Decidi não “poluir” este artigo com imagens da metade da Anzu. Apesar de gostar muito da personagem e achar que ela é a melhor do anime, e claro, ter achado um episódio maravilhoso, não pretendo falar tanto assim da relação dela com os sem-teto, pois já é algo autoexplicativo, e bem, não acho que você deva pensar tanto nisso, mas sim entender que ela está sendo desenvolvida e moldada de acordo com o que ela aprende com as pessoas.

Infelizmente, a vida arma algumas situações para todos. Uma pessoa que não tem uma moradia fixa é de fato levada a tomar muitas decisões para possa viver mais um dia. Você tem uma moradia “digna”, certo? É claro que você pensa no que vai fazer na próxima semana; você tem coisas para resolver, seja sobre trabalho, estudos ou relação interpessoal. Por outro lado, uma pessoa sem essa perspectiva provavelmente pensa apenas em sobreviver mais um dia. A palavra “sobreviver” se encaixa perfeitamente aqui, pois tenha em mente que você tem sim suas dificuldades, afinal, somos seres humanos e todos passamos por situações boas e ruins no decorrer da vida, mas você vive! Você tem a chance de imaginar seu futuro, já os sem-teto não tem essa autonomia. Bom, por si, o episódio dessa semana já foi meio carregado, então, apenas pense neste parágrafo. Isso é tudo que eu queria falar sobre a parte final do episódio.

Na primeira parte, acompanhamos a visita à família Nitta, o que de fato foi algo meio tenso no começo e extremamente engraçado no final, e claro, com um pouquinho de filosofia de bêbado, afinal, bêbado que se preze tem que filosofar pelo menos alguma vez na vida, certo? – Imagino como seria eu bêbado, digo, eu já penso em umas coisas meio “incomuns” em alguns momentos, então, bêbado seria pior ainda? (Apenas para caso de curiosidade, eu não bebo. No máximo um vinho, mas é algo muito raro).

Toda aquela enrolação do Nitta mentindo para a mãe e irmã, e a Hina fazendo um papel ilustre de robô defeituoso foi uma das partes que eu mais ri, visto que a inocência dela é tamanha que precisava seguir um roteiro e não conseguiu improvisar quando o precisava fazer. No final, o Nitta parecia que ia contar toda a verdade, eu fui pego pensando que ele realmente iria abrir o jogo falar toda a verdadeira história, e claro, que pensei que elas não acreditariam nele e ficaria assim mesmo, mas não foi bem isso! Ele optou por corrigir uma mentira com outra “menos pior” eu diria, digo, ele de fato é o pai da Hina agora, mas do modo que ele falou, é como se fosse biológico, coisa que ele de fato não é.

A lição aqui é: conte a verdade acima de tudo, ou uma hora você pode se enrolar com a mentira e acabar entregando a verdadeira história, aliás, nem todo mundo tem a habilidade de improvisar que o Nitta tem, certo?

  1. Este episódio 6 de Hinamatsuri foi muito bom. A forma como o episódio separou a parte mais cómica e aquela parte final mais séria e cheia de feels com a best girl Anzu, foi excelente.
    Começando pela parte cómica, a família do Niita é bem peculiar e engraçada. A forma de estar da irmã do Niita é bem engraçado, quem não gosta passar um dia só a beber cerveja e sem fazer nada e a mãe do Niita a mesma coisa. A actuação dramática do Nitta, para convencer a sua família sobre o que se passou com a Hina, merecia um óscar de melhor actor principal, o Niita estava a mentir com os dentes todos que tinha na boca e ainda assim foi convincente
    A parte dos fogos de artificio na casa dos país do Niita foi muito bonita. O pai do Niita, se fosse vivo, com certeza teria orgulho dos seus filhos, o Niita seguiu os passos dele, no mundo da Yakuza e a sua filha, passa os duas a beber, que pai orgulhoso ele seria.
    Agora a parte séria, cada episódio que foca no drama da Anzu, mais eu gosto dessa personagem. Deu dó, ela ter que se separar dos seus amigos sem-abrigo e do seu mentor Yassan, mas era necessário encontrar um lar estável para a Anzu (afinal ela ainda é uma criança) e assim foi. Por muito que eu ache a Utako uma personagem com moral dúbia, ela ajudou bastante no encontro de um lar para a Anzu. Os donos do restaurante chinês, são excelentes pessoas, a forma como acolheram a Anzu foi muito bonita. Ver a Anzu a chorar, por causa dos seus amigos do parque, foi de partir o coração, tal como os donos do restaurante tiveram que ir buscar uns lenços para enxugar as lágrimas eu tive que fazer a mesma coisa nessa cena. Espero que a Anzu se acostume ao novo lar e seja feliz (ela merece).
    Antes de terminar, eu queria que a Anzu fosse a protagonista e não um personagem de suporte, ela até agora é a melhor personagem do anime até ao momento.
    Como sempre, mais um excelente artigo, de Hinamatsuri Carlos Souza.

    • A Anzu realmente seria uma ótima protagonista, mas eu acho uma boa sacada colocar ela de suporte enquanto a Hina (que é uma personagem um tanto apagada) acaba sendo a protagonista.
      Obrigado pelo comentário!

      • A Hina se não mudar, começará a ficar chata, aquele jeito despreocupado dela é engraçado, mas o resto da atitude dela não tem graça nenhuma. A Anzu até agora, teve mais destaque no anime, a protagonista está lá, no seu cantinho sossegada, a jogar e a comer a sua taça gigante de Ikura.
        Até ao próximo artigo de Hinamatsuri.

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