No começo do anime o clube estava às moscas. A Chika entrou mas ela nem sabe tocar nada, então de que adianta? Daí a Narushima entrou e um monte de gente entrou depois, porque a conheciam e queriam tocar música com ela. Ainda não era o suficiente para entrar em concursos, mas já era bastante gente. Depois o Sei entrou para a banda e mais uma legião de pessoas o seguiram – nesse caso, pelo menos parte dos ingressantes são garotas que apenas o acham bonito. Será que já terminaram de formar a banda? Em número absoluto de pessoas acho que sim, mas ainda falta pelo menos um percussionista.

Sem problema! Existe um percussionista na animação de abertura, então logo ele deve entrar. Tem pelo menos mais um personagem que aparece na abertura que eu acho que não apareceu no anime ainda. Então, basicamente, saíram de quatro membros para cerca de quatro dezenas (talvez um pouco menos) e só 2 recrutamentos foram feitos durante os episódios, até agora, e creio que haverão mais dois. Nunca foi tão fácil salvar um clube de música!

E está tão fácil que esse episódio pôde até dar-se ao luxo de ignorar completamente a banda. Na verdade, os membros principais da banda (e no final até o professor) também a ignoraram completamente enquanto resolviam um problema doméstico do Haruta. O mistério foi divertido, mas onde esse anime pretende chegar e que história ele está tentando contar?

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Bubuki Buranki não é Rakugo Shinjuu mas também tem personagens contadores de histórias! E juro que isso era para ser uma piada. Não vou nem pedir desculpa, foi ruim demais, eu sei. A garota da imagem de capa do artigo é a Migiwa, a mãe do protagonista Azuma, quando era mais jovem e ouviu uma piada minha lutou contra a Reoko.

Deve se lembrar que ela vivia com sua família feliz em uma ilha flutuante paradisíaca botando robôs gigantes para dormir, até que um dia por motivos de saúde e crianças xeretas foi forçada a enviá-los para a superfície. Dez anos se passaram, o mundo se tornou um reino de terror (disseram isso literalmente nesse episódio) e Azuma voltou para reunir-se com seus companheiros, despertar o robô de sua mãe, e ser heroicamente derrotado pela Reoko!

Depois de dois episódios a 100 quilômetros por hora nesse resolveram fazer uma parada no Frango Frito e contar porque afinal de contas tudo aquilo estava acontecendo.

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No primeiro episódio o Kei descobriu que era um ajin do único jeito que parece ser possível descobrir um ajin: morrendo. E desmorrendo em seguida, para assombro geral e desespero pessoal. Descobriu também que seus colegas de escola eram uns merdas e que o amigo que ele rejeitava era o único amigo de verdade que ele tinha. Quero dizer, não, a impressão que ficou é que ele já sabia que seus colegas eram uns merdas e que o Kaito era o único em quem podia confiar. Não acho que ele confiasse sequer na própria mãe. Talvez na irmã. Ele ligou para o Kaito, o Kaito veio.

E eles fugiram. Nesse segundo episódio continuam em fuga. Praticamente nada mudou, a polícia continua tentando fechar o cerco contra ele, ele não pode confiar em ninguém, a família dele está sendo severamente interrogada, essas coisas. Mas aos poucos o anime revela que os ajins, além de não morrerem (o mais correto seria dizer que o poder deles é ressuscitar, não a imortalidade, mas para todos os efeitos dá no mesmo), têm outras características também. O que exatamente é um ajin? Quais das características do ajin Kei são exclusivas dele e quais são comuns a todos os ajins?

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Sim, é verdade! Passarei a cobrir Myriad Colors Phantom World semanalmente aqui no blog a partir de agora. Gostaria de ter começado a escrever antes, mas eu realmente precisei usar a regra dos três episódios nesse anime. Não exatamente para decidir se continuaria assistindo (eu faria isso de qualquer jeito), mas sim para saber se realmente teria algo para falar sobre ele.

Assim como o Fábio disse no artigo de primeiras impressões, Phantom World está longe de ser o que de melhor a KyoAni já fez. Porém, tem sido divertido acompanhá-lo, especialmente pelo evidente esforço em preencher seus episódios com altas doses de “nonsense”. Uma das coisas que me agradaram muito, além do nonsense, foi a estrutura que os seus episódios possuem: no início, sempre são apresentadas “pesquisas” ou “conceitos científicos” que serão utilizados para embasar os acontecimentos que veremos no desenrolar do respectivo episódio; depois vemos isso ser adaptado ou até mesmo desconstruído para causar o efeito cômico desejado. Eu já havia lido algumas pesquisas semelhantes às citadas (aparentemente, gosto de “conhecimento inútil” tanto quanto o Haruhiko…), mas é claro que elas são apenas uma base para o anime (e no sentido mais descompromissado possível da palavra).

Em suma, o que eles fazem especificamente é apenas explicar um conceito e depois usar muitas drogas teorias misturadas, para tentar deixar o público meio pirado mesmo. Então é melhor a gente evitar questionar a parte “científica”, por enquanto, e partir para o que de fato aconteceu nesse mundo psicodélico estranho até agora. Vamos lá?

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O humor do grupo e as relações entre eles melhoram ou pioram conforme eles conseguem dinheiro pra passar mais um dia vivos. Faz sentido, é assim na vida real – quando começa a faltar dinheiro famílias se desestruturam e melhores amigos que moram juntos saltam no pescoço uns dos outros. É tão lugar-comum que é usado como mero dispositivo de enredo em diversas histórias. Em Grimgar, pelo menos até agora, isso não é apenas um truque mas parte importante do que faz a história (junto com a questão moral, que comentei no artigo anterior, e com a amnésia dos personagens, da qual falei já nas primeiras impressões).

Os garotos estão tentando viver juntos, sem lembrar de onde vieram e encarando uma perspectiva de futuro moralmente questionável. Isso resume Grimgar – pode ir lá falar pro seu amigo que ainda não está convencido a assistir para ver se isso o tira da inércia. Sobre o tema principal desse episódio e desse artigo, já há uma boa quantidade de desafios para famílias ou para melhores amigos viverem juntos, como nos exemplos que eu dei. E completos desconhecidos então?

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Ahn, na verdade, vai acreditar sim. Não é nada excepcional ou sequer inesperado. Eu só escrevi o título desse jeito porque estou treinando para ser redator do Buzzfeed e outros sites cujo manual de redação obriga a escrever títulos caça-clique. Mas eu nem quero entrar para o Buzzfeed ou qualquer site desse tipo. Pensando bem, não tenho uma boa explicação para isso. Enfim, não fique nervoso comigo. Você pode acabar perdendo a cabeça!

Título caça-clique que não corresponde exatamente ao conteúdo, enrolação e piada ruim, eu realmente poderia ir para o Buzzfeed, hein? Enfim, a parte sobre eu ter lido esse trecho do anime no mangá é verdadeira. Fiquei curioso e fui ler, e já quero esse mangá lançado aqui. Parei de ler no exato ponto em que o episódio acabou, então não poderia dar spoiler nem se eu quisesse, fique tranquilo quanto a isso. Quero dizer, poderia, o mangá tem todo um arco desenvolvido e que foi totalmente pulado nesse episódio. É possível que coisas ignoradas sejam relevantes no anime mais tarde, ou que contem o que aconteceu no mangá ainda, de outra forma. Mas vou evitar as informações mais sensíveis, então relaxe e leia esse artigo!

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A imagem de uma mulher representando o conceito de liberdade é antiga. E com “antiga” quero dizer, naturalmente, que na cultura ocidental surgiu com gregos e romanos. Virtudes deificadas, normalmente estátuas e templos eram erigidos em seu nome após vitórias militares. Na Idade Contemporânea as suas versões mais famosas provavelmente estão no quadro A liberdade guiando o povo, de Eugène Delacroix, que é uma versão revolucionária do conceito de liberdade e se transformou em Marianne, símbolo da república francesa (que por sua vez inspirou a Efígie Republicana usada em vários países, como Brasil, Argentina e Portugal), e a Estátua da Liberdade, do também francês Frédéric Auguste Bartholdi.

Em Gundam: Iron-blooded Orphans esse papel cabe não a uma divindade ou personificação de um conceito, mas a uma pessoa real, de carne e osso: Kudelia. Mas ela ainda não está pronta para isso. Como não estava pronta quando criança para alimentar os pobres, ela hoje ainda não está pronta para lutar pela liberdade. Pronta ou não, é o que ela vem tentando fazer. Ela não luta a luta revolucionária de Delacroix, preferindo o caminho diplomático, o que é uma escolha tão válida quanto mas talvez não seja possível. Sua boa vontade está sendo manipulada em uma disputa de poder por Nobliss Gordon, cujo plano é matá-la para que ela deixe de ser real e se torne, como todas as que vieram antes dela, apenas um conceito abstrato.

Pessoas e instituições poderosas como Nobliss Gordon, McMurdo Barriston (da Teiwaz) e a Gjallarhorn não tem o menor interesse em liberdade ou revolução, se preocupando apenas com o que podem ganhar ou perder em cada cenário. Os miseráveis não têm como ir muito mais longe do que Savarin (irmão do Biscuit) ou Fumitan, se esforçando para subir na hierarquia de alguma instituição exploradora tradicional e tentando usar sua posição para conseguir um bem para os seus – mesmo que isso seja à custa de outras vidas. Talvez a morte de Fumitan seja o que faltava para Kudelia assumir seu papel como Donzela da Revolução, sabendo que está à mercê de poderes muito maiores que os dela mas evitando ser cegamente manipulada. Assim ela irá se aproximar da imagem idealizada da liberdade que ela e Fumitan viram em um livro (e que claramente se inspira no quadro de Delacroix, adaptando-se aos temas do anime).

A Grécia Antiga tinha Eleutéria. Roma tinha Libertas. A França tem Marianne. E Gundam: Iron-blooded Orphans tem Kudelia Aina Bernstein.

Agora eu já decorei os nomes deles. Yakumo se chamava Ken e seu mestre (Yuurakutei, o então mestre Yakumo) o chamou de Kikuhiko. E o Sukeroku eu não me lembro seu nome de nascença, mas Yuurakutei o deu o nome Hatsutaro. Mas vou continuar chamando os dois de Yakumo e Sukeroku porque a história deles é apenas uma história colateral, não importa como eles eram chamados, importa como eles são conhecidos pelos personagens no presente na linha principal do enredo.

E vou continuar reclamando sim do anime estar gastando tanto de seu tempo com um flashback, mesmo dito flashback sendo uma história interessante. Ele poderia pelo menos ser contado de forma interessante, mas o anime terá apenas 13 episódios então não tem como fazer melhor. Não é a história principal, não deveria tomar tanto tempo para começo de conversa, e caso se revele no fim das contas a história principal então não só pelo primeiro episódio que despista mas pela própria narrativa desse flashback Rakugo Shinjuu terá sido um anime péssimo. Como história auxiliar pode passar ainda. Veremos.

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Efeito Borboleta é o nome dado a um fenômeno presente em sistemas caóticos. A formulação popular é a seguinte: algo tão pequeno quanto o bater das asas de uma borboleta pode, por uma sequência de eventos em cadeia, provocar um furacão em um lugar distante. O uso de “provocar” é inadequado, bem como toda a formulação, porque dá a entender que apenas o bater das asas da borboleta é suficiente para que o furacão se forme, quando na verdade o que ocorre é que em uma grande massa de dados, um grande conjunto de variáveis, uma alteração pequena em apenas uma delas pode modificar bastante o resultado. A metáfora meteorológica é adequada porém, já que o cientista que cunhou o termo estava tratando justamente de meteorologia. Em um caso específico, uma pequena mudança nos dados fez a previsão de uma tempestade em um lugar mudar para um tornado em outro completamente diferente – que de fato ocorreu. De todo modo, perceba que mudou de tempestade para tornado, e não de nada para furacão.

Graças ao filme de mesmo nome, o Efeito Borboleta é popularmente associado com mudanças drásticas causadas por pequenas alterações em uma fictícia viagem no tempo. É difícil, hoje em dia, assistir uma história sobre viagens no tempo (mais especificamente, retorno ao passado) e não pensar em grandes alterações (frequentemente inesperadas e indesejadas) no presente. Esse é basicamente todo o mote do filme Efeito Borboleta. E no primeiro episódio eu conjecturei se algo assim poderia acontecer – Satoru acabaria alterando demais o passado, modificando coisas que ele não queria modificar. Não cheguei a escrever sobre isso nos artigos anteriores mas nesse acho que se tornou muito importante. Mas é uma espécie de inverso do Efeito Borboleta: Satoru está encontrando dificuldade em fazer as coisas diferentes. Pelo menos foi a impressão ao longo do episódio. No final ele parece ter conseguido mudar pra valer alguma coisa, mas será que agora não vai começar o efeito verdadeiro e ele se arrependerá das consequências?

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Eu não acho que o Sei tenha sido excessivamente dramático nesse episódio. Claro que ser um filho adotado pela primeira vez contatado pelos pais verdadeiros é um turbilhão denso de emoções e cada pessoa vai lidar com isso de um jeito diferente. É sem dúvida menos pesado do que perder o irmão mais novo, como foi o caso da Narushima no episódio anterior, mas ainda assim é uma barra para um adolescente lidar sozinho.

Por que o título, então? Porque eu sou engraçadão pra caramba e isso é só um trocadilho com o envolvimento do Clube de Drama e o teatro improvisado que foi o cerne do episódio. A minha idade e meu senso de humor me qualificam, se estiver precisando de um Tio do Churrasco não hesite em me convidar para seu próximo domingo ensolarado alimentado à carne assada na brasa!

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