Essa temporada foi marcada por novas empreitadas para a franquia, ainda que introduzir idols com o show em curso já tenha acontecido em Nijigasaki (cuja cobertura ainda vou terminar, juro!), é diferente fazer isso e anunciar uma terceira temporada incluindo uma ex-rival nos planos.

Antes de mais nada, friso que meu medo pela introdução das novas personagens (Kinako, Mei, Shiki e Natsume) foi varrido para o espaço. Adorei a atuação das seiyuus, seus designs, arcos de inserção na Liella! e, principalmente, o que de novo trouxeram à musicalidade do grupo.

Mesmo que as personalidades das quatro não sejam exatamente uma novidade, gostei de alguns detalhes de algumas delas. A Shiki, por exemplo, foi muito mais engraçada e “expressiva” do que eu esperava, enquanto a Natsume adicionou um ar de “malícia” ao grupo.

Já a Kinako começou bem, mas perdeu espaço ao longo da temporada. Ainda assim, ela foi muito estável na trama e a atuação da seiyuu foi muito fofa. A Mei cai no clichê da fã que virou idol, mas a sua relação com a Shiki foi preciosa, me lembrou a Kanan com a Mari.

Contudo, nem tudo são flores, as quatro foram um pouco mais “escanteadas” do que deveriam em comparação as suas senpais, e ainda que eu goste da ideia de se aprofundar nas dificuldades de adaptação delas, as novatas poderiam ter sido mais integradas ao todo.

Mas claro, isso é questão de estrutura e execução da narrativa, no que compete as performances delas e suas histórias de origem, a coisa fluiu muito bem, e isso mesmo com a Kanon seguindo em uma jornada que faria até o Naruto ficar com inveja. Tipo, muita.

Uma personagem que foi beneficiada por esse carisma colossal da heroína principal foi a Margarete Wien (aka Margarida), a rival que veio para substituir a SunnyPa!, arrasou em suas músicas, barbarizou nas entrevistas, mas no fim caiu no colo da mamãe Kanon.

A princípio não gostei de sua personalidade e da forma como ela aborda a Kanon, mas depois passei a achar sua presença na trama interessante. Contudo, faço uma ressalva, a reflexão que ela tenta trazer não perde um pouco de força quando ela se refugia na barra da saia da Kanon?

Outra coisa que esqueci de comentar nos meus artigos foi que não ficou tão claro se ela era uma fã enrustida da Liella! ou só admirava/invejava a Kanon. Em todo caso, não é como se ela fosse perder espaço na franquia agora, é justamente o contrário…

Mas antes de chegar lá, vale o elogio a como se preocuparam em realçar as interações entre as heroínas “clássicas,” provendo um momento épico e necessário entre Keke e Sumire, mas também bons arcos de desenvolvimento para a Ren e, em algum nível, a própria Chinatsu.

Sinto que, mesmo com a inserção das novatas, a Liella! se fortaleceu como quinteto, o que, por um lado, facilitou a inserção do quarteto e, por outro, ainda o deixou um pouco descolado da unidade do grupo. Como será que vão trabalhar isso na terceira temporada?

Não sei, só espero que seja divertido, minimamente criativo e artisticamente muito bonito; como foi a mudança de cinco para nove. Inclusive, adorei as músicas da temporada, a única ressalva que faço é ao encaixe da canção que dá o título do Love Live! as meninas da Liella!.

Aliás, a própria forma como a trama trabalhou esse objetivo foi muito simplória, até burocrática. Criaram um suspense safado sobre a vitória nas regionais para elas ganharem a grande final e isso passar batido frente a nova temporada e o intercâmbio da Kanon.

Se essa temporada teve um vilão esse foi o intercâmbio, uma ideia de jerico pelo quão foi forçada pela Chinatsu e eclipsou todo o resto na reta final. Ela faria mais sentido se rolasse um filme e ele encerasse as animações dessa geração, não se a ideia era uma sequência.

E olha que eu gostei do plot twist nos acréscimos do segundo tempo, mas que todo o circo armado era desnecessário, ah isso era, ainda mais se a Kanon não for mesmo viajar como a Margarida dá a entender que não irá. Kanon perdeu a viagem e ganhou uma “filha.”

Enfim, apesar de seu carisma ter se excedido em alguns momentos, não desgostei de como a heroína foi explorada nessa temporada, e aí faço uma observação sobre o plot do intercâmbio. Não gostei da forma como a coisa foi feita, mas a ideia por trás dela é muito boa.

Por quê? Porque era a forma mais coerente de promover uma terceira (e inédita) temporada para os animes da franquia. Se o Love Live! não é mais o limite, o que restaria a elas senão tentar expandir o nome da Liella! (a Kanon com a sua música) mundo afora?

O X da questão reside em como farão isso. Nunca houve terceira temporada, nem nada mais importante que o Love Live! (pelo menos para as gerações clássicas). E isso com mais idols… Será desafiador, mas, apesar dos deslizes no final, não tenho dúvidas de que valerá a pena assistir.

Por fim, não fosse o desencontro final essa temporada teria sido melhor que a anterior. Na média, ficou muito próxima a primeira, talvez passando pela adição das novas idols e como isso potencializou positivamente clichês, momentos emocionantes e o desenvolvimento do plot.

Love Live! está tentando ir além do que já fez até agora como franquia e isso é constantemente necessário a fim de seguir prendendo o interesse do público. Ano que vem teremos Sunshine in the Mirror, o curta da Niji e talvez já estreie a terceira temporada do Superstar!!. Tá bom pra você?

Pra mim tá ótimo, amo Love Live! e entre erros e acertos o que mais importa, a música, está ótima. Jamais abandonarei a franquia que me fez amar idols e segue de vento em pompa, inclusive com outros projetos paralelos que devem ser animados (e quando forem comentarei aqui).

Até a próxima!

Comentários