Os Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) é uma série que, pelo menos no Brasil, ultrapassou gerações, e até hoje tem uma legião de fãs. Embora não seja uma unanimidade, é inegável a importância dessa série para nós apreciadores da cultura pop japonesa, principalmente no que tange a animes e mangás.

A partir deste artigo, eu estarei comentando todos os arcos desta série muito popular que até hoje vem conquistando público. Então, meu caros leitores, vocês estão convidados a acompanhar esta série de artigos especiais. Divirtam-se!

Fazer análises de animes considerados clássicos, para mim, é um pouco complicado, pois apesar do sentimento de nostalgia e da importância que esse anime tem aqui no Brasil, eu não posso negar que a série tem seus problemas como qualquer outro anime.

CDZ chegou timidamente na TV brasileira, primeiramente na extinta TV Manchete, depois sendo transmitida por outras emissoras. Mas o que fez uma animação “do outro lado do mundo” se tornar uma “febre” nos anos 1990 aqui, no Brasil?

A resposta pode estar no diferencial que esta série trouxe em relação aos chamados “desenhos animados” da época, ou seja, Cavaleiros tinha uma história mais séria, linear e uma dose de violência maior, além de um design mais “realista” em relação às animações com design cartunesco. Então devido a esses fatores, a animação em questão atraiu não somente as crianças como também adolescentes e até adultos.

Momento antológico onde Shiryu reverte o fluxo da água de uma cachoeira

A história gira em torno de um órfão chamado Seiya, que foi forçado a ir à Grécia, sendo separado da sua irmã, para obter a armadura de bronze de Pégaso. Ao conseguir a armadura, ele volta para o Japão para participar de um torneio de artes marciais chamado “A Guerra Galáctica”, promovido por Saori Kido, herdeira de uma rica fundação.

A introdução dos personagens principais não é feita de uma só vez, sendo que ao longo do arco, todos os cavaleiros principais são apresentados. Cada personagem tem uma característica diferente. Por exemplo, o Seiya é impulsivo e imaturo; o Hyoga é sereno e, inicialmente, um pouco arrogante; Shiryu é reservado, sábio e disciplinado; o Shun não gosta de lutar pois é contra a violência.

O grande destaque desse arco é a luta entre Seiya e Shiryu, pois foi a primeira luta que tivemos dois oponentes realmente fortes. De um lado estava Seiya e seu “protagonismo” contra um escudo quase invencível. O resultado da famosa questão “O que acontece quando a lança mais forte enfrenta o escudo mais forte?”, creio que vocês, leitores, devem saber. O que importa é que essa luta foi o primeiro clímax da série, e não decepcionou para quem gosta de porradaria e emoção. Não estou falando em animação, pois essa é uma parte falha, mas esse é um anime antigo, portanto não dá para comparar com os atuais.

Se a luta por si só foi dramática, depois dela veio mais drama, porque no fim Shiryu acabou morrendo, mas reviveu graças ao Seiya. A trilha sonora ajudou nessa parte de drama, mostrando que a série também tem partes sensíveis.

O surgimento do primeiro grande vilão da série veio para coroar esse arco, que nos dá uma noção de como a série seria desse arco para frente. Ikki tem seus motivos, que serão abordados mais para frente em outros artigos, mas a primeira impressão que ele passa é de um inimigo impiedoso e poderoso, imagem esta que um vilão digno tem que passar. A relação fraternal com o Shun acrescenta mais drama à situação.

Um ponto que notei como falho foi o esquecimento do objetivo principal do protagonista, pois ao fim do arco a busca pela irmã do Seiya é deixada de lado, e o anime passa a focar em outros assuntos.

Me esforcei para fazer um artigo sucinto e que ao mesmo tempo abordasse os principais pontos do arco. Obrigado a todos que leram e até o próximo artigo!

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