Sabe aquele clichê do shonen clássico que muitos autores não sabem usar? Então, Sabikui Bisco conseguiu trazer isso de forma assertiva sem estragar o episódio. Foi o melhor dos três até o momento e, seguindo a regra dos três primeiros episódios, será que é um anime em que vale a pena investir?

Sem enrolações, é bom deixar claro desde já que sim. É um ótimo anime! Tem um grande potencial e ideias bem únicas, mas que faz questão de manter aquele clichezinho clássico que todo mundo ama.

Já no início, temos a batalha entre Bisco e Pawoo. Uma batalha bem animada, mas nada muito acima da média. Até o momento não sabemos muito sobre Pawoo, além de ser irmã mais velha de um dos protagonistas e um tipo de líder militar.

Não restam dúvidas de que ela será a clássica personagem feminina mais bad**s do anime. Ela tem uma personalidade bem forte que lembra muito a Erza Scarlet de Fairy Tail.

Mesmo ela tendo seu arco na história (até o momento,  nada muito complexo), fica a esperança de que o anime traga mais sobre suas motivações.

O que faz com que ela, mesmo com os dias de vida contados, ainda lute para proteger os inocentes? Será apenas amor ao próximo? Um senso de justiça? Algum trauma que ela quer evitar que outra pessoa sofra?

Pode ser também a “síndrome do irmão mais velho”, que é aquele intenso medo de falhar e dar um mau exemplo a quem a respeita.

Como já tinha sido mencionado semana passada, o foco não foi a luta em si, mas sim o desenvolvimento da relação entre os personagens principais.

A forma com que os dois protagonistas interagiram nos episódios passados e agora descobriram que irão juntos numa jornada para salvar o mundo teve uma leve, mas bem leve, pitada de clichê, mas, calma, não foi ruim. A conversa entre os dois foi simples e direta e teve uma conclusão ali mesmo.

Muitas outras obras esticam essas decisões que os personagens precisam tomar (às vezes, até o fim do anime), mas aqui foi algo simples, direto e resolvido: Vamos juntos e pronto!

Já está estabelecida para a próxima semana qual é a relação de Bisco e Milo, que é de aliados que vão se conhecendo no decorrer da história, e teremos mais espaço para aprofundar outros personagens e pontos da trama.

Falando em aprofundamento, esse foi o episódio que mais trouxe respostas em relação aos cogumelos, à doença da ferrugem e à forma de resolver todo esse problema. Toda a caminhada e luta de Bisco ficaram muito mais claras agora.

O roteiro soube explorar bem o velho Jabi, mentor do protagonista, como um recurso para que algumas coisas de suma importância fossem esclarecidas. Ainda que ele tenha tido esse papel, explicar o roteiro não foi a única função dele aqui.

Ele foi fundamental para que o autor começasse a explorar o lado mais humano de Bisco, seu “pupilo”. Foi ao ver seu mestre vivo e de pé que Bisco se emocionou, mostrando que realmente tem coração e quer mesmo ajudar.

Com a animação no mesmo padrão dos episódios passados, esse terceiro foi, para mim, o melhor até o momento. Os próximos têm tudo para serem ainda melhores. Será que o clichê vai estar solto e sem coleira nos próximos episódios ou teremos apenas surpresa atrás de surpresa?

Até a próxima!

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