Code:Realize acabou e apesar de não ter comentado sobre ele durante a temporada (fiz apenas o artigo de primeiras impressões) venho aqui trazer a vocês esse artigo de introdução sem nenhum spoiler. O anime teve 12 episódios e originalmente é uma visual novel. Inicialmente parece ser o típico anime destinado a garotas por ser um otome game (jogo para garotas) e um harém inverso para completar. Nunca havia tido interesse em animes desse tipo e confesso que esse me chamou a atenção positivamente.

Para ser sincero, eu sempre gostei de animes que tivesse como gênero o famoso harém. Mas sempre tive uma enorme falta de interesse no harém inverso e por isso não via animes desse tipo. Acabei vendo Code sem saber que possuía esse tipo de elemento e tive uma grata surpresa. A história fala sobre Cardia, uma garota que apesar de parecer inofensiva em primeira instância, possui um veneno mortal em seu corpo que derrete tudo aquilo que é tocado. Por conta de uma promessa com seu pai, ela acaba se isolando numa mansão pois sua existência causa um grande medo nas pessoas, que a chamam de monstro. E é a partir daí que a história começa.

Ela conhece Arsène Lupin, um cavaleiro ladrão que rouba tudo aquilo que você quiser. Ele a salva de um incidente e passa abrigar a jovem moça na mansão onde mora junto com outros homens. Ok, até aí nada muito empolgante. E é aí que você se engana pois a história evolui de modo que esse suposto harém acaba virando um mero detalhe. Num cenário de revolução industrial inglesa, o anime traz elementos como organizações secretas, conspirações e muita aventura; tudo isso num ritmo bom o bastante para desenvolver os personagens sem estragar o andar da história.

Algo que chamou muito a minha atenção foi a evolução da heroína, Cardia. Ela não é apenas alguém que precisa ser protegida pelos caras e sim, vai a luta junto e enfrenta seus inimigos. Os personagens masculinos são agradáveis e não ficam enchendo o saco da heroína, mas sim, apoiam ela e buscam ajudá-la a realizar seus desejos que antes não podiam ser realizados por conta de sua condição. Os outros personagens também são interessantes, como, por exemplo, a própria rainha Vitória ou a versão do Sherlock Holmes, chamado de Herlock Sholmes.

Visualmente o anime é bem feito. As cores usadas para representar uma Inglaterra em período de revolução industrial representa bem a ideia e a animação apesar de não das melhores, não decepciona. O design dos personagens agrada e a trilha sonora não fica para trás também. Por fim, é um anime que não se desvia do caminho principal, a história segue em constante movimento e não é perceptível nenhuma enrolação, fazendo você achar que tudo o que ocorre nos episódios é de real importância para a história. O final não decepciona, mas a luta final apesar de ser boa, tem seus pontos negativos. Concluindo, dá para dizer que mesmo você que não gosta desse tipo de anime, poderá gostar e muito de Code: Realize.

Deixe uma resposta para marioporfirio Cancelar resposta