O efeito “roteirístico” da fadinha ficou ainda mais evidente nesse episódio em que ela alerta a Cayna sobre o perigo na cidade, o qual não só reforçou a diferença da protagonista mesmo para outros jogadores que nem ela, como mostrou toda sua furtividade e experiência.

O episódio foi agitado e divertido, não respondeu as perguntas que queria ver sendo respondidas, mas talvez eu que me fazia as perguntas erradas. Em todo caso, me diverti vendo a Cayna liquidar com o pinguim com facilidade, provando que ela só aparece se quiser ou se não se der conta.

Antes de mais nada, por que é importante passar pela guilda antes de oferecer ou aceitar um trabalho? Simples, a guilda atua não só como uma intermediária dos negócios, como também um órgão que vigia e dá polidez as regras, evitando riscos para o aventureiro e o empregador.

A Lotti e a Mye deram sorte de estar com a Cayna, como a cidade toda por tê-la por perto, afinal, pareceu que nem seus filhos conseguiriam lidar com o monstro de evento com tranquilidade, apesar de aparentemente ele ter engolido alguns cidadãos e isso sequer ter sido citado.

Com o problema resolvido, restou o contato entre os jogadores e a promessa da confecção da arma para o mais fraco deles. Ele deu sorte por ter ganhado um item de nível acima do dele, como por ter ganhado skill por uma informação útil que dá vazão a outros trechos da abertura.

Mas claro, o mais importante foi a troca de informações e a confirmação de que a Cayna morreu no apagão, e que o jogo não “morreu” ali com ela. O que é mais confuso são os períodos em que eles despertaram no jogo, além do baixo número de jogadores que ficaram em Leadale.

É isso ou eles todos se escondem muito bem, não se expõem uns para os outros, o que não consigo decifrar por pura e simples inexperiência em jogos online, além de que, sinceramente, ficar preso no mundo de fantasia do jogo que você jogava 200 anos no futuro dele não é “simples”.

Sendo assim, é compreensível que uns ajam diferente de outros e que alguns desses busquem se preservar ao máximo. É uma pena que aparentemente nenhum seja semelhante a ela, nenhum dos doze que superaram todos os níveis ficou, mas isso torna a trama mais “isekai”.

Pois pensa aqui comigo, não é bem a cara do isekai contemporâneo o(a) protagonista ser overpower e não ter ninguém igual a ele(a) no mundo em que está? No âmago Leadale não é muito melhor ou pior do que os isekais genéricos de sempre, a diferença está em como isso é tratado.

Ter uma figura feminina como protagonista ajuda, dispensa os haréns quase inevitáveis com protagonistas masculinos, além de facilitar a exploração de pontos de vista menos comuns, como a maternidade inusitada da Cayna e sua personalidade meio “sádica”, mas divertida.

Confesso que queria ter visto a conversa se debruçar em mais detalhes ou teorias sobre o que levou a Cayna a ir parar no jogo após a morte e os jogadores terem ficado presos após a desativação do jogo, mas acho que por ora o que o episódio deu foi o suficiente para nos situar.

Por fim, quem supus ser um vilão era o Kongming, a Cayna foi menos severa com o Skargo, até gentil, e seu objetivo atual, achar as torres, não apaga a solidão natural de uma aventureira solo. Mas ela achou uma casa e deve fincar raízes, agradando a quem curte a personagem desse jeito.

Pois no fim das contas o que importa é a experiência da heroína ser a melhor possível, afinal, já é quase certo que ela é a mais forte de Leadale, então o foco nunca deve ser em adversidades de poder para ela, mas adversidades de adaptação, que ela vem superando bem, felizmente.

Até a próxima!

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