquanto lida com os outros problemas que já carrega sozinho? Outros Antigos vão dar as caras assim como elas? Aguardemos.

Agradeço a quem leu e nos vemos no próximo episódio!

 

 

 

 

 

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