Preparados para mais um artigo de primeiras impressões?

Este é o terceiro artigo sobre os animes da temporada de inverno. Se você deseja ler os anteriores, confira nos links abaixo:

Artigo sobre Boku Dake ga Inai Machi, Dagashi Kashi e Rakugo Shinjuu.

Artigo sobre Prince os Stride, Nurse Witch Komugi-chan R e Haruchika – Haruka to Chika wa Seishun Suru.

Agora é a vez de discutirmos um pouquinho sobre Shoujo-tachi wa Kouya wo Mezasu e Norn9. Ambos são adaptações de visual novel e devem chamar a atenção de um público bem específico. Provavelmente não se tornarão nenhuma “febre” da temporada, mas isso não significa que sejam animes ruins ou que não irão agradá-lo.

Continue lendo e nos conte também a sua opinião sobre essas estreias!

Kuroda Sayuki.

Kuroda Sayuki.

Shoujo-tachi wa Kouya wo Mezasu, episódio 1 – Quem é você, Kuroda-san?

Antes de mais nada, preciso dizer que esse episódio me surpreendeu positivamente. Isso se deve, em grande parte, às expectativas baixas que mantive vendo o trailer/sinopse. O protagonista foi descrito (ou eu que interpretei dessa maneira…) como se fosse um “good for nothing”; alguém sem objetivos e com uma vida totalmente tediosa. Dessa forma, me restou imaginar que o que veríamos nesse anime seria o surgimento de alguma desculpa clichê para aproximá-lo de uma garota ambiciosa que o faria mudar completamente de vida. Então eu fui assistir esperando ver um garoto sonso e uma garota completamente centrada que possuísse a “virtude” do discurso motivacional instantâneo. Que bom que não foi bem assim, e eu até que consegui me divertir bastante com esse episódio.

O protagonista, Buntarou, tem uma aparência muito carismática e é uma pessoa extremamente ativa e popular, tanto na escola quanto em seu trabalho. É o tipo de pessoa que está sempre atenta para resolver conflitos e sabe tomar a frente em situações que necessitam de um forte espírito de liderança. É aquele a quem todos recorrem para pedir um favor, ou simplesmente querem tê-lo por perto. Apesar de todo seu potencial, ele está naquela maldita fase da vida onde o futuro parece um dragão de sete cabeças, todas prontas para abrir a boca e fazer churrasquinho dele. A única forma de escapar dessa pressão, é descobrir quais são os seus talentos e tentar alinhá-los a um objetivo de vida.

A protagonista, Kuroda, passa a prestar mais atenção em Buntarou depois de assistir a uma peça de teatro cujo roteiro foi adaptado por ele. Kuroda possui uma aparência marcante que, a princípio, lembra personagens como a Yukino (Oregairu), e Kuroyukihime (Accel World), por exemplo. Isso já nos leva a criar, de imediato, expectativas de que o seu comportamento introspectivo e misterioso possa esconder um raciocínio afiado e uma certa dificuldade de se livrar de sua postura rígida, ou estabelecer vínculos afetivos. Porém, com o desenrolar do episódio, fica muito nítido que Shoujo-tachi não é “esse” tipo de anime. A postura inicialmente misteriosa da Kuroda não foi feita com a intenção de dar alguma complexidade à história, e sim para ser mais um dos elementos cômicos. Ela, a quem víamos como a personagem mais séria e contida (durante a primeira metade do episódio), demonstrou ser a mais propícia a gerar situações engraçadas, justamente por causa da sua falta de noção e da incapacidade de manter uma postura realmente meticulosa. Kuroda é obcecada por visual novels e, em boa parte dos diálogos que estabelece com o protagonista, procura agir como se fosse uma personagem desse tipo de jogo, só para testar as reações/respostas dele. Quem gosta de visual novel, com certeza vai amar esse anime e entender as referências de forma imediata. (Eu sei apenas o básico sobre esse tipo de jogo, então demorei um pouco para entende-las. Ok, talvez eu seja só um pouco lerda mesmo rs).

Esse primeiro episódio serviu basicamente para apresentar os personagens e demonstrar o estilo de comédia que deverá ser explorado. O próximo já deve abordar o início do desenvolvimento do jogo, através da união dos talentos dos personagens. Dê uma chance a Shoujo-tachi wa Kouya wo Mezasu!

Vamos ali pegar uma nave e viajar para a outra nave.

Vamos ali pegar uma nave e viajar para a outra nave.

Norn9, episódio 1 – Quem somos, de onde viemos e para onde vamos?

Espero que esse artigo não fique parecendo muito confuso. Se parecer só um pouco confuso, já vou me sentir no lucro aqui. Digo isto porque jogaram bastante informação nesse episódio, sem a intenção de explicar tudo de fato, pelo menos por enquanto. E você deve estar pensando: “Ué, e a história é tão complicada assim?!”, por incrível que pareça… Sim. (Tenham paciência com a tia Siri, please). Enfim, vamos lá! Norn é o nome de uma nave gigante e incrível que possui uma tecnologia ultra avançada e é capaz de viajar para qualquer lugar, a qualquer momento no tempo e espaço. Inclusive, logo no início do episódio, o sistema de navegação da nave localiza uma garota que precisa ser trazida a bordo, então os tripulantes viajam para o local onde ela se encontra: alguma Era do Japão no passado. A era específica não é mencionada, mas nota-se pelo modo de se vestir dos habitantes, pelas casas e ruas, que aquele lugar estava bem distante de se tornar o Japão que conhecemos atualmente.

A tripulação da nave consiste em oito rapazes, cada um com seus devidos estereótipos de personagens de otome game; e também duas garotas, além da que foi resgatada no início. Totalizando assim onze pessoas. Cada um deles possui um tipo de poder diferente, uma habilidade especial. Aparentemente eles não têm controle nenhum sobre as “decisões” da nave, apenas aceitam que sua missão é usar suas habilidades para garantir a manutenção da paz no mundo. Pelo visto, apenas algumas pessoas possuem tais habilidades. Não sei se já nascem com elas ou as adquirem no decorrer da vida, mas a nave tem a capacidade de localizá-las assim que elas tiverem idade suficiente para saber como usar seus poderes, que é especificamente aos 17 anos. Além disso, a nave também “presenteia” seus novos tripulantes com roupas padronizadas, que se assemelham à uniformes escolares (porque, obviamente, é indispensável estar vestido como um colegial para poder salvar o mundo).

Mas não pense que esses escolhidos só ficam lá, fazendo pose de bonitões e bonitonas; sem fazer nada; suave na nave (ok… piada horrível, desculpa). Apesar de ter sido planejada para que seus tripulantes vivessem como se estivessem em terra firme (lá tem tudo! Desde um lago, até árvores e plantações!), eles precisam se dividir em equipes para realizar diferentes tarefas e usar os recursos da nave para se manter de forma autossuficiente. E é dessa forma que a nossa protagonista e novata entra para a equipe de seu possível par romântico: Yuiga Kakeru, que faz questão de apresentá-la aos outros colegas. Entre eles está Ichinose Senri, que evita a todo custo se enturmar e só aparece nesse episódio mesmo para nos informar de mais uma possibilidade para esse enredo:  em algum momento, todos eles podem se tornar inimigos! Porque pessoas com habilidades, podem ser enviadas a nações diferentes assim que chegarem ao destino. Destino esse que nenhum deles sabe qual é, afinal a nave está sempre em movimento e vai para onde o mundo decidir que ela deve ir!

Bom, se esse enredo não te interessou, devo lhe dizer que os ambientes estão bem coloridos e deslumbrantes! Também há um trabalho de iluminação bem caprichada e uma trilha sonora muito agradável. Outro fator importante a ser dito é que não me parece que esse anime vai se tornar algum tipo de harém. É claro que o uso de fanservice é basicamente inevitável, mas a abertura entregou que os casais já estão definidos! (sim, alguns carinhas vão ficar só olhando mesmo. Ou então… hum… deixa pra lá rs). Enfim, espero não ter deixado a história ainda mais confusa. E, se puder, assista Norn9 e nos conte suas impressões também. Até a próxima!

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