Não foi um episódio com tantas coisas interessantes a comentar como os anteriores, mas, ainda assim, acho que posso fazer alguns comentários pertinentes sobre o que foi apresentado em tela, até pela beleza de algumas cenas e o sentido de algumas associações. Vamos à “mão de ouro”!

A exposição a condições climáticas extremas nos lembra que mesmo um “imortal” como o Sugimoto é apenas um animal como qualquer outro e foi justamente ao se ver de frente com a morte que começou a lembrar da guerra e, pelo que deu para ver, temer pela vida.

A cena que culminou na aparição da Asirpa em sua mente foi um símbolo do que foi boa parte desse episódio, um apanhado de boas cenas e associações perspicazes que se não exacerbam a profundidade da obra, garantem que há mais que a simples caça ao tesouro em jogo, mas várias histórias entrecortadas.

A estadia com o casal do farol, como de praxe. mostrou características da cultura dos russos, as quais aqueceram os aventureiros e esquentaram seus estômagos, mas, principalmente, os comoveram pelo relato dos pais sobre a filha sumida. Toda guerra deve ter suas vítimas indiretas que a estatística não vê, e me pareceu ser esse o caso da família.

Aliás, por um momento relacionei a história da Svetlana a Asirpa, mas não faz sentido pela época, então o que resta sobre o assunto é que a Svetlana deve ajudar no caso da Goldenhand, além de ser uma história triste entre muitas.

Muitas que o anime cobre, como a história triste do Ogata. A diferença é que o lince sniper dificilmente terá seu final feliz, o que já espero para a Svetlana. Inclusive, foi só impressão minha ou essa associação do Ogata com o lince é uma dica do quão ardiloso ele ainda pode e deve ser?

Não sei, mas aquelas pegadas sobrepostas no final do episódio não são um indicativo visual palpável disso? De que seu destino é agir mais ou menos como o lince. E com isso quem vai perder? Todos que não estiverem com o Tenente Tsurumi. Ou será que o Ogata tem outros planos em mente?

Enfim, deixando as histórias para assustar as crianças ainus de lado, a apresentação da personagem Sophia Goldenhand foi bem interessante por propor a exploração de mais uma faceta do Wilk, aca da Asirpa e mentor intelectual da caçada pelo ouro ainu.

Enquanto o Kiroranke conheceu o Wilk e o tinha como alguém admirável, alguém que observava de baixo para cima, a Sophia aparentemente tinha no Wilk um camarada, alguém que poderia encarar olho no olho. Essa diferença de convivência e impressões pode ser importante na construção da imagem do aca da heroína.

Por fim, foi bem clichê a Svetlana estar justamente ao lado da Sophia (ninguém pensou em perguntar na prisão?), mas é fato que a aproximação entre personagens e histórias deve ter sua utilidade, talvez até propiciando mais momentos belos e simbólicos. Desculpe o artigo pobre, enxuto.

Até a próxima!

  1. O que dizer deste sétimo episódio, foi ligeiramente inferior aos episódios das semanas passadas, ainda assim igualmente bom e interessante.

    Começando pelo Sugimoto, ele neste episódio quase que ia para o plano superior, ele já aguentou tantos ferimentos mas o frio extremo é o derradeiro inimigo dele. A cena do Sugimoto, Tanigaki e o garoto dentro do buraco foi o melhor momento do episódio para mim, nela o Sugimoto se lembra do Mochi da cidade natal do Tanigaki, é impressionante como a história vai buscar acontecimentos comuns lá atrás (caso não se lembre, na temporada passada num flasback o Tanigaki dá um mochi ao Sugimoto no acampamento militar, o Sugimoto ai tinha sido o único sobrevivente de uma carga suicida contra os russos. Tanigaki nesse momento fez-se de esquecido, mas ele deve lembrar muito bem que já se tinha encontrado com o Sugimoto durante a guerra. Para terminar, o flashback do Sugimoto foi de arrepiar, chega a ser tocante o quão ele considerava o melhor amigo, começo a achar que quando o melhor amigo morreu o Saichi passou a Sugimoto o imortal e a uma besta assassina que nem o pior ferimento o pode parar. Foi muito bom ter a confirmação, que a Asirpa é a chave para salvar o Sugimoto. Já sabia que o Sugimoto é o melhor do anime, mas quando ele aceitou procurar pela filha do casal idoso fiquei muito feliz.

    A parte do farol foi muito boa também, o casal de idosos foram muito simpáticos e acolhedores. A história da filha deles é algo tão comum para a época, soldados desertores eram aos montes e os mesmo costumavam aliciar as mulheres para irem com eles. E com isso, terei que discordar contigo, o facto da Sevtlana estar na mesma prisão da Goldenhand até faz sentido, o soldado com quem a Sevtlana fugiu deve ter sido capturado (e muito provavelmente executado na hora) e ela foi acusada de cumplicidade. Durante as guerras, desde da antiguidade os faróis eram muito importantes, no caso do farol apresentado no episódio não foi destruído pelos japoneses (os russos bem queriam destruí-lo).

    Agora a Sophie Goldenhand, foi bem interessante ficar a saber que ela era a líder e a terceira integrante no atentado bem sucedido contra o imperador. Para o Wilk e o Kiroranke a admirarem já imagino que a Sophie é badass. Quando mostraram a foto dela quando a Sophie era mais jovem ela era bem bonita, um contraponto chocante para a Sophie actual, que mais um pouco assusta até mais forte dos carrascos.

    Como sempre, mais um excelente artigo de Golden Kamuy Kakeru17.

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