Invocado Para Outro Mundo… De Novo?! (Isekai Shoukan wa Nidome desu) é um isekai harém de ação, comédia e romance do Studio Elle que adapta a light novel escrita por Kazuha Kishimoto e ilustrada por Arashiyama. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Setsu havia sido invocado para o mundo de Eclair, onde ele impediu uma guerra entre humanos, homens-fera e demônios. Ele tornou-se um herói, conquistando uma paz que superava todas as barreiras raciais, e voltou para seu mundo após o fim da guerra. Apesar de reencarnar como bebê, ele reteve todas as memórias e poderes do outro mundo. Mas ao chegar na época do colegial, ele foi invocado novamente para a Eclair de cinco anos depois, onde a guerra ameaçava a paz no mundo novamente…”

 

Isekai Shoukan me causou um certo incômodo pela vibe de “segunda temporada” que ele passa ao nos apresentar a uma história que só existe por causa de outra e, na moral, parece menos interessante que a citada. Será que não seria mais legal ver o herói com o “mindset” de prota de isekai fazendo altas serelepices no nosso mundo? Fica a reflexão.

Apesar disso, o anime não é tecnicamente ruim ou particularmente mal escrito. Contudo, em poucos minutos apelar para uma caracterização fetichista e um tanto quanto hardcore de uma de suas heroínas quebrou toda a seriedade com a qual a trama era conduzida até aquele momento. Por outro lado, foi um alento ver logo sua “verdadeira face.”

Ademais, a caracterização, seja da heroína/amiga de infância ou dos antigos companheiros de party, não foge muito do comum ao gênero. No máximo posso chamar atenção para a potencial dualidade entre o protagonista e o vilão/seu rival de outrora, porque acho que seria um desperdício não explorá-la a fim de trazer o mínimo de área cinzenta a história.

O mundo é conhecido (pelo protagonista), a guerra também, então gerar fatos novos a partir de fatos velhos seria uma forma de tornar o inevitável sucesso do herói menos enfadonho/previsível. Eu nem comento o fato da amiga de infância ser apelada também, porque é outro escape do roteiro para promover “falsa” adversidade ao protagonista.

Em todo caso, antes uma adversidade (e com ela a necessidade por outros personagens com poderes decisivos) maniqueísta que adversidade alguma. Eu mal posso esperar para ver o que o vilão/rival trará a trama, pois acredito em seu potencial para ir além da estreia com acertos e erros, mas, principalmente, o mínimo para agradar a gregos e troianos.

Porque, convenhamos, ainda que a abordagem inicial não tenha sido inovadora ou super cativante, a ideia de voltar mais uma vez a um outro mundo (e um mundo de fantasia, para ser mais exato) possui um potencial enorme se bem aproveitado, até para “maquiar” um dos maiores pontos fracos do isekai contemporâneo, que é a falta de “problemas reais.”

Por fim? Indico nosso perspicaz “De Volta do Isekai 2: A Missão?” Se for fã de isekai indico sim, senão for talvez não, até porque há outros animes da mesma temporada que exploraram melhor a ideia em suas estreias, talvez valha mais a pena gastar seu tempo neles. Para decidir, vale a regra dos três episódios com esse aqui, assim terá o seu parecer definitivo.

Até a próxima!

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