The Marginal Service é um anime original do Studio 3Hz dos gêneros ação, policial e sci-fi. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Existem aliens entre nós! Conhecidos como “Seres Marginais”, eles existem escondidos na sociedade, convivendo incógnitos entre os humanos. Mas quando atos terroristas inexplicáveis começam a explodir em frequência, é criado o Serviço Marginal, uma nova organização é criada para cuidar dos crimes envolvendo Seres Marginais e ocultar sua existência ao máximo. Esta é a história dos agentes de elite que confrontam os Seres Marginais todos os dias em sua missão para proteger a Terra.”

 

Ultimamente os animes originais com uma pegada mais bem composta (de um estúdio bom, com um estilo de animação mais moderno e tramas urbanas) têm me agradado bastante, apesar de eu geralmente só ver suas estreias. Por quê? Porque basta elas para que eu veja potencial em suas tramas, potencial para mais que o “ostracismo.”

Ser original ou não não e sinônimo de nada, mas você, se tem anos suficientes nessa indústria vital, deve ter uma noção do que estou falando, que não é incomum animes originais mostrarem inconsistência em suas histórias, como se passassem por menos mãos, e mãos menos apuradas, do que acontece com histórias de mangás e light novels.

Não é nem um juízo de valor sobre a qualidade exatamente, mas a capacidade de se encaixar nos padrões da indústria e, de quebra, mesmo se com uma história ruim, apresentar a capacidade de prender o caro telespec. Em todo caso, é verdade que estreiam não cravam nada, no máximo indicam, e aqui indicaram que Marginal Service pode ser bom.

Bom em quê? Bom como? Bom como anime de ação ou anime policial? Bom como anime de comédia ou drama? Menos o primeiro e o último e mais os outros dois, pois a parte policial e a comédia gerada através dela acabou chamando mais a minha atenção nesse episódio. O drama não parece guiar a trama e a ação virou secundária a certa altura.

E nisso acho que essa estreia pecou um pouco, pois investiu menos em drama a fim de humanizar, de caracterizar, o protagonista como poderia. Por outro lado, a exploração do novo parceiro do herói a fim de promover uma comédia inusitada (de acordo com seu perfil) fez o anime se encontrar e terminar a estreia em uma crescente quanto a essa veia cômica.

Também senti falta de uma maior e melhor exploração dos “fronteiristas,” os seres que dão norte a trama. Ainda assim, é inegável a utilidade de caracterizar o chefe como um deles, não arrastando o arco dramático inicial do prota e dando uma noção bem crível de como estão misturados a sociedade e como podem ser problemáticos a ela.

As roupinhas coloridas (pique Power Rangers, que são a versão ocidental dos Super Sentais japoneses) foram uma graça a parte, jogando fora qualquer remota intenção de seriedade que pudesse restar na trama, com isso abraçando uma jocosidade super válida, afinal, até ali o anime não havia investido demais em seu drama, apenas usando-o de fundo.

Por fim, indico The Marginal Service? Se procura um anime original bem animado com potencial para a comédia e cara de que pode (ainda que vezes caricata, clichê) ser uma trama policial decente, acho que vale a pena dar uma chance a esse daqui. É MIB pique Power Rangers, e as duas coisas são daora, por que essa não pode ser?

Até a próxima!

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