Depois de um início confuso por conta da falta de suas memórias, Kelvin parece estar se acostumando. A vida de aventureiro não parece estar sendo difícil e mesmo com pouco tempo, o novato vai ganhando notoriedade de todos. Fora isso, embarcar numa aventura deve ser meio solitário e apesar de seu companheiro slime, parece que ele busca aliados cada vez mais fortes.

Antes de mais nada, gostaria de salientar como a obra tem sido “fluída”. Os acontecimentos parecem ter sido encurtados para uma versão mais veloz e sem tantas enrolações, o que acaba sendo uma faca de dois gumes, pois certas coisas podem ficar sem uma devida explicação.

Mas até aqui isso não foi um problema muito grande ou frequente. Além disso, também ficou claro que em determinadas lutas o uso do CGI será completo, envolvendo todos os elementos da cena. Eu não acho isso ruim, ainda mais da forma em que foi feito, sendo similar ao que temos em “Ajin”, um anime feito totalmente em CGI.

Eu até entendo quando há reclamação sobre o uso dessa ferramenta, mas aqui creio que a qualidade está acima da crítica. Inclusive eu achei engraçado pois no começo parecia que estava vendo um trailer de algum RPG japonês, o que também não é ruim ao meu ver.

Enfim, fato é que Kelvin conseguiu 3 importantes aliados para sua jornada. Aliás, além dos aliados, ele também obteve acordos que vão influenciar sua nova vida daqui em diante. No final das contas, é fácil de notar que ele conseguiu praticamente tudo o que queria nesse presente momento.

Aliados, liberdade e claro, desafios que para ele foram realmente interessantes. Gerard, o cavaleiro fantasma era um inimigo muito forte e que como aliado seria uma baita adição. Fiquei surpreso pelo clima amistoso, mas confuso pela conclusão no final.

Quando pensamos em jogos, o nível é um fator determinante para que você vença uma luta. Claro, não é impossível vencer alguém ou algo de nível maior, porém, há limites que te impedem de obter sucesso. Aqui tivemos um exemplo de que o nível talvez seja apenas um enfeite (classificar como protagonismo também serve, inclusive).

Kelvin está no nível 20 e pouco, se bem me lembro. Seu slime está no nível 15 e Gerard, o adversário da vez, está no nível 53. Faz sentido eles conseguirem derrotar um inimigo que está mais de 30 níveis acima? Não só isso, como o ataque que definiu a luta foi do slime, que possui uma diferença de nível ainda maior.

Mas ok, talvez isso não importe tanto, ainda mais quando Gerard se juntou ao grupo. Além de sua força, ficou claro que um dos pontos positivos está na comédia que ele proporciona (e no caos dentro da cabeça do Kelvin). E quando junta ele e a Melfina… bom, coitado do jovem rapaz.

As partes mais divertidas do episódio vieram da interação desses dois com Kelvin. Antes tendo apenas a Melfina já estava ótimo, mas o Gerard conseguiu melhorar ainda mais. O modo de tratamento com seu mestre e claro, as perguntas sobre seu harém me tiraram boas risadas (principalmente quando envolveu a dona da pousada).

Mas Kelvin não parou por aí e adicionou outra pessoa ao seu grupo! Efil é uma meio-elfa que vimos logo no primeiro episódio e acabou chamando a atenção de nosso querido aventureiro. Sobre a adição em si, confesso que tenho minhas críticas sobre a forma, mas ok, parece que a relação dos dois será “saudável”.

Confesso que não entendo a ideia de fazer o protagonista comprar uma escrava para ter em quem confiar. Ele já é muito forte e dificilmente sofreria um golpe de algum aliado, pois seus familiares conseguiriam impedir que isso acontecesse.

Fora isso, tem a questão moral. É uma questão delicada ainda nos dias de hoje pois sabemos que infelizmente acontece, o que é bizarro. Acho que existem maneiras melhores de fazer isso ao invés de usar uma solução tão preguiçosa, comum e claro, péssima.

Não ficou claro como funciona o vínculo, mas parece que isso é irrelevante. Felizmente ele pareceu ter um certo apreço por ela ao ponto de desenvolver um habilidade para curá-la, mas talvez isso seja apenas um artifício do autor em minimizar o problema da compra de escravos.

Por fim, tivemos também o encontro com Leo, o mestre da guilda. No mangá, que é outra adaptação da light novel, a conversa com ele é mais interessante e expõe um pouco mais sobre o que cada um pensa. Como mencionei acima, é um dos dois gumes de fazer uma adaptação tão “acelerada” e fluída.

Mas achei curioso que Leo fez uma oferta muito vantajosa para Kelvin, afinal, querendo ou não ele é um ativo muito valioso para perder. Kelvin, por outro lado, entendeu com facilidade que numa relação com o Leo ele terá deveres e bônus que permitirão que ele seja livre nesse novo mundo. É um bom acordo para os dois.

No final das contas, Black Summoner está tendo uma adaptação bacana apesar do ritmo acelerado. Parece que vamos ter um novo inimigo no episódio seguinte e com isso, me pergunto até onde o anime vai adaptar. Fico meio preocupado com a velocidade em que estamos indo, pois em comparação com o mangá, aqui alguns desenvolvimentos e explicações estão sendo cortados. Mas resta esperar para ver.

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