26 de janeiro de 2022

Antes de mais nada, peço desculpas pela demora em voltar com os artigos de Ousama Ranking. No fim de ano me vi com uma bola de neve de coisas para fazer e logo o melhor anime entre todos foi que pagou o pato. Mas não se preocupe, pois em pouco tempo ele estará em dia! No sexto episódio o Bojii e o Kage encontram o gozador Rei do Submundo, Desha, que a princípio parecia o sensei designado ao Bojji, mas na verdade era seu irmão e rival. Sabe uma coisa que esse anime já estatizou? Toda vez o Bojji vai ao fundo do poço, mas volta dele rapidinho. Não foi diferente dessa vez, o que não invalida as lágrimas dele e do Kage, afinal, cada rasteira para eles parece definitiva nem que seja por instantes. Sobre o encontro com o Desha (uma figura ríspida e sarcástica, mas com a qual até simpatizei), tenho a falar é sobre o Bojji. Será que a esquiva altamente precisa dele deriva de alguma habilidade de gigante? Se não, como ele e tão ágil? Aliás, por que ele é tão fraco e pequenino, por que não herdou as características e habilidades dos pais? A origem do Bojji é envolta em mistério (ou só azar mesmo). Na segunda metade desse sexto episódio o que vemos é um Daida convicto a se fortalecer por mérito próprio, mas uma inevitabilidade do contrário, como eu previ em artigos anteriores. Seria muito difícil uma criança contrariar os planos de uma bruxa muito da ardilosa. Apesar disso, o Daida só foi domado quando o Apeas apareceu. De início ele interpretou o testamento do Bosse como carta branca para matar o Daida, o usurpador do trono, mas a verdade é que tudo isso era menor, fosse questões de sucessão ou vaidades, diante do que foi revelado. Isso é conteúdo do sétimo episódio, mas não faz sentido especular para responder logo depois. O Rei Bosse sobrevive tomando os corpos dos seus filhos. Aliás, o pai que o Daida e o Bojji tinham talvez seja só a identidade de um rei que sobrevive assim há eras, e talvez não fosse só isso. Afinal, não tem o testamento em que ele fala que deseja que o Bojji assuma o trono? A Miranjo usou o Daida para o ritual por ele não ter um corpo deficiente, então de duas uma, ou o Bosse não via problemas em ser o Bojji o seu receptáculo ou ele queria que ele quebrasse o ciclo. Digo, não o Bosse que rouba os corpos de seus filhos geração por geração, mas o Bosse de verdade (ou o que pode ter sobrado dele após se tornar receptáculo para a alma do pai). Aliás, não foi à toa que o suco que o Daida tomou foi feito com base no corpo do rei anterior. Essa história toda é muito bizarra, mas não surpreende exatamente. Sim, por um lado essa situação joga fora a construção do Daida enquanto personagem, mas por outro pode justamente explorar essa violência a fim de promover uma resistência do Daida frente ao domínio do pai. Claro, se restar algo do garoto que sonhava em conquistar seu espaço no mundo. Mesmo se não restar ainda será interessante ver o Bojji como uma alternativa a essa sucessão macabra (que não é sucessão porcaria nenhuma) e entender se o próprio Bosse não ficou dividido. Além disso, a lealdade do Apeas é doentia. Eu tinha ele como alguém que lutaria pelo direito do Bojji ao trono, mas não, sua lealdade é ao Rei Bosse, mesmo com ele sendo capaz de fazer o que fez com o próprio filho. Dos homens de confiança do reino só o Bebin que presta mesmo. Seguindo no sétimo episódio, quanto ao Despa não tenho muito a comentar além de que gostei de sua personalidade e dos ares novos que ele traz a trama, pois diferente da maioria, ele não condena o Bojji ao fracasso, ao mesmo tempo em que não o conta mentiras doces. E tudo isso sob a pele de um fanfarrão vaidoso que a princípio não me passou muita confiança, mas vendo o progresso do Bojji (o episódio termina dando a entender que o garoto partiu um pedregulho enorme ao meio) não tem como a gente não achar que ele está em boas mãos. O dia a dia deles se desenrola comicamente, mas isso enquanto levanta questionamentos pertinentes sobre os mistérios do Bojji, pois se ele é ágil e tem o estômago forte de gigante, então por que não tem a força que deveria ter? E mais que isso, por que ele é um tiquinho de gente? Eu sei que a obra faz isso para maximizar os contrastes e potencializar a recompensa emocional das conquistas do herói, mas também imagino que haja outra explicação. O Despa não ter detectado um “poder oculto” nele não significa que não possa haver uma reviravolta nesse sentido. Por fim, foram dois episódios de construção da jornada do herói, com lágrimas e reviravoltas, mas a solidificação de um caminho. Bojji encontrou um sensei (e pagou bem por isso), achou uma arma para chamar de sua (que o episódio não mostrou) e agora tem alguma perspectiva (ufa!). Até a próxima! Curtir isso:Curtir Carregando...

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Dia: 26 de janeiro de 2022

Ousama Ranking – ep 6 e 7 – Reviver e viver

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