Crônicas de um Aristocrata em Outro Mundo (Tensei Kizoku no Isekai Boukenroku: Jichou wo Shiranai Kamigami no Shito) é um anime isekai de ação, comédia e aventura dos estúdios Magic Bus e EMT Squared que adapta a light novel escrita por Yashuu e ilustrada por Mo. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Após morrer protegendo uma jovem desafortunada, Kazuya Shiina acorda no tipo de mundo com o qual sempre sonhou: um mundo de magia e espadas! Ele reencarna como Cain von Silford, terceiro filho de uma família aristocrata. Em seu quinto aniversário, ele é submetido ao tradicional batismo na igreja… e os deuses lhe conferem inúmeras bênçãos divinas, além de atributos que só podem ser descritos como extraordinários! Nesta nova vida, seja na guerra, no amor ou nos estudos, ele sempre se sobressai um pouco demais, e logo percebe que esforço e dedicação só o colocam em apuros!”

 

Cain não é nenhum João Guimarães Rosa, mas só consegui me lembrar de sua icônica passagem de Grande Sertão: Veredas, o que não significa que a light novel que deu origem ao isekai é “fino trato,” mas não quer dizer que não seja também, não sei.

O que sei é que esse anime me cativou por sua alta dose de comicidade e por, ao menos a princípio, não se levar tão a sério. Digo, ele abraça o absurdo de cara e por mais que tente balancear isso com perigo a prazo, convenhamos, faz sentido?

Se deuses deram ao prota poder acima da conta, então por que não o usam eles quando o perigo que se aproxima chegar? Por que assim não será divertido? Pelo menos o isekai pinta deuses como humanos, seres um tanto quanto bem-humorados e tendenciosos…

Em todo caso, sério, não tem nada que aprofundar aqui, esse é só mais um isekai genérico de nobre que na verdade é uma pessoa que veio de outro mundo. Pelo menos esse entende o que é, se assume e procura brincar com suas próprias piadas.

Funciona? Eu curti, mas eu sou rato de isekai, não sou referência, então se ver alguém falando mal do anime, olha, não tiro o direito e nem a razão da pessoa, pois, ainda que a embalagem tenha seus floreios, o conteúdo não varia muito mesmo.

A estrutura do mundo é estabelecida já na estreia, o protagonista tem um destino convenientemente traçado e se você me disser que a cena dele chorando no túmulo de alguém significa mínimo senso real de perigo eu diria que você está zoando.

Por outro lado, a baixa expectativa é boa porque está aí para ser confrontada, para ser batida. Eu duvido muito que isso vá acontecer aqui, ainda que esse elemento de perigo (essa suposição) seja bem-vindo. Mas eu não vejo isekai por isso, sou sincero.

Por fim, isso é isekai para quem gosta de isekai, e esse comete um erro, não tem uma “piada” forte. O do assassino tinha um fuckin’ assassino como prota, os de otome game têm urgência crível e os mais famosinhos pelo menos são melhor embaladinhos.

Na boa, o prota ser corajoso quando envolve garotas fofas não é piada, e o resto já está todo muito genérico. Ainda assim, me diverti, mas vamos ver como segue com ele maior se aventurando, sabendo que pode ser corajoso e tá tudo bem.

Até a próxima!

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