E vindo com mais uma amostra da leva de isekais que teremos nessa temporada, vos apresento uma obra cuja proposta é narrar as aventuras de um grande mago – e velho – que num evento aleatório acaba se tornando uma bela e jovem maga, pronta para experimentar as novidades do mundo fantasioso que tanto gosta e no qual é largamente reconhecida pelo seu outro eu.

Derivada de uma light novel, essa adaptação conta a história de um cidadão que jogava um MMORPG cuja imersão e as várias ferramentas permitiu aos jogadores criar grandes impérios e vivienciar a “magia” daquele mundo ao máximo.

Seu avatar é o mago Gandlf e ele assim como seus companheiros, é reverenciado pelas suas conquistas e poder, mas um dia ele simplesmente some, o jogo é desativado e quando os dois “voltam”, o jogador acorda diferente e experimentando mais realismo que o normal no jogo.

Sinceramente essa foi uma estreia que me agradou, por explorar daquele jeitinho que gostamos, a ideia dos MMORPG e o funcionamento desses mundos. O Ark Earth Online me pareceu fantástico para jogar e me pergunto como seria ter um game com tanta imersão e opções disponíveis para o jogador se desenvolver.

Nos primeiros minutos o anime foca em introduzir todo o sistema do jogo de uma forma bem simples, mas funcional, para que captemos a essência de como cada avatar pode interagir com o mundo, o que são as nações, como elas se constroem, as razões de haverem guerras internas e etc.

Chegando a nação de Alcait, a obra explica o porque de aquela ser uma nação abrigo para os magos, resumindo de forma interessante como ela se desenvolveu unindo a todos e fazendo uso do potencial dessa classe caçada e um tanto menosprezada pelas guerras.

O grupo ao qual o Gandlf pertence me pareceu bem legal, mas acredito que os que mais chamam atenção além dele próprio, são o Soul Howl – que se destaca mais pelo visual badass – e a Luminaria que não só tem beleza, como ainda mostra que poder não lhe falta para ser tão ou mais reconhecida que o Gandlf.

Mas falando do protagonista, achei ele um barato e a graça nele já começa pela caracterização que descaradamente escancara de onde vem a referência completa – não é, Senhor dos Aneis. Outra coisa bem engraçada que vi nas primeiras cenas, é como o Gandlf e os outros jogadores realmente parecem imergir no papel que tem dentro do jogo, só deixando seu lado real assumir fora da presença dos NPCs – que obviamente não vão processar que eles não são parte daquele mundo virtual.

Gandlf também tem um senso de humor singular no que tange a forma como ele próprio luta e o momento em que ele vai lutar com os monstros deixam isso notório. Tive que rir quando tudo começa querendo montar um cenário épico e sério, até o mago convocar o espírito da trilha sonora para dar um toque de estilo ao seu clímax.

A parte da batalha em si, teve como positivo a ação do protagonista, mas em termos de ação, ainda acho que poderia ter sido um pouco melhor, com umas lutinhas menos “por cima”. O CG não é dos melhores, mas está bem longe de ser um desastre que destroi o anime, acredito que conforme a história ande esse setor possa melhorar já que vai poder explorar outras coisas com a mudança no Gandlf para Mira.

Por fim, a estreia nos entrega 5 minutos finais de pura apreciação com a mudança repentina do mago, e a inserção “isekaiada” dele no mundo do jogo. Penso que muitos podem ter achado essa parte estranha, mas embora não seja algo ao qual estamos acostumados, ou que pareça uma solução pobre da direção, até que foi interessante.

Acho que escolheram um caminho mais “uma imagem vale mais que mil palavras”, que ao menos para mim funcionou. No mais, estou bem curioso para ver como essa mudança vai afetar a vida da nova Mira, seu status e o relacionamento dela com a turma, em especial com seu rei e amigo íntimo, Solomon.

Kenja no Deshi wo Nanoru Kenja faz sua estreia com uma animação bem mediana e se introduzindo de forma básica e simples, mas em suas limitações, ele consegue entregar uma primeira impressão decente e que me deixa com vontade de saber como vão trabalhar com essa história daqui para a frente, por conta dos seus bons elementos e personagens.

Agradeço a quem leu e até a próxima!

 

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