Dabi é o sucessor do Stain, Mirko e os outros (incluindo Deku e Endeavor) são os sucessores do All Might, Shigaraki é o sucessor do All For One, eu espero não herdar dívida de parente… É nesse clima de herdeiro (mais de mazela, infelizmente) que falarei do Bokuzão da semana!

Acredito que ninguém se surpreendeu com a reação do Dabi a morte do Twice, e não digo isso por ele não poder chorar, mas por claramente ver sua participação na União como um meio para um fim. Qual é o fim? O entendemos um pouco melhor agora.

Lembra que ele chegou a União junto da Toga? Então, enquanto a vilã se apegou as figuras da União e foi bem mais aprofundada enquanto personagem, o Dabi sempre foi tratado com muito mistério justamente para ganhar mais relevância a frente na história.

Ele é filho do atual número um e quer acabar com “falsos” heróis, sendo o pai um deles, portanto, essa “vingança” eu compreendo, faz todo sentido. Inclusive, nisso ele se assemelha um pouco ao Shigaraki, que tinha um parente herói, mas não foi salvo por ele.

A diferença é que a dor e o sofrimento infligidos ao Dabi foram culpa direta do pai, o mesmo não podemos dizer da Nana. Então as justificativas do Dabi fazem todas sentidos? Eu diria que isso e o que menos importa, ele só quer devolver a sociedade o que recebeu dela.

Quanto a outra linha de sucessão, da Mirko e dos outros, me retrato por ter dito que haviam muitos heróis top de linha em uma mesma missão. Faltavam mais, afinal, a Mirko resistiu bem, mas claramente tinha poder de fogo de menos para lidar com os Nomus e o velho.

Ainda assim, ela foi heroica, exalando uma resiliência cativante, do tipo que me lembra de uma grande qualidade do Horikoshi, como ele consegue criar personagens interessantes em todos os aspectos, e talvez seu maior defeito, subaproveitar as personagens femininas.

Sim, é verdade que a Mirko arrasou nesse início de temporada, mas sério que demorou tanto tempo para vermos uma heroína sendo badass? E pior, ela não brilhou tanto quanto outros heróis em outros momentos, e acabou sendo um tanto ofuscada pelo entorno…

Extremamente tumultuado por tantos Nomus, heróis e tramas entrecortadas; sendo uma delas muito boa, a do Present Mic e do Eraserhead, um par do que era um trio, este vitimado pelo AFO. Não tinha mesmo como o Present Mic não se sentir mal na presença do Garaki.

Quanto ao Eraserhead, eu me pergunto como grandes missões são realizadas sem ele… Aliás, a ideia exposta pelo cientista, que o AFO é capaz de tomar uma individualidade para si e duplicar uma versão inferior é uma “esperança” para quando o Aizawa morrer?

Não sei, só o que sei é que a ideia do AFO passar sua individualidade para seu herdeiro não surpreendeu, mas não é como se eu pudesse desprezar esse plot também. O Shigaraki já era perigoso com seu Decaimento aprimorado, imagina agora com o AFO nas “mãos?”

E pior, o AFO manteve parte de seus poderes, tornando ambos ameaçadas quase equivalentes, visto que o AFO tem a experiência e influência que seu herdeiro ainda não tem. Isso compensa em se tratando de capacidade de infligir dano a sociedade de heróis como ela (ainda) é.

Mas não imagino que o AFO vai voltar ao primeiro plano da história, pelo menos não agora. A vez de brilhar é do Shigaraki. Eu só fico menos “tenso” porque a Mirko conseguiu quebrar o vidro antes do processo ser finalizado, o que deve significar alguma coisa.

Que o Shigaraki não herdou os poderes completamente? É o mais provável. Ainda assim, esquece, essa missão de ataque dos heróis já está comprometida, a União não vai cair mesmo se o Twice não voltar a ser sequer Once. Agora a p*rra tá ficando séria de verdade…

Por fim, a catarse do mãozinha frente a sua escolha foi bem interessante, ilustrou que as mãos que o seguram são de seus familiares em agonia, rastros de destruição de uma vida atormentada demais para não suceder o pináculo do mal, o próprio Rei Demônio.

Até a próxima!

P.S.: As cenas de ação desse episódio foram excelentes. Parece que não dividir equipe com produção de filme faz a diferença…

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