Depois de um episódio magnífico, eu não esperava que o próximo pudesse fazer melhor, mas aqui estou eu, me surpreendendo novamente. Que episódio sensacional! Uma pitadinha clichê com uma inundação de cogumelos foi o suficiente para fazer o melhor momento do anime até agora.

O começo já é bem tenso. Ver os guardas do governador, principal vilão da série (pelo menos até aqui), sendo controlados por um tipo de cogumelo na cabeça foi muito agoniante.

A única coisa que conseguiu passar uma sensação ainda mais agoniante foi ver e ouvir Pawoo sendo torturada. Os gritos dela foram muito bem interpretados pela dubladora, foi coisa de deixar qualquer um arrepiado.

Esse oitavo episódio manteve um equilíbrio muito bom entre trama e ação. Em momento algum ficou a sensação de que os diálogos estavam atrapalhando. Esses diálogos explicaram muitas coisas que foram ditas nas últimas quatro semanas. Nada muito apressado e sem informações exageradas.

Como já foi mencionado, as cenas de ação desse episódio foram, também, muito bem planejadas. Bisco devolvendo a flecha com a boca foi muito épico. Referência ou não, a cena me lembrou Zabuza (Naruto) já no fim de seu arco, quando ele não tem mais como usar os braço e precisa recorrer aos dentes para segurar sua arma.

Toda a parte do cogumelo manipulador também foi uma ótima sacada para colocar Bisco e Milo novamente num embate, mas calma, a melhor parte vem agora. Finalmente tivemos um destaque maior para a personalidade e passado do grande vilão da trama.

A interação dele com Milo foi espetacular e cheia de surpresas. Esse encontro deixou claro que Milo é sim um cara bom, mas se mexerem com sua família e seus amigos ele se dispõe até a matar.

Agora, com um vilão que é uma ameaça real, simplesmente um cara ruim com uma plano bem arquitetado, tudo se encaminha para que Sabikui Bisco consiga um lugarzinho especial perto dos clássicos.

Talvez, a melhor coisa que esse anime conseguiu tenha sido a maestria em executar os clichês.

Neste episódio mesmo tivemos uma enxurrada de momentos que remetem ao clichê: o protagonista que aparece bem na hora de salvar o amigo, luta contra um um personagem do bem sendo mentalmente controlado, um velho mentor super ninja que salva todo mundo, a donzela em perigo e a cereja do bolo: um vilão com um plano diabólico de usar um vírus mortal a seu favor.

Tudo isso poderia resultar em uma obra mediana, sem nada de novo ou diferente, mas a execução bem-sucedida foi mesmo digna de 5 estrelas.

Sabendo que um ser humano comum não aguenta muito quando é atacado por uma chuva de flechas, fica a dúvida: Milo morreu mesmo? Esse cara não pode morrer agora! Semana que vem tiraremos a prova.

Até a próxima!

Comentários