Olá, a todos! Aqui estou eu, Tamao-chan, trazendo mais um artigo para o Anime21! Desta vez, eu trouxe outra aposta que tinha feito: Battery! Foi uma boa surpresa para mim, saber que um anime de beisebol faria parte do bloco NoitaminA, já que gosto bastante de animes do esporte! E a cada animação do gênero me faz ficar com os olhos brilhando, seja pelos personagens, seja pela história em si, ou até mesmo uma combinação dos dois, por que não?

Pois bem, vamos começar com a parte ‘técnica’, não é? Eu sempre gosto de dar uma breve explicação sobre a obra antes, já que vale a pena acompanhar. A obra Battery começou com uma Light Novel que foi publicada entre outubro de 1996 e janeiro de 2005, sendo esta escrito pelaAsano Atsuko, que é a mesma autora de nº6, e ilustrada por Makiko Sato (que inclusive tem um profile interessante), e até ganhou o prêmio Noma de literatura juvenil, em 1997, e o prêmio Shogakukan em 2005. Também teve uma adaptação em mangá, completa em oito volumes, publicada em uma revista Shoujo (Monthly Asuka), ilustrado por Yuniwa Chikage. Também teve um filme feito em março de 2007 e um dorama feito entre abril  e junho de 2008. Ou seja, teve tudo e mais um pouco aí. Hoje em dia até está tendo uma nova adaptação de Battery, publicada em uma revista seinen (Comic Beam), ilustrado por Shimura Takako, a autora do maravilhoso Hourou Musukou, que inclusive também é a ilustradora deste anime. Os desenhos em aquarela são bem característicos dela, e é o que podemos ver na abertura e encerramento do anime, que inclusive são excelentes.

A história de Battery gira em torno de dois meninos: Harada Takumi e Nakagura Gou. E o que acontece entre eles? Bem, o primeiro se muda para a cidade de Nitta, que fica no interior, por causa do emprego do seu pai e pela saúde de seu irmão também, já que este tem um corpo frágil e fica doente facilmente. Harada é totalmente arrogante, pois ele sabe que é um bom arremessador, e ele se muda com medo de não conseguir conhecer ninguém que possa pegar os seus arremessos. Até que, enquanto ele corria em um templo, se encontrou com Nakagura, um menino bem tranquilo, que dizia ser um receptor (bom, ele é, na verdade ahahha). E assim, começa a relação entre arremessador e receptor, conhecida como Bateria. É um nome bem sugestivo, dado as consequências, mas que funciona muito bem com a obra.

"Mal posso esperar para vê-lo arremessar."

“Mal posso esperar para vê-lo arremessar.”

Neste primeiro episódio, pudemos entender que a relação entre os dois meninos vai ser complicada, já que Gou perdeu a paciência pelo Takumi julgá-lo ser rico, que foi desencadeado pelo comentário do Nakagura de o Harada jogar uma bola fácil, e que os arremessos dele são bem certeiros, mas difíceis. Percebemos também que Harada quer saber jogadas que podem lhe trazer danos futuros, já que seu corpo ainda está em desenvolvimento. E também que a relação dele com os pais não parece ser lá muito boa, pois nem a história do avô dele ele quer saber, só pelo fato de não ter sido ele quem estava provando a sensação de estar no mound, a área que o arremessador fica e consegue o seu equilíbrio. O mais legal do episódio foi o fato de que, mesmo Takumi tendo aqueles arremessos de efeito e o Gou errando a pegada, este não desistiu, e cinco jogadas depois, ele conseguiu, pedindo o mesmo ritmo. Isso foi ótimo para o desenvolvimento da confiança dos personagens, pelo fato de quererem formar uma bateria.

"Como ser rico ou ser pobre tem a ver com beisebol?"

“Como ser rico ou ser pobre tem a ver com beisebol?”

Uma das cenas mais importantes do anime: não importa o quanto o Gou errasse, Takumi não desistiu de arremessar, e finalmente Gou agarrou uma das bolas. Eles continuaram no mesmo ritmo.

Uma das cenas mais importantes do anime: não importa o quanto o Gou errasse, Takumi não desistiu de arremessar, e finalmente Gou agarrou uma das bolas. Eles continuaram no mesmo ritmo.

Percebemos também que o irmão do Takumi quer ser melhor que ele, mesmo tendo uma saúde frágil. Pelo visto, ele se alegrou muito com o esporte, já que seus olhos brilhavam todas as vezes que os meninos praticavam o catch ball, e quando Gou dava os sinais para o Takumi fazer os seus lançamentos. É uma obra bem complicada de falar sobre ela de início, pois não se trata apenas sobre esporte, mas também sobre relações humanas, já que o tempo todo, Harada se coloca em um pedestal, falando que a escola onde vai estudar não tem um time muito bom de beisebol, e que o seu, os Tigres Brancos, só não conseguiram chegar nas semifinais. Conseguimos sentir a frustração também por ele ser jovem demais e seu avô não querer ensinar como se joga uma sinker, cuja explicação vem a seguir.

Ele também quer jogar, mesmo tendo uma saúde frágil.

Ele também quer jogar, mesmo tendo uma saúde frágil.

Além disso, o anime também conta com uma bela arte e excelente desenvolvimento de cena, nos fazendo ficar ansiosos para o próximo episódio!

Pan pan paaan~~ -n

Pan pan paaan~~ -n


Eu resolvi fazer uma sessão de curiosidades, tanto sobre a sessão NoitaminA, quanto sobre Beisebol, que acho que vale a pena dar uma olhadinha:

A começar pela NoitaminA: o primeiro anime que estreou neste bloco foi Honey & Clover, anime que já escrevi sobre, e uma animação curiosa aparece no início do anime. Esse curta se chama Poulette no Isu (A Cadeira de Poulette), cujo vídeo você pode ver clicando aqui. Ele foi feito para comemorar os dez anos do bloco e, que eu me lembre, começou a aparecer desde o anime Zankyou no Terror, de 2014.

A Cadeira da Poulette

A Cadeira da Poulette

Agora, sobre as jogadas de que foram faladas no anime: primeiro, eles falaram sobre a bola curva. Bom, ela é bem conhecida, claro, desde os tempos de Pica-pau (LOL), mas é importante frisar algumas coisas: o jogador precisa saber exatamente a maneira de como pegar na bola, não só neste arremesso, como em vários outros. Neste, por exemplo, o jogador precisa rotacionar o braço e o antebraço, e ainda segurar a bola com a a seguinte conformação: dedo indicador e médio em uma costura e apoiar a bola com os outros dedos. Será uma bola de efeito, e enganará o rebatedor na hora da bola chegar na base. Tem até um vídeo explicando.

Agora vamos para a sinker: o avô do Takumi teve uma razão muito boa por não deixá-lo fazer essa jogada, e eu também não costumo vê-la tanto assim em anime de beisebol quando o personagem é novinho, pois é colocada muita pressão na bola e o pulso é dobrado para baixo. Tem vídeos que explicam melhor, mas infelizmente estão em inglês. Peguei este.

E por último falaram da bola rápida, que deixarei um vídeo aqui explicando como funciona, embora tenham outras jogadas incluídas.

Espero que tenham gostado da matéria, embora eu não sei se minhas ideias tenham sido claras, e talvez tenha me embolado por causa das pesquisas que fiz. IHUHIUFSDH Até a próxima.

  1. Este é o anime, uma das melhores estreias nesta temporada (quiçá a melhor, eu já vi o episódio duas vezes e continua muito bom). Eu geralmente não dou hipótese a animes cuja a história se desenrole em volta de actividades desportivas, mas nesta temporada já dei oportunidade a Days e agora darei com muito gosto uma hipótese a Battery muito influenciado pela tua opinião mas não me arrependo. Battery já começou com tudo, animação bonita (basta olhar a Op e a Ed com cenários em aquarela que ficaram muito bonitos) osts boas e acima de tudo personagens interessantes. O protagonista assim de cara, pode parecer arrogante, mas ele lá deve ter os seus motivos, gostei do irmão do protagonista (acho que já deu para perceber que sou péssimo a decorar nomes), a cara dele cada vez que via o irmão a fazer um lançamento era de pura admiração. Também gostei do receptor, ele faz um contraste positivo com o protagonista, este é arrogante e o Gou é esforçado e muito prestativo. Gostei da tua referência à NoitaminA eu gosto muito deste bloco de programação da Fuji tv, já para não falar de Poulette no Isu uma curta muito bem feita e cheia de simbolismos. E já agora obrigado pelos links didácticos a explicarem os lances. E o gif ficou muito bom na matéria.
    Como sempre uma excelente matéria Tamao-chan.

    • Olá, Kondou-kun! Obrigada por comentar!
      Eu também acho que esta foi a melhor estreia, e meu hype foi bem certeiro JOISDJFOISFD
      É um anime muito belo, e a ilustradora conseguiu fazer contrastes muito belos, não? OP e ED lindas, simbólicas, calmas, tons em aquarela muito bonitos… Incrível! A movimentação dos personagens, os traços deles, a ambientação linda… Maravilhosa estreia!
      Eu gostei muito dos personagens também. A arrogância do Takumi que pode ser trabalhada, o irmão com a saúde frágil e que deve se esforçar bastante para ser um jogador de beisebol, e o Gou que tenta ser calmo e colocar mais razão na cabeça do protagonista. Esses onze episódios vão render bastante, não acha?
      Sobre o curta, achei legal comentar, porque já tinham me falado antes sobre ele, mas agora que parei para pesquisar, vi que tinha uma ideia ainda mais profunda por atrás disso.
      Obrigada pelos elogios, pretendo fazer mais coisas como essas no próximo post!
      Até mais o/ e volte sempre.

  2. OI! 😀 Tudo bem, Tamao? Eu também adorei essa estreia. Estou enrolando pra escrever sobre porque tenho que editar outros comentários de séries menos interessantes, mas fiquei super empolgada também.
    Obrigada pelo nome, “sinker”! Eu tinha uma vaga noção de que o avô tinha proibido o pequeno de fazer aquela jogada em particular por causa do começo de Oofuri, em que o pitcher Mihashi também está começando a aprender algumas jogadas mais difíceis e acaba se lesionando. Eu não tenho nenhum conhecimento tecnico de baseball (aprendi tudo que sei com anime mesmo, lol) então aprecio demais esse tipo de comentário no post, muito obrigada! Espero que vocês acabem comentando a série semanalmente!

    Aliás, uma curiosidade: Coincidentemente, ontem mesmo eu fui ler a novel de No. 6, e vi nos comentários da aba do livro que Battery foi o primeiro sucesso da Atsuko Asano. Eu não fazia ideia. Estou agora me apaixonando de novo por No. 6, que eu vi na época em que foi lançado, por dois motivos: escrita e caracterização. A tradução está bem legal, a forma dela de expor os eventos é deliciosamente envolvente, fora que a dinâmica dos protagonistas nas duas obras é muito interessante. Então, estou com ainda mais hype pra Battery. Espero que um dia lancem o livro de Battery por aqui também!

    Enfim, até mais! E torço pra ver mais posts da série por aqui! ^_^

    • Olá, Chell! 🙂
      Estou bem, e você?
      Achei necessário colocar esse tipo de pesquisa no post, porque eu também aprendi tudo o que sei sobre o esporte por causa de anime, então a nossa noção fica bem vaga. É legal pesquisar sobre um esporte que você está interessada, nem que seja para ver um jogo e não participar dele, e entender o que se passa. Acaba que eu também aprendo, e começa essa troca de informações.
      Eu não li Nº6 ainda, e também não vi o anime, mas pretendo. E achei legal você comentar isso, porque senão eu não ia saber. UIHDSFUISH
      Também ficaria feliz se lançassem a Light Novel aqui. NEW POP, FICA A DICA!
      Obrigada por comentar e acompanhar o post! Até mais o/

  3. Post obrigatório pra fazer a meia hora gasta checando intro de animes valer a Pena
    Ping pong teve a poulette Antes de zankyou
    Pronto posso morrer em paz
    Otimo post tama-chan e ótima escolha pra aposta

  4. Esse anime me conquistou de cara, da sinopse ao resto , as músicas então, são lindas*-*
    Himeko Subs fará ele com todo o prazer do mundo, xD.
    Aliás, belo post, Tamao-chan o/
    <3

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