Yami Shibai chega a sua décima temporada e parece que está será a última, ao menos é o que o encerramento dá a entender. E já estava na hora de acabar a dinastia do melhor anime curto de terror? Eu acho que sim, mas ainda assim, há bateria para queimar, vamos ver com o quê.

Nesse episódio de estreia da décima temporada vimos o caso de um trabalhador de fábrica que ouvia vozes vindo de cabeças de manequim. Parece uma história “divertida”, né? Não, com certeza não foi, ao menos não para o amigo ouvinte que morreu depois desse “papo cabeça”.

Sobre esse caso só tenho duas pontuações a fazer, primeiro que por um lado o conto me parece perder força pela manutenção da vida cotidiana do protagonista, segundo que por outro lado talvez o terror esteja presente justamente nisso, na manutenção do status quo.

Simbolicamente esse pode ser um retorno as “origens” do anime, que até onde lembro acertava muito em desfechos abertos, geralmente amargos, mais do que em histórias que se fechassem em si. Essa não foi exatamente a história mais criativa, mas foi um pouco aterradora sim, vai.

Em todo caso, penso que o ideal seria ocupar a lacuna que Yami Shibai deve deixar com alguma outra produção com pegada parecida. Resumindo, de terror, agora, como vão explorar o gênero é a questão. Manter a dinâmica episódica e o tipo de animação seria uma cópia genérica.

E Yami Shibai, para o bem e para o mal, é único. Não é todo curta que sobrevive a dez temporadas, mais de 100 episódios e quase 9 anos de exibição na TV. A série animada tem seus méritos, e um deles foi se manter relevante mesmo com todas as ressalvas que possamos fazer.

Até a próxima!

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