Eu gosto tanto de Log Horizon que é até difícil dar esse adeus agora, mas enfim, chegamos ao último episódio e não há o que fazer. Se por um lado fico triste com o primeiro fato, por outro, saio mais do que realizado com as pontas fechadas aqui e o desenvolvimento de alguns personagens, então vamos ao grand finale?

Acredito que quem pegou as pistas do encerramento do anime, conseguiu sacar que essa temporada tinha um propósito a cumprir com algumas figuras, e nessa reta final penso que mesmo quem pouco ficou em evidência, conseguiu extrair algo de bom nesse arco conclusivo – estão aí as gêmeas antigas para não me deixarem mentir.

A Akatsuki teve um ótimo arco na segunda temporada e agora eu vejo que aqui, o papel dela era basicamente ajudar a Minori a construir o que ela conseguiu, bem como dar evolução a sua relação com o Shiroe. Para quem me acompanhou desde o começo, nem preciso expressar a minha alegria quanto a confissão dos dois, não é verdade? – tá certo que foi isoladamente, mas o que vale é o sentimento confirmado.

O Ereinus que se mostrou tão forte, no fim era um mini boss fraquinho, que na realidade usava o desespero dos outros como uma forma de conter a sua frustração, o que vale salientar, foi bem interessante de se assistir, mesmo que a falta de tempo não tenha contribuído para tornar isso ainda melhor.

Mesmo ocupando uma posição antagônica, é curioso como esses seres tem toda uma consciência para além de causar estragos. Eu já tinha visto sinais no episódio da Youren e aqui apenas confirmei como os gênios são bem pensados – ainda que não tenham sido tão bem explorados no momento.

Particularmente o diálogo da Lelia com ele me chamou atenção, porque ali eu pude entender as questões que rondavam a mente do gênio, como também vi que as antigas não são só um elemento cômico e aleatório, em especial a mais velha – característica essa que gosto bastante na obra, a capacidade de transformar qualquer personagem em alguém necessário para o enredo.

Realmente deve ser difícil conviver com o “abandono” do jogo, ao mesmo tempo em que não podem crescer mais com os outros aventureiros, relegadas ao status de dispensáveis. Elas são parte da história do Elder Tale, criadas desde os primórdios, onde está o respeito, o mínimo de consideração com essas heroínas e guardiãs do povo?

Para a monja e sua irmã, o apoio da Minori, da Log Horizon e dos outros aprendizes, as incluindo como parte do grupo, independente da força delas, é o gatilho que ativa a vontade de lutarem de novo e continuarem resistindo ao destino que forçam nas duas, pois apesar de não reconhecidas, são elas que prestam apoio a quem precisa e controem essa importante ligação entre aventureiros e NPCs.

No momento em que a raid parte para cima, eu gostei da forma como todos puderam dar a sua contribuição de forma eficiente, sem que ninguém especificamente assumisse um papel de protagonismo e destaque acima dos outros. Pontuo a esperteza do roteiro ao utilizar os detalhes das habilidades da Isuzu para descobrir o ponto fraco do inimigo.

Todo esse arco foi muito competente em fortalecer a Minori e dar uma conlcusão a sua trama principal, no caso a coisa do sentimento em relação ao Shiroe. Como eu tinha dito antes, isso já se arrastava há um bom tempo, então já era hora de decidirem para onde a obra iria nesse sentido.

Acho que o Shiroe soube lidar gentilmente com a confissão da garota, mesmo a rejeitando, porém essa pequena derrota no final, é apenas parte do que vai construir uma Minori ainda melhor – e livre de um sentimento que estava se tornando um fardo emocional -, porque ela já mostrou que tem muito a oferecer no futuro como estrategista e líder.

Esse momento também privilegiou a própria Isuzu, que graças a amiga e ao Ereinus, conseguiu perceber o erro no qual estava incorrendo, desconsiderando o sentimento alheio e o bom senso. Para ser honesto eu esperava que ela se desculpasse com o Rudy também, mas ter reconhecido que falhou em várias coisas e ido até ele pedir ajuda, já é um caminho.

Creio que depois de pequenos arcos focados em diferentes personalidades como Rayneshia, Elias e Minori, se tem uma lição que posso tirar dessa temporada é que, a vontade de melhorar, quebrar os limites, é o que vai determinar seu sucesso, seja lá de que modo ele venha – o que é uma verdade.

No fim, aqui se conclui bem e de forma redondinha uma fase, mas fica o gancho dos próximos capítulos dessa história, que é a missão diplomática no território de Minami. É aquela história, Log Horizon acabou, mas não acabou, ainda tem muito chão entre o trabalho político, a luta com os gênios e a ida a Lua, só nos resta esperar o desenvolvimento dessa continuação.

Agradeço mais uma vez a quem leu este artigo e até a próxima!

EXTRA: Eu precisava colocar aqui esse momento, porque sim.

 

 

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