Fugindo das sequências e dos isekais, Vermeil in Gold (o nome em japonês é gigante – famoso caso de frase ao invés do nome) aparece como uma opção divertida e sensual, se é que me entende. O início foi bem introdutório, mas ainda assim conseguiu ser legal o suficiente para convencer de que o tédio vai passar longe.

A história é bem simples: temos Alto (apesar dele ser baixo), um estudante da academia real de magia que acaba de completar seu primeiro ano como estudante. Suas notas são perfeitas, o que indica seu alto calibre como mago. Porém, ele possui um problema: não consegue invocar um familiar, requisito ultra importante para poder fazer parte do segundo ano.

Logo de cara eu gostei bastante da ideia de que o primeiro ano já passou. Geralmente é sempre um aluno que entrou ontem e hoje já derrotou alguém de renome na instituição. Não só isso, como também temos um cara que academicamente falando é realmente um destaque.

E bom, acasos do destino estão aí para acontecer, certo? Confesso que não reclamo tanto de que a história use esse recurso, desde que sem exageros ou em excesso. Não consigo pensar como aquele livro caiu (e só ele), mas ok, não é um grande problema de qualquer forma.

Fato é que aquilo que Alto desejava caiu lá do alto. E olha, veio bem mais do que ele pediu. A invocação ter sido um sucesso foi o que de melhor poderia acontecer, porém, aqui surgem certas dúvidas sobre a escolha dele em usar esse livro.

Primeiro está o fato de que ele leu o livro ao ponto de saber o tema tratado (invocações), mas não o suficiente para saber o que ele estava invocando. Como diabos você invoca algo sem saber o que vai sair dali? Imagina se sai um dragão gigante? Talvez ele morreria soterrado…

Enfim, talvez o problema maior nem foi isso, mas sim o fato de que a academia tinha esse livro. Durante o episódio a obra trata de deixar bem claro que os demônios são rejeitados pela sociedade por conta de sua periculosidade.

Com isso em mente, é de se questionar o motivo de um livro que permite a invocação de um demônio estar disponível para qualquer aluno. A Vermeil até comentou que muitos humanos não gostam dos demônios por conta de seu grande poder, sendo que contratos de mestre-servo poderiam levar à morte do mestre.

Mas ok, dane-se isso, afinal, a invocação deu certo, né? Alto tem uma familiar forte e com isso os problemas acabaram, certo? Pois bem, não. Tirando o fato de que ela é um demônio, ainda temos a amiga de infância que gosta do protagonista e aparentemente vai tentar entrar no meio dos dois.

Em geral o episódio fez um jogo rápido com tudo aquilo que se propôs apresentar e isso foi bem interessante. O ritmo “frenético” ajudou a deixar o episódio mais dinâmico e com isso, foi possível mostrar bastante sobre o mundo em que estamos e claro, sobre a academia real de magia e suas regras.

Claro, não podemos deixar de comentar que a Vermeil é bem provocativa com o Alto, o que deve render cenas eróticas do começo ao fim. Ainda não sei se teremos uma versão sem censura, mas talvez nem seja necessário visto que o nível de erotismo não é tão alto assim.

Então, sim, aqui temos duas garotas interessadas num protagonista que não parece ter muita atitude. Como um leitor do mangá, sei que o Alto tem seus momentos de glória e aposto que vez ou outra ele deve ter alguma atitude que honre o que ele tem no meio das pernas.

Inclusive recomendo bastante a leitura do mangá. É a fonte original e o traço é bem bonito (além da história divertida). Em português não está tão longe do anime, então serve como uma boa fonte de spoilers para quem se interessar.

No mais é isso, não esperem nada muito profundo aqui. É uma boa opção de anime para se acompanhar semanalmente.

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