Digimon Ghost Game – ep 15 – Antes tarde do que nunca
Do trio principal de digimons todos já haviam conseguido as suas evoluções, sendo o Angoramon a única exceção. Sem falar que só o Gammamon já havia recebido quatro evoluções distintas. Quatro! E o pobre Angoramon nem mesmo uma única. Não mais, pois nesse episódio ele finalmente teve essa honra.
O vilão desse episódio tem algumas coisas bem interessantes que o tornam merecedor de destaque. Eu gosto da parte visual dele, combinando muito bem elegância com uma aparência macabra. Só lamento que próximo ao final do anime a sua parte visual tenha perdido toda a sua elegância que foi substituída por uma vulgaridade de muito mal gosto. Que aliás, é apenas uma fantasia brega desagradável aos olhos.
O que difere da nova forma do Angoramon, essa de fato tem um visual interessante. Não acho que seja nada incrível também, mas funciona. Funciona em especial por dar um novo ar para esse digimon, pois passa uma seriedade que a sua versão “fofa” era incapaz de transmitir.
Aliás, finalmente essa evolução aconteceu! Estava demorando muito para essa forma se mostrar. Até porque a Ruli está precisando de atenção mais do trio principal, pois ela está claramente atrás deles em desenvolvimento de personagem.
E mesmo que esse episódio tenha sido dedicado totalmente a ela, ainda não sinto que ele tenha alterado muita coisa. O anime tem muito para trabalhar nela e no Angoramon, em especial neles individualmente.
Digo isso porque eu realmente gosto deles enquanto dupla, acho que funcionam enquanto equipe, é de fato apenas individualmente que ainda não estão maduros enquanto personagem. Por isso que não me incomodaria se os episódios seguintes focassem na Ruli também.
Enfim, de todo modo foi bastante legal ver essa nova forma. Ver os três digimons evoluídos finalmente batalhando em conjunto também foi muito satisfatório. Outra novidade desse episódio que merece destaque foi o uso de um novo campo, dessa vez com a temática de neve.
Mas convenhamos, até agora esses campos não possuem muita utilidade prática, servem apenas para o anime apresentar cenários diferentes, tornando assim a experiência visual do anime menos repetitiva e monótona. O que tudo bem, de fato ser enclausurado nesse ambiente urbano não seria nada agradável, mas isso não altera o fato de que esses campos continuam sendo de pouco utilidade.
Por fim, esse episódio escancara um problema do que vem sendo a construção de mundo desse anime. Aqui nós vimos as amigas da Ruli reconhecendo que ela está envolvida em algo maior, o que é interessante, porém, devemos destacar que o impacto da vinda dos digimons ao mundo humano é ambíguo.
Só o ataque dos Zassoumons no episódio doze já deveria ter escancarado para a sociedade japonesa de que há algo de errado acontecendo. E quando olhamos os vários ataques de digimons resolvidos pelos jovens, sem contar a presença de vários que podem ter ocorrido e nunca soubemos, então podemos dizer que esse problema já cresceu demais para não ser visível por quem quer que seja.
Mas, ao que me parece, o anime ainda não quer elevar o nível de sua trama. O que não será fácil de continuar fazendo, ainda mais quando esses digimons adquirirem novas evoluções. Isso porque essas novas formas só aparecerão se for necessário enfrentar inimigos mais fortes do que eles.
E pode apostar que esses novos inimigos serão capazes de causar estragos ainda maiores do que aqueles vistos nessa primeira parte do anime. Quando isso acontecer será difícil fingir que ninguém percebe que há algo de errado. Mas até lá, vamos aproveitar o que temos. Até mais.